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TAM não descarta defeito em freio

Diretor da empresa admite possível problema no sistema de frenagem das rodas Chico Otavio – O Globo SÃO PAULO. A convicção exibida até agora por Ruy Amparo, vice-presidente técnico da TAM, para descartar o defeito no reverso direito do Airbus A-320 como causa do acidente em Congonhas – "um dos requisitos para a homologação da aeronave é decolar e pousar sem reverso" – não se repete quando o dirigente é perguntado sobre outro sistema de frenagem do avião. Com o cuidado de evitar especulações antes do resultado da análise das caixas-pretas, Ruy não descartou a possibilidade de um problema no freio das rodas do avião, o mais importante dos três sistemas disponíveis para fazê-lo parar: - A probabilidade é baixíssima. Mas não impossível. Para o pouso de aviões modernos, o piloto conta, além do freio nas rodas, com um sistema de freios aerodinâmicos, formado por flaps e spoilers (placas que se abrem nas asas) e os reversores. O vice-presidente da TAM disse q

Funcionários relatam deficiências no Cindacta-4 e negam sabotagem

Documento mostra que o sistema tinha falhas mesmo após normalização Flávio Freire – O Globo SÃO PAULO. Relatório apresentado pelo Sindicato dos Trabalhadores de Proteção ao Vôo horas depois da pane elétrica que paralisou o monitoramento do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego (Cindacta-4) revela problemas que põem em risco o sistema aéreo nacional. No documento, obtido pelo GLOBO, os funcionários dizem que não há plano de emergência para corrigir falhas no sistema e que um dos dois geradores de energia elétrica do Cindacta-4 não funciona há cerca de seis meses. Quanto à possibilidade de o sistema ter sofrido uma sabotagem, funcionários responsáveis pelo controle na Região Amazônica defendem-se, dizendo ainda que o sistema não conseguia sequer ter informações precisas dos vôos, mesmos depois de normalizada a situação. Num dos trechos do documento, os funcionários informam: "Ao retornar a energia, o sistema de freqüência e o radar permaneciam

Empurraram a crise aérea com a barriga, diz Carlos Lessa

Para ex-chefe do BNDES, Fazenda barrou investimentos no setor Rodrigo Camarão – Jornal do Brasil A crise aérea é uma tragédia anunciada, causada deliberadamente pelo governo ao cortar investimentos na segurança e não abrir concurso para contratar mais controladores de vôo. A afirmação é do professor emérito da UFRJ e ex-presidente do BNDES Carlos Lessa. Depois de 23 meses no cargo, foi demitido justamente pelas críticas ao modelo econômico adotado pelo presidente que ocupava o Palácio do Planalto há menos de dois anos. Acha que o dinheiro que poderia ser investido no sistema de transportes foi, em última instância, usado para pagar juros. A prova da desatenção ao setor aéreo, conta ao JB Lessa, foi o episódio da Varig. Quando ocupava a presidência do BNDES, o economista tentou reestruturar o capital da empresa, considerada por ele de importância vital para o país. Conversou com credores nacionais - Banco do Brasil, Infraero – e internacionais - General Eletric - e os

Lei sobre overbooking é incompleta

Anac segue uma norma do Código Brasileiro de Aeronáutica para orientar empresas Alexandra Bicca – Jornal do Brasil BRASÍLIA: A prática de overbooking, quando as companhias aéreas emitem mais bilhetes do que o número de lugares disponíveis nos vôos, ainda não é regulamentada no Brasil. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) segue uma citação do Código Brasileiro da Aeronáutica para orientar o que as empresas devem fazer com relação aos passageiros vítimas do overbooking. Segundo essa citação, a empresa aérea é obrigada a acomodar em outro vôo o passageiro que possui bilhete, mas não conseguiu embarcar. O novo vôo deve ser da própria companhia e deve sair dentro de um prazo máximo de quatro horas contadas a partir da hora do vôo do qual o passageiro foi preterido. Além disso, deve garantir alimentação e hospedagem, caso passe de quatro horas. Mas a Anac reconhece em sua página na Internet que no Brasil os regulamentos são omissos com relação ao overbooki

Pista tem bom índice de atrito

Luiz Orlando Carneiro – Brasil Digital Brasília: A Infraero prestará, até quinta-feira, as informações requeridas pelo juiz federal Clécio Braschi, da 8ª Vara Federal de São Paulo, que vai decidir sobre o pedido de liminar na ação civil proposta pelo Ministério Público Federal, que exige o fechamento imediato do Aeroporto de Congonhas, pelo menos até serem afastadas as dúvidas sobre a segurança de suas pistas. Na defesa do ponto de vista de que a nova pista é segura, a direção da empresa pública dá destaque a parecer técnico do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo. De acordo com o documento de quatro páginas, nos dois monitoramentos realizados pela Infraero na nova pista do aeroporto, nos dias 6 e 13 últimos (antes, portanto, da tragédia com o avião da TAM), "os valores encontrados mostram-se acima dos valores recomendados do ponto de vista do atrito em pista molhada, tendo em vista os limites recomendados internacionalmente (ICAO) e nacionalment

Pilotos querem auditoria independente no sistema aéreo

Vasconcelo Quadros Brasil Digital BRASÍLIA. Os pilotos comerciais estão irritados com o encaminhamento que vem sendo dado pelo governo à crise aérea e com a confusão de versões que vêm sendo divulgadas para tentar explicar a tragédia com o Airbus A-320 da TAM em Congonhas. Bem antes do acidente, o Sindicato Nacional dos Aeronautas, principal entidade da categoria, já vinha denunciando "o descaso" do Ministério da Defesa, da Infraero e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) no cumprimento das normas de segurança de vôo. Revoltados, mas contidos em decorrência do luto pelos colegas mortos, os pilotos vão iniciar um movimento para pressionar o governo por uma solução definitiva para a crise. Eles querem uma auditoria independente no sistema aéreo. Os principais motivos da crise na aviação e da insegurança que tomou conta dos passageiros estão relacionados, segundo eles, à precária infraestrutura (as condições das pistas) do Aeroporto de Congonhas e à fal

Na véspera, a tremedeira na cabine

Marcelo Ambrosio – Jornal do Brasil Num dos vários fóruns de especialistas em aviação na internet, chama a atenção o relato de um piloto que afirma ter pousado o Airbus A320 PR-MBK dias antes do desastre. Segundo essa versão, não havia chuva, mas a pista estava bastante molhada. A aeronave trazia 90 passageiros - menos da metade do que o fatídico vôo 3054 transportava. "Toquei na marca de 500 (pés, no início da pista), o avião aquaplanou e eu tomei susto. Um dos maiores em meus 17 anos de aviação profissional", relata o piloto, afirmando que gostaria de ter ao lado no jump seat (assentos extras no cockpit) "os (ir)responsáveis por esta crise", em alusão aos dez meses de apagão aéreo. "Queria que vissem o anti-skid (mecanismo que impede o travamento das rodas na frenagem) trabalhando, a aeronave escorregando para a lateral da pista", descreve, repetindo a trajetória que o mesmo jato cumpriria até sair da pista e se espatifar na Avenida Wash

Precisa-se de tripulantes

TAM convoca comissários em mensagem e alega que alguns vôos podem parar por falta de pessoal. Demissões e licenças chegam a 170 Kayo Iglesias – Jornal do Brasil O medo de voar depois da tragédia do Airbus já causou as primeiras baixas no quadro de profissionais da TAM. Uma mensagem interna da empresa a que o Jornal do Brasil teve acesso relata a comissários de bordo que alguns vôos podem parar por falta de tripulantes e pede que os que se encontram fora de escala retornem para preencher as vagas. Na correspondência, enviada sexta-feira, 20 de julho - três dias depois do acidente com o vôo 3054 - a Gerência de Tripulação de Cabine pede aos funcionários de outras rotas que entrem em contato com a chefia nos aeroportos de Congonhas e Guarulhos. Segundo relatos de profissionais da empresa, desde terça-feira cerca de 70 tripulantes, entre pilotos e comissários de bordo, pediram demissão. O departamento de recursos humanos da TAM registrou, segundo os relatos, mais de 100

Embraer se junta à Boeing e vai a Genebra contra a Airbus

O Estado de São Paulo A Embraer vai acusar hoje a Airbus de ter recebido subsídios ilegais que distorceram nos últimos anos o mercado da aviação civil. Em uma reunião na Organização Mundial do Comércio (OMC), a empresa européia será questionada por causa dos programas de apoio a sua produção nos últimos 40 anos. O caso foi iniciado pela americana Boeing, mas o Brasil decidiu se unir à disputa como terceira parte. O centro do debate será o benefício que a Airbus recebeu ao longo de anos para o lançamento de seus novos modelos de aviões. Para o governo americano, que quer a condenação das práticas pela OMC, a Airbus teria se beneficiado direta e indiretamente em até US $ 100 bilhões nas últimas décadas dos amplos subsídios dados pelos governos europeus. Já a Airbus acusa a Boeing de ter recebido em dinheiro do governo americano cerca de US$ 23 bilhões. A disputa deve se arrastar ainda por meses. Mas, no caso da Embraer, técnicos estimam que os subsídios dados pelos europ

TAM paga a primeira indenização

Empresa não divulgou o valor nem a quem foi feito o pagamento; presidente da empresa participou de ato ecumênico Bruno Moreschi – O Estado de São Paulo A TAM divulgou ontem que pagou a primeira indenização do acidente do vôo 3054. A informação foi dada na Assembléia Legislativa de São Paulo pelo presidente da empresa, Marco Bologna, que não especificou valor nem a quem foi paga a indenização. No ato ecumênico que ocorreu antes da coletiva de imprensa, representantes de sete religiões falaram sobre o acidente. Bologna se sentou na primeira fila, mas a imprensa foi impedida de fotografá-lo ou filmá-lo. Jornalistas tiveram de ficar nos fundos do auditório. Apenas três famílias de vítimas participaram do encontro organizado pela TAM. Em dois momentos, parentes aplaudiram. A primeira vez foi quando o rabino Alexandre Leone disse que “as mortes precisam significar mais consciência e menos banalidade nas coisas feitas neste País”. Depois, o pastor luterano Herman Will

Conselho Nacional vai intervir na Anac

Ministros Paulo Bernardo e Tarso Genro passarão a integrar o Conac João Domingos – O Estado de São Paulo BRASÍLIA : O Planalto vai aprofundar o processo de intervenção na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) usando o Conselho Nacional de Aviação Civil (Conac) como instrumento legal para isso. Como a Anac é uma agência reguladora, o governo não pode determinar o que deve fazer em casos como o da crise aérea, que dura dez meses e já fez 355 vítimas. Mas pode fazer com que o Conac ordene como a agência deve agir. O Conac também será modificado e ganhará novos integrantes: os ministros Paulo Bernardo (Planejamento) e Tarso Genro (Justiça). O Conselho passará a fazer pelo menos uma reunião semanal. E, em casos de agravamento da crise, duas por semana. As mudanças serão feitas por decreto. O Conselho de Aviação Civil é presidido pelo ministro da Defesa, Waldir Pires, e integrado pelos ministros da Casa Civil, da Fazenda, do Desenvolvimento, do Turismo e das Relações

Culpar governo é 'quase irresponsável', afirma Lula

Em seu programa de rádio, presidente diz que ainda é ‘prematuro’ acusar alguém pelo acidente em São Paulo O Estado de São Paulo Brasília: Diante de críticas de parentes de vítimas do acidente com o avião da TAM e de setores da opinião pública às ações do governo no setor aéreo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou ontem de irresponsáveis quem acusa o governo federal, a companhia aérea, os pilotos ou a chuva pela tragédia do Aeroporto de Congonhas antes da abertura da caixa-preta do avião. “Todo julgamento é prematuro. É, eu diria, quase irresponsável”, reclamou o presidente. “A melhor coisa que temos de ter é prudência para investigar corretamente, em vez de ficarmos fazendo ilações, culpando ou absolvendo alguém.” As declarações de Lula, divulgadas ontem em seu programa semanal de rádio, Café com o Presidente, vão na mesma linha das justificativas feitas pelo assessor dele, Marco Aurélio Garcia, após ser flagrado em seu gabinete em Brasília por uma câm

Boicote de pilotos esvazia Congonhas

Comandantes das principais companhias do País decidiram não pousar no aeroporto em dias de chuva Caixa-preta aponta que pilotos do vôo 3054 não tentaram arremeter, dizem deputados O Estado de São Paulo Uma semana depois do maior desastre da história da aviação civil brasileira, pilotos das principais companhias aéreas do País - TAM, Gol, Varig e Ocean Air - entraram em acordo e decidiram não pousar em Congonhas, na zona sul de São Paulo, em dias de chuva. Eles temem a repetição de acidentes. Em caso de chuva, seguem para Cumbica ou Viracopos. A BRA suspendeu os vôos em Congonhas desde sexta-feira. “É impossível manter o controle de uma aeronave lá”, disse um piloto com 10 mil horas de vôo - ele foi um dos que se recusaram a pousar no aeroporto paulistano. Outro comandante afirma que, após a reforma, tanto a pista principal como a auxiliar estão mais inseguras. A pista principal deve ficar fechada pelo menos até amanhã, segundo informações do governo. Ontem, até as

Tragédia moral

Plácido Fernandes – Correio Braziliense Depois do “relaxa e goza” de Marta e do “sinal de prosperidade” de Mantega, sobre as filas e asconfusões nos aeroportos, imaginava-se que o governo já havia produzido sua cota máxima de estupidez a respeito do apagão aéreo. Mas, para estarrecimento geral da nação, o espetáculo dantesco parece não ter limites. Numa hora de forte comoção nacional diante da tragédia que deixou quase 200 mortos em Congonhas, foi estarrecedor assistir à comemoração protagonizada com gestos obscenos. Ainda mais dentro do Palácio do Planalto, o símbolo máximo do poder no país. Marco Aurélio Garcia, assessor da Presidência, e um auxiliar festejavam a informação de que a causa do acidente poderia estar numa falha no avião da TAM — e não na pista do aeroporto, o que supostamente eximiria o governo de culpa pela tragédia. Em qualquer lugar do mundo, o desfecho imediato do flagrante seriam os dois se apressando em pedir demissão para não enlamear ainda mais

Vítimas poderão ficar sem identificação

Perito do IML de Brasília afirma que não será possível reconhecer todos os corpos de passageiros Ullisses Campbell Da equipe do Correio Braziliense Nem todos os familiares que tinham parentes no vôo 3054 da TAM conseguirão enterrar seus parentes. A equipe de peritos que trabalha no reconhecimento dos cadáveres não conseguirá identificar todas as vítimas por causa do estado avançado de carbonização. Segundo o chefe do Laboratório de Antropologia Forense do Instituto Médico Legal (IML) de Brasília, Malthus Galvão, que chegou ao local do acidente quatro horas depois da tragédia, alguns cadáveres carbonizaram por um tempo tão longo que chegaram ao estágio de calcinação (conversão em cinzas pela ação intensa do fogo ou do calor). Malthus explica que, quando os corpos chegam a esse estágio, o reconhecimento, mesmo por DNA, torna-se inviável. Ele não soube quantificar os cadáveres que chegaram nesse ponto. Quando o corpo não é identificável, a família enfrenta um problema

Dos integrantes da diretoria da Agência Nacional de Aviação Civil, apenas um trabalha na área

Correio Braziliense Milton Zuanazzi Engenheiro, é pós-graduado em sociologia. Foi vereador em Porto Alegre pelo PDT, secretário de Turismo do Rio Grande do Sul e secretário nacional de Políticas de Turismo. Hoje é filiado ao PT e foi indicado para o cargo pela ministra Dilma Rousseff, a quem é ligado desde quando ela era do PDT. Jorge Luiz Velozo Coronel-aviador, foi indicado pelo ex-comandante da Aeronáutica brigadeiro Luiz Carlos Bueno. Era chefe do Departamento Técnico-Operacional do extinto Departamento de Aviação Civil (DAC). Piloto pela Academia da Força Aérea Brasileira, é especialista em segurança de vôo. Leur Lomanto Advogado, foi deputado federal por 28 anos, nos mais diversos partidos. Foi chefe da assessoria parlamentar da Infraero e relator do projeto de lei que criou a Anac. Foi indicado pelo PMDB para o cargo. Denise de Abreu Advogada, é militante petista, apadrinhada pelo ex-ministro da Casa Civi, José Dirceu. Ocupou o cargo d

Gigantes e ociosos

Luís Osvaldo Grossmann Da equipe do Correio Braziliense A redistribuição de vôos concentrados em Congonhas (SP) para outros aeroportos do país exigirá muito planejamento das autoridades brasileiras da aviação civil. A Infraero reconhece ser essa uma parte delicada do plano de ação apresentado na última sexta-feira e prevê que serão necessários até 90 dias para redesenhar parte da malha aeroviária do país. A empresa incluiu seis aeroportos entre os que devem receber os vôos deslocados. Entre os maiores, dois deles — Cumbica e o de Brasília — encontram-se operando acima da capacidade prevista. Já no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, e em Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte, a situação é bem diferente. O primeiro tem capacidade para receber 15 milhões de passageiros por ano, mas o movimento em 2006 foi bem inferior a isso — 8,8 milhões, segundo dados da Infraero. Na prática, um dos dois terminais fica praticamente vazio, fato agravado pela quebra da Va

Novo aeroporto com o tamanho e a estrutura de Congonhas custará cerca de R$ 1,5 bilhão

Renata Mariz Enviada Especial do Correio Braziliense São Paulo — Anunciada há três dias, a construção de um novo aeroporto em São Paulo vai demandar tempo e muito dinheiro. Numa conta aproximada, especialistas apontam que, para erguer um terminal com o mesmo nível da estrutura de Congonhas, será necessária uma quantia de R$ 1,5 bilhão. Além de ser um chamariz de passageiros, por estar encravado na metrópole, o aeroporto de Congonhas dispõe de hangares de manutenção importantes para as companhias aéreas, que somam 14 ao todo, entre empresas regulares e de táxi aéreos. As empresas concentram em Congonhas a estrutura para a verificação secundária — como é chamada a manutenção de pista. As revisões periódicas, em que o avião precisa ficar mais tempo parado, normalmente são feitas em centros próprios de manutenção. A TAM conta com um pólo de revisão em São Carlos (SP), a Gol utiliza a estrutura localizada no Aeroporto de Confins (MG), a Varig realiza as revisões n

Sem aval do TCU

Correio Braziliense A ampliação do aeroporto de Brasília, com a construção de um novo terminal de passageiros, depende de um entendimento entre a Infraero e o Tribunal de Contas da União (TCU). Auditoria do TCU assinalou sobrepreço no orçamento de 29 itens e no demonstrativo de custos das pontes de embarque e sistemas operacionais, na última reforma. O relatório também apontou percentuais incorretos de taxas de encargos sociais incidente sobre mão-de-obra. Para a Infraero, no entanto, as divergências se devem ao tipo de comparação feita pelo TCU. “Estão considerando os valores previstos nos sistemas para a construção de casas e de rodovias, mas um aeroporto é diferente”, afirma o presidente da estatal, brigadeiro José Carlos Pereira. Segundo ele, a Caixa Econômica Federal está desenvolvendo um sistema específico de comparações de preços para aeroportos. Com isso, espera convencer os ministros do TCU a liberarem a construção do novo terminal. “Temos recursos para a co

Pontos de distribuição

Pedro Paulo Rezende Da equipe do Correio Braziliense As linhas aéreas seguem uma lógica criada durante a implantação das ferrovias no século 19. Em lugar de estabelecer linhas ponto a ponto entre cada cidade, o que seria anti-econômico, concentrava-se o tráfego entre grandes centros urbanos, de onde se espraiava uma rede de estradas menores. A aviação segue o mesmo esquema. Hoje, Brasília, São Paulo e Rio concentram 90% de todo o sistema, servindo como pontos de conexão entre os estados do Norte-Nordeste e do Sul-Sudeste. Para assumir esse papel, nas décadas de 1970 e 1980, o Ministério da Aeronáutica construiu o Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, e ampliou o do Galeão, no Rio de Janeiro. A idéia era concentrar os hubs (centros de distribuição e conexão de linhas) nacionais no complexo paulista e internacionais no do Galeão. Congonhas e Santos Dummont atenderiam a ponte aérea Rio-São Paulo e a aviação regional. Na década de 1990, por questões mercadológicas e sua