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Na véspera, a tremedeira na cabine

Marcelo Ambrosio – Jornal do Brasil

Num dos vários fóruns de especialistas em aviação na internet, chama a atenção o relato de um piloto que afirma ter pousado o Airbus A320 PR-MBK dias antes do desastre. Segundo essa versão, não havia chuva, mas a pista estava bastante molhada. A aeronave trazia 90 passageiros - menos da metade do que o fatídico vôo 3054 transportava.

"Toquei na marca de 500 (pés, no início da pista), o avião aquaplanou e eu tomei susto. Um dos maiores em meus 17 anos de aviação profissional", relata o piloto, afirmando que gostaria de ter ao lado no jump seat (assentos extras no cockpit) "os (ir)responsáveis por esta crise", em alusão aos dez meses de apagão aéreo.

"Queria que vissem o anti-skid (mecanismo que impede o travamento das rodas na frenagem) trabalhando, a aeronave escorregando para a lateral da pista", descreve, repetindo a trajetória que o mesmo jato cumpriria até sair da pista e se espatifar na Avenida Washington Luiz.

"Queria que vissem as luzes da cabeceira oposta chegando rapidamente, e nós lá, sem poder fazer nada. Que sentissem a tremedeira que eu e meu co-piloto sentimos quando livramos na taxiway E (a última)", completa, acrescentando que a pista tem contaminação irregular, ou seja, tem pontos com frenagem melhor do que outros.

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