Durante 21 anos, o rei da Holanda trabalhou duas vezes por mês como copiloto em voos comerciais sem que seus passageiros soubessem.
BBC
Willem-Alexander, que assumiu o trono em 2013, revelou ao jornal holandês De Telegraaf que seu trabalho no cockpit também foi mantido em paralelo às atividades reais.
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Perfil da KLM no Facebook mostrou fotos do monarca no cockpit | Facebook |
"Eu acho voar algo simplesmente fantástico", disse ao jornal.
Ele afirmou que pretende continuar como copiloto, mas passará os próximos meses aprendendo a pilotar Boeings 737.
Até agora, o monarca pilotava modelos Fokker e já havia sido "piloto convidado" em alguns voos antes de ser coroado, para poder manter sua licença de piloto.
Mas o que não se sabia é que ele continuava copilotando voos comerciais incógnito, já como rei, geralmente ao lado do capitão da empresa KLM Maarten Putman.
O governo holandês afirmou, no mês passado, que Willem-Alexander já pilotou um avião Fokker 70 para o governo e para o serviço regional da KLM, Cityhopper, e que a aeronave será substituída por um 737.
Os voos da Cityhopper servem principalmente a executivos em dezenas de destinos europeus, especialmente no Reino Unido, na Alemanha e na Noruega.
Raramente reconhecido
Willem-Alexander já afirmou que, se não tivesse nascido em um palácio, teria seguido seu sonho de pilotar um avião comercial grande como o Boeing 747.
Ele declarou ao De Telegraaf que nunca mencionou seu nome nos comunicados feitos aos passageiros e raras vezes foi reconhecido usando seu uniforme e seu quepe da KLM. No entanto, admitiu que alguns passageiros chegaram a reconhecer sua voz.
"A vantagem é que eu sempre posso dar boas-vindas aos passageiros em nome do capitão e da tripulação. Então não preciso dizer meu nome."
Antes dos atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, a porta do cockpit dos aviões da KLM ficava destrancada, então era mais fácil para os passageiros descobrir se um membro da família real estava pilotando o avião, disse Willem-Alexander. Desde então, porém, há menos contato com a cabine.
Realeza voadora
O gosto do rei holandês por voar teria sido encorajado por sua mãe, Beatrix, que abdicou como rainha em 2013.
Mas Willem-Alexander é apenas mais um em uma longa lista de pilotos reais:
O sultão de Brunei é conhecido por pilotar seu próprio Boeing 747;
O príncipe Charles, da família real britânica, é piloto, assim como seus dois filhos;
O príncipe William deixará o cargo de piloto de helicóptero-ambulância da Força Aérea Britânica no final deste ano;
O príncipe Harry serviu no Afeganistão como copiloto de um helicóptero Apache;
O rei Abdullah, da Jordânia, também é um piloto treinado.
'Deixar os problemas em terra'
Na entrevista ao De Telegraaf, o rei pareceu entusiasmado com seu futuro como copiloto.
"Me parece boa a ideia de voar para outros destinos algum dia, com mais passageiros e em distâncias maiores. Esse foi o motivo real de eu treinar no 737", afirmou.
Willem-Alexander também explicou que o mais importante para ele era ter um hobby no qual pudesse se concentrar completamente e que voar era seu principal modo de relaxar.
"(Como piloto), você tem um avião, passageiros e uma tripulação - e é responsável por eles. Não dá para levar seus problemas junto. Você desliga completamente por algum tempo e foca em outra coisa."
Ele afirmou que pretende continuar como copiloto, mas passará os próximos meses aprendendo a pilotar Boeings 737.
Até agora, o monarca pilotava modelos Fokker e já havia sido "piloto convidado" em alguns voos antes de ser coroado, para poder manter sua licença de piloto.
Mas o que não se sabia é que ele continuava copilotando voos comerciais incógnito, já como rei, geralmente ao lado do capitão da empresa KLM Maarten Putman.
O governo holandês afirmou, no mês passado, que Willem-Alexander já pilotou um avião Fokker 70 para o governo e para o serviço regional da KLM, Cityhopper, e que a aeronave será substituída por um 737.
Os voos da Cityhopper servem principalmente a executivos em dezenas de destinos europeus, especialmente no Reino Unido, na Alemanha e na Noruega.
Raramente reconhecido
Willem-Alexander já afirmou que, se não tivesse nascido em um palácio, teria seguido seu sonho de pilotar um avião comercial grande como o Boeing 747.
Ele declarou ao De Telegraaf que nunca mencionou seu nome nos comunicados feitos aos passageiros e raras vezes foi reconhecido usando seu uniforme e seu quepe da KLM. No entanto, admitiu que alguns passageiros chegaram a reconhecer sua voz.
"A vantagem é que eu sempre posso dar boas-vindas aos passageiros em nome do capitão e da tripulação. Então não preciso dizer meu nome."
Antes dos atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, a porta do cockpit dos aviões da KLM ficava destrancada, então era mais fácil para os passageiros descobrir se um membro da família real estava pilotando o avião, disse Willem-Alexander. Desde então, porém, há menos contato com a cabine.
Realeza voadora
O gosto do rei holandês por voar teria sido encorajado por sua mãe, Beatrix, que abdicou como rainha em 2013.
Mas Willem-Alexander é apenas mais um em uma longa lista de pilotos reais:
O sultão de Brunei é conhecido por pilotar seu próprio Boeing 747;
O príncipe Charles, da família real britânica, é piloto, assim como seus dois filhos;
O príncipe William deixará o cargo de piloto de helicóptero-ambulância da Força Aérea Britânica no final deste ano;
O príncipe Harry serviu no Afeganistão como copiloto de um helicóptero Apache;
O rei Abdullah, da Jordânia, também é um piloto treinado.
'Deixar os problemas em terra'
Na entrevista ao De Telegraaf, o rei pareceu entusiasmado com seu futuro como copiloto.
"Me parece boa a ideia de voar para outros destinos algum dia, com mais passageiros e em distâncias maiores. Esse foi o motivo real de eu treinar no 737", afirmou.
Willem-Alexander também explicou que o mais importante para ele era ter um hobby no qual pudesse se concentrar completamente e que voar era seu principal modo de relaxar.
"(Como piloto), você tem um avião, passageiros e uma tripulação - e é responsável por eles. Não dá para levar seus problemas junto. Você desliga completamente por algum tempo e foca em outra coisa."
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