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Mostrando postagens com o rótulo apagão aéreo

Ministro mantem proibição

Jobim confirma que Barra não terá ponte aérea   Henrique Gomes Batista O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou ontem no Rio que está totalmente descartada a criação de uma nova ponte aérea entre os aeroportos de Jacarepaguá, na Barra da Tijuca, e Campo de Marte, em São Paulo. Ele admitiu que no passado havia estudado criar esta rota, mas concluiu que ela é impossível. Durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o Apagão Aéreo, realizada pela Câmara dos Deputados em 2007, ele chegou a comentar sobre esta possibilidade: — São duas coisas distintas. Na CPI, quando se iniciava o trabalho se falava disso. Eu disse que poderia ser examinada a existência de uma ponte aérea. Ocorre que o Campo de Marte terá uma destinação específica, será um dos pontos da passagem do trem de alta velocidade. Já Jacarepaguá tem inviabilidade de expansão, houve uma demanda judicial forte para a construção de um hospital. Então lá há uma destinação clara de heliponto, como o futuro do Cam

O que mudou depois do caos aéreo

Passageiros atarantados nos aeroportos, passagens caras, acidentes constantes. É possível dizer que a aviação brasileira está melhor? Celso Mass on e And res Vera Com Murilo Ramos Nos últimos dois anos, a aviação civil brasileira passou por mudanças bruscas de rota. Dois acidentes aéreos em um curto espaço de tempo colocaram o país no nada invejável topo do ranking mundial em número de vítimas. Com filas imensas nos aeroportos e atrasos acima de 50% nas decolagens, a recém-criada Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) perdeu credibilidade. Sua cúpula foi destituída em meio a denúncias de incompetência e corrupção. Também foram substituídos o ministro da Defesa e o presidente da Infraero, a estatal que cuida da manutenção dos principais aeroportos do país. Com tantas mudanças, era de esperar que parte do caos fosse resolvida. Na semana passada, a queda de um avião Bandeirante com 28 pessoas a bordo, num afluente do Rio Solimões, no Amazonas, evidenciou alguns dos graves

Viação e Transportes aprova gradação de tarifa aérea

A Comissão de Viação e Transportes aprovou o Projeto de Lei 3421/08, de autoria da CPI do Apagão Aéreo do Senado, que autoriza a gradação das tarifas aeroportuárias e aeronáuticas conforme o grau de saturação, a época do ano e o horário de utilização dos serviços. O projeto será analisado pelas comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, seguirá para o Plenário. A comissão rejeitou, no entanto, a extinção do Adicional de Tarifa Aeroportuária também proposta no projeto. A comissão acolheu parecer do relator da proposta, deputado Carlos Zarattini (PT-SP). Ele defendeu a continuidade do adicional, que é investido em infra-estrutura e melhorias no sistema aeroportuário e de controle do tráfego. Trata-se de um percentual de 50% incidente sobre os valores das tarifas aeroportuárias e sobre os valores das tarifas relativas ao uso dos auxílios à navegação aérea e das telecomunicações. Segundo dados da Aeronáutica, o adicional corresponde a 1,7% dos en

Justiça condena União a indenizar passageiro por "apagão aéreo"

THIAGO REIS A Justiça Federal condenou a União a pagar indenização por danos morais e materiais a um passageiro em razão do chamado "apagão aéreo" ocorrido em dezembro de 2006. Pela decisão, o passageiro deve receber R$ 178,50 atualizados por danos materiais e dez salários mínimos (R$ 4.150) por danos morais, mais juros. No fim daquele ano, cerca de dois meses depois de acidente com um avião da Gol que deixou 154 mortos, começou o caos nos aeroportos, com falhas no sistema aéreo e atrasos e cancelamentos de vôos. O passageiro ajuizou a ação por ter chegado a Florianópolis com 22 horas de atraso após sair de São Paulo. Disse que sofreu "enorme desconforto, transtorno, aborrecimento, sentimentos agravados pelo descaso e falta de assistência e informações". O passageiro afirmou ainda que foi obrigado a cobrir despesas de hospedagem e transporte em razão da demora. O juiz Cláudio Roberto da Silva, da 3ª Vara Federal de Florianópolis, considerou que a TAM e a Anac (Agênc

CPIs da Câmara e do Senado resultam em poucos projetos

Thiago Vitale Jayme De Brasília Como resultado dos trabalhos das CPIs do Apagão Aéreo na Câmara e no Senado, foram apresentados seis projetos de lei com sugestões de alteração legislativa para melhorar o sistema aéreo brasileiro. Tanto a CPI da Câmara quanto a do Senado funcionaram em 2007. Os senadores apresentaram quatro projetos de lei, dos quais três foram aprovados na sessão do plenário do dia 8 de maio. Os textos agora dependem da aprovação dos deputados antes de ir à sanção presidencial. Entre os deputados, nada caminhou. O texto do primeiro projeto aprovado no Senado é simples: prevê a obrigatoriedade, por parte das companhias aéreas, de divulgação imediata da lista de passageiros e tripulantes do vôo assim que for confirmado um acidente pela Aeronáutica. Já o projeto de lei nº 703, de 2007, altera o Código Brasileiro de Aeronáutica e trata da distribuição dos horários de pouso e decolagem de vôos - os slots, no linguajar do setor - em casos de congestionamentos nos

Transporte aéreo está em baixa

A falência da companhia aérea BRA e a continuidade de problemas no setor aéreo reduziram o interesse do consumidor em utilizar o transporte aéreo em época de férias, em novembro. A avaliação é do coordenador de Sondagens Conjunturais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Aluísio Campelo. De acordo com ele, com base na amostra de 2.100 domicílios usada para cálculo do Índice de Confiança do Consumidor (ICC), o porcentual de pessoas pesquisadas que pretendem viajar de avião nas férias caiu de 41,9% em outubro para 38,9% em novembro. Esse foi a menor parcela de pessoas com interesse em viajar de avião desde dezembro do ano passado. De acordo com o economista, do total de pessoas pesquisadas para cálculo do ICC, 32,5% pretendem viajar de férias. Desse total, subiu de 44,7% para 51,3% o porcentual de pessoas pesquisadas que informaram o automóvel como meio de transporte para viagem. "Parece que a situação do setor aéreo não evoluiu favoravelmente", disse. Em compensação, a pesquisa mo

O apagão desmoraliza o país

MARCELO PIMENTEL Advogado, foi ministro do Trabalho e ministro presidente do TST Lula resolveu dar um basta (temporário?) ao inoportuno debate sobre o terceiro mandato, que é alimentado pelos bajuladores e alguns de seus antigos parceiros sindicalistas, hoje deputados do PT. É de lembrar que o partido foi radicalmente contra a iniciativa de FHC ao patrocinar o autobenefício, insuflando seus áulicos de então à aprovação da proposta respectiva que havia sido recusada por JK — com amplíssimas possibilidades de êxito — e Itamar, então com mais de 80% de aprovação popular ao seu governo. Registrem-se duas circunstâncias por oportunas: em primeiro lugar, Lula é o presidente da República que conseguiu lograr, ao longo do mandato, os mais expressivos índices de aprovação popular, índices que muito provavelmente resistiriam a qualquer plebiscito que se colocasse para aprovação ou rejeição de um terceiro mandato; em segundo, que é um presidente da República que, ind

FAB diz que empresas escondem panes

Objetivo seria evitar mais desgaste com a crise aérea, já que em emergências bombeiros devem acompanhar o pouso No incidente mais recente, avião da Pantanal com 29 pessoas sofreu pane, mas só foi solicitado que bombeiros ficassem "na escuta" LEILA SUWWAN DA SUCURSAL DE BRASÍLIA A Aeronáutica emitiu um comunicado afirmando que as empresas aéreas estão "constantemente" escondendo as panes de seus aviões e colocando em risco a vida dos passageiros para evitar mais desgaste durante a crise aérea. A Aeronáutica já identificou dois casos no aeroporto de Congonhas (zona sul de São Paulo) nos quais os comandantes não acionaram emergência com a torre de controle para não alarmar os passageiros, já que carros de bombeiro acompanhariam o pouso diretamente na pista. O incidente mais recente, o único reportado em detalhes, ocorreu no dia 1º de outubro. Um ATR-42 da empresa Pantanal que fazia o trecho Bauru-Congonhas com 29 pessoas a bordo sofreu uma pane no motor direito, mas fo

Relatório da CPI do Apagão Aéreo pede indiciamento de 23

O relatório final da CPI do Apagão Aéreo do Senado traz 23 pedidos de indiciamentos, a maioria por improbidade, crime contra o processo de licitações e corrupção, revela reportagem publicada nesta terça-feira pela Folha . O documento será apresentado amanhã (24). Segundo a reportagem, o relatório "concluiu que a Infraero se tornou um "antro de corrupção" e que as responsáveis são as empreiteiras, "corruptores entrincheirados" que teriam montado um esquema para "sugar recursos públicos" ao longo dos últimos anos e governos". O relator, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), pede ainda que as contas de 18 empreiteiras e consórcios sejam investigadas por irregularidades em seis obras de aeroportos que movimentaram um total de R$ 973 milhões. Entre os acusados está o deputado Carlos Wilson (PT-PE), ex-presidente da Infraero. Na gestão dele, entre 2003 e 2005, foram firmados contratos que somam R$ 3 bilhões. A ex-diretora da Anac Denise Abreu é ac

Empresas regionais têm de suprir falta de infra-estrutura

O chamado apagão aéreo não se restringe apenas aos principais aeroportos do Brasil. Os pequenos terminais aeroportuários do Interior do Rio Grande do Sul também têm enfrentado uma série de dificuldades em relação à infra-estrutura. Maurício Macedo Estima-se que cerca de 200 mil passageiros por ano utilizam o transporte aéreo para viagens regionais pelo Estado, que conta com cerca de 60 aeroportos espalhados em municípios do Interior. Nove deles são administrados pela Secretaria Estadual de Infra-estrutura. O restante fica a cargo de prefeituras e da Infraero (estatal do governo federal). Com o foco no transporte de empresários e representantes comerciais, a NHT Linhas Aéreas teve que investir recursos próprios para garantir todas as condições operacionais e de segurança. Com mais de um ano de operações no Rio Grande do Sul, a empresa já transportou mais de 30 mil passageiros. Atualmente, conta com viagens regulares para dez destinos no Interior. O diretor-comercial da NHT, Jeffrey Kerr

Diretora diz que Anac deu norma inválida a juíza como explicação

LORENNA RODRIGUES da Folha Online , em Brasília A diretora da Anac, Denise Abreu, afirmou nesta quinta-feira à CPI do Apagão Aéreo da Câmara que o documento contendo uma norma inválida que foi entregue por ela à juíza Cecília Marcondes, do TRF da 3ª Região, pretendia apenas incluir explicações técnicas no processo, e não ludibriar a magistrada. De acordo com Denise, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) decidiu entregar a norma ainda inválida à Justiça por acreditar que ela demonstraria que a pista principal do aeroporto de Congonhas --então fechada por suspeita de oferecer risco à segurança-- atendia aos requisitos da FAA (agência de aviação dos EUA) para pousos de grandes aviões. Denise ressaltou que, mesmo em vigor, a norma não impediria o acidente com o vôo 3054 da TAM que ocorreu em Congonhas (zona sul de São Paulo), no último dia 17 de julho --cerca de 200 pessoas morreram. Segundo ela, a norma não impedia o pouso de aeronaves com um dos reversores travados, co

Relator da CPI quer proibição de aviões sem reversos em Congonhas

LORENNA RODRIGUES da Folha Online , em Brasília O relator da CPI do Apagão na Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), disse nesta quinta-feira que incluirá no relatório final da comissão uma recomendação ao governo para que proíba o pouso de aviões sem um dos reversores no aeroporto de Congonhas (zona sul de São Paulo). O Airbus A-320 da TAM que fez o vôo 3054, que caiu no dia 17 de julho após tentar pousar em Congonhas estava com um reversor inoperante. No acidente, 199 pessoas morreram. "Pelas características e pelo tamanho da pista de Congonhas é preciso operar com a maior segurança possível", afirmou o deputado. Maia classificou como uma "trapalhada" o envio de uma norma inválida à desembargadora desembargadora Cecília Marcondes do Tribunal Regional Federal da 3ª Região. Ele disse ainda que, além de não ter validade, o documento tem orientações dúbias. "O que nós precisamos a partir de agora é ver de quem é a responsabilidade dessa "t

TAP aposta na diversificação de rotas para fugir da crise área brasileira

DEISE DE OLIVEIRA da Folha Online A empresa aérea portuguesa TAP aposta na diversificação de rotas entre Brasil e Europa para se proteger da crise aérea brasileira. Luiz Mor, vice-presidente da empresa, que nesta sexta-feira anunciou os resultados do primeiro semestre, afirmou que a companhia ainda não registrou queda no fluxo de passageiros nas operações brasileiras, mas aguarda uma resposta rápida à crise. "As notícias que chegam à Europa sobre a crise aérea não são bonitas. Mas confiamos que o problema será resolvido. Até agora, não houve queda no fluxo de passageiros. Se o Brasil der uma resposta rápida à crise, não seremos afetados", disse Mor. Questionado sobre as medidas já tomadas pelo governo brasileiro desde o início da crise áerea do país, em setembro passado, Mor disse que não seria ético emitir uma posição neste momento. Preferiu afirmar que acredita em uma solução para a crise. "Sabemos que, por algum tempo, haverá restrições de aeroportos no Brasi

Raízes da crise

Tereza Cruvinel Com as primeiras informações que estariam vindo da caixa-preta do Airbus da TAM, ressurge um dos aspectos mais lamentáveis da tragédia: a existência de uma torcida para que toda a culpa seja da pista de Congonhas (logo, da Infraero, e logo, do governo), contra uma outra que tenta reduzir essa contribuição, nesta altura inegável, valorizando os problemas da aeronave ou uma fracassada arremetida do piloto. Essa busca do ganho político desserve à busca da verdade, que pode punir, prevenir e contribuir para a superação da crise aérea. Assim como para outros acidentes do gênero, para esse também podem ser apontadas causas múltiplas, e todas elas, inclusive o desmando das empresas, têm relação com a crise do setor. Um pouco de história faz bem à compreensão dessa crise, que não começou no atual governo, mas foi nele que chegou a seu ponto extremo. Nele, a Anac abdicou inteiramente da obrigação que agora ensaia cumprir: fiscalizar as empresas, enquadrá-las, puni-las

Mandando a freguesia para a outra loja

Carlos Sardenberg Você tem uma loja no centro da cidade que começa a atrair cada vez mais fregueses. A demanda está aumentando. O que faz você? Trata de aumentar a oferta, ampliando sua loja, comprando as instalações do lado, oferecendo mais mercadorias. Ou: limita a entrada de fregueses na loja; dá senhas para que voltem outro dia; manda que procurem a outra loja, a 100 quilômetros de distância. É isso que o governo está fazendo com o pacote para os aeroportos. Com a demanda crescente, em vez de se concentrar no aumento da oferta, o governo trata de reduzir a demanda, mandando os passageiros de Congonhas para outros aeroportos. Até poderia funcionar – já que esse não é um mercado propriamente livre. Se você precisa voar, a escolha de aeroportos é limitada. Assim, o governo tem como mandar você para a outra loja, já que a de Congonhas está lotada. Mas as outras lojas, Cumbica e Viracopos, também não comportam a nova demanda se não houver obras de ampliação. Do jeito que est

Qual a prioridade?

Carlos Sardenberg Parece mesmo que o pacote do governo para a crise aérea foi montado às pressas, apenas para dar uma resposta ao país. Muitos pontos ficaram em aberto. Por exemplo, o que vem antes como prioridade, a construção de um novo aeroporto em São Paulo , ou a ampliação de Guarulhos e Campinas? O que exatamente o governo pretende com Guarulhos e Campinas? Algumas reformas ou ampliação efetiva, como a construção da terceira pista e do terceiro terminal em Guarulhos? Campinas, do jeito que está, não pode receber fluxo significativo de passageiros. O terminal é muito pequeno e não está minimamente preparado. Outro dia, coisa de um mês atrás, peguei um vôo que foi desviado de Congonha para Campinas – junto com vários outros naquele dia. Pois bem, depois do pouso, ficamos um bom tempo dentro do avião esperando que liberassem as escadas para que pudéssemos descer. Uma prioridade do governo é, certamente, encolher Congonhas. Mas, na verdade, deve haver um encolhimento de

Repercussões

Merval Pereira A reação "patriótica" do presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, contra o que considerou uma "ingerência" da Federação Internacional dos Controladores Aéreos (Ifacta, na sigla em inglês) é preocupante. Segundo a Ifacta, o Brasil precisa aceitar uma intervenção internacional para começar a resolver a crise aérea, pois questões políticas impedem uma solução. Segundo Marc Baumgartner, presidente da entidade, em Genebra, o governo suíço aceitou essa colaboração em 2003, depois de um desastre aéreo. Pois o brigadeiro José Carlos Pereira disse que eles deveriam cuidar do espaço aéreo deles, que nós cuidaremos do nosso. Além do fato de que não estamos em condições de dizer que sabemos cuidar de nosso espaço aéreo, num mundo globalizado como o em que vivemos todos, inclusive o brigadeiro, um desastre da dimensão do ocorrido em Congonhas, seguido de problema como o acontecido com o Cindacta IV da Região Amazônica, interfere nos vôos in