O relatório final da CPI do Apagão Aéreo do Senado traz 23 pedidos de indiciamentos, a maioria por improbidade, crime contra o processo de licitações e corrupção, revela reportagem publicada nesta terça-feira pela Folha. O documento será apresentado amanhã (24).
Segundo a reportagem, o relatório "concluiu que a Infraero se tornou um "antro de corrupção" e que as responsáveis são as empreiteiras, "corruptores entrincheirados" que teriam montado um esquema para "sugar recursos públicos" ao longo dos últimos anos e governos".
O relator, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), pede ainda que as contas de 18 empreiteiras e consórcios sejam investigadas por irregularidades em seis obras de aeroportos que movimentaram um total de R$ 973 milhões.
Entre os acusados está o deputado Carlos Wilson (PT-PE), ex-presidente da Infraero. Na gestão dele, entre 2003 e 2005, foram firmados contratos que somam R$ 3 bilhões. A ex-diretora da Anac Denise Abreu é acusada de fraude processual, falsidade ideológica e improbidade.
Outro lado
Conforme a Folha, o deputado Carlos Wilson e o presidente da Infraero, Sérgio Gaudenzi, não foram localizados para comentar o relatório.
Procuradas, as empreiteiras Camargo Corrêa, OAS, Odebrecht e Mendes Junior, todas supostamente envolvidas nas irregularidades nas obras de Congonhas, também decidiram não comentar as acusações.