Passageiros da Gol a caminho de casa após quase uma hora de sufoco no vôo
Um pane elétrica no aeroporto internacional Eduardo Gomes, Zona Oeste, forçou o vôo 1938 da Gol a pousar no aeroporto de Ponta Pelada, na Base Aérea de Manaus, Zona Sul. Segundo passageiros do vôo, a torre de controle e as luzes da pista ficaram sem energia. O vôo fazia o trecho Cruzeiro do Sul (AC)-Rio Branco-Porto Velho - Manaus.
O avião deveria pousar por volta das 19h, mas, sem poder aterrissar, ficou circulando no espaço aéreo da cidade por aproximadamente 50 minutos e foi redirecionado para o Ponta Pelada.
Na Base Aérea, o avião foi reabastecido e depois de cerca de uma hora, às 21h30, decolou em direção ao Eduardo Gomes, onde os passageiros desembarcaram. "Como é que pode um aeroporto internacional como o Eduardo Gomes sofrer um apagão e não ter um gerador", questionou o representante comercial Carlos Alberto Oliveira Pires, de 58 anos.
Carlos Alberto foi um dos poucos passageiros que desceram no aeroporto Ponta Pelada, pois tinha apenas bagagem de mão. Quem tinha bagagem no compartimento de carga do avião teve de voltar ao aeroporto Eduardo Gomes.
Segundo passageiros, houve sinais de revolta no avião, pois muita gente queria descer na Base Aérea. "O comandante ainda quis dar uma de durão. Eu vôo há 35 anos, voava quando aqui tinha Transbrasil, Vasp e Varig, todas faziam este trecho. Agora só é a Gol e está assim. Eles baixaram tanto o preço que tiraram a Rico, agora a passagem está nas alturas, custa mais de R$ 1 mil", reclamou Carlos Alberto.
Os familiares dos passageiros que aguardavam, às 19h, o vôo no saguão do Eduardo Gomes começaram a ficar ansiosos com a mensagem de atraso nos painéis de aviso do aeroporto. Segundo eles, os funcionários da Gol mentiram, dizendo que o pouso estava prejudicado por um outro motivo, mas que ocorreria logo.
Depois de muita espera, um passageiro, por celular, avisou um parente que o vôo iria para o Ponta Pelada. Eles seguiram para a Base Aérea e ficaram revoltados por terem que voltar ao Eduardo Gomes.
"O que é isso? Meu pai está lá dentro, ele tem problema cardíaco. Ninguém informa nada. O que chateia mais é a falta de informação", protestou a funcionária pública Adriana Coelho, 37, que aguardava o pai, acompanhada do marido e da filha.