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Mostrando postagens com o rótulo Waldir Pires

A crise dissolveu o governo

Villas-Bôas Corrêa, repórter político do JB Desde a vaia, em quatro tempos, na inauguração do Pan com o Maracanã lotado, o presidente Lula não conseguiu se recuperar do susto, que o pegou distraído como quem escorrega na calçada e passa para o país a preocupante impressão de que está perdido. Ou, para ser mais exato, de quem perdeu o governo e não consegue encontrá-lo por mais que procure pelos cantos e gabinetes do Palácio do Planalto e nos esconsos do Ministério da Defesa, tão extraviado como o patético ministro Waldir Pires. Ora, cair em si é trambolhão mais perigoso do que despencar do alto da mangueira ao espichar a mão para colher o fruto maduro. Lula claramente não estava preparado para enfrentar a vaia que derrubou, em minutos de assobio, a montagem da falácia gabola do maior presidente de todos os tempos. Reagiu mal na hora, parecendo sedado para cirurgia de emergência. Nem enfrentou a assuada com serenidade, como risco sempre previsível nos encontros com a

Maravilhas da fauna federal

Augusto Nunes – Jornal do Brasil "Ninguém bateu no ar, tá?", zangou-se Denise Abreu, diretora da Agência Nacional da Aviação Civil, no meio da entrevista concedida à jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo. "Então, o acidente não tem nada a ver com o número de vôos em Congonhas. Vocês estão confundindo. O acidente é o acidente. O sistema aéreo é o sistema aéreo". Denise sempre se zanga quando confrontada com questões incômodas. Em outubro passado, dias depois da queda do Boeing da Gol na selva de Mato Grosso, perdeu a paciência com as perguntas de parentes que teimavam em enterrar seus mortos. "O avião caiu de 11 mil metros de altura", esbravejou. "Vocês são inteligentes. O que esperavam? Corpos?". Em março, a advogada favorecida pelo amigo José Dirceu com o empregão na Anac mostrou que, por trás da irritadiça vocacional, há uma festeira das boas. Em todos os aeroportos, multidões amargavam a escala na estação do calv

Conselho Nacional vai intervir na Anac

Ministros Paulo Bernardo e Tarso Genro passarão a integrar o Conac João Domingos – O Estado de São Paulo BRASÍLIA : O Planalto vai aprofundar o processo de intervenção na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) usando o Conselho Nacional de Aviação Civil (Conac) como instrumento legal para isso. Como a Anac é uma agência reguladora, o governo não pode determinar o que deve fazer em casos como o da crise aérea, que dura dez meses e já fez 355 vítimas. Mas pode fazer com que o Conac ordene como a agência deve agir. O Conac também será modificado e ganhará novos integrantes: os ministros Paulo Bernardo (Planejamento) e Tarso Genro (Justiça). O Conselho passará a fazer pelo menos uma reunião semanal. E, em casos de agravamento da crise, duas por semana. As mudanças serão feitas por decreto. O Conselho de Aviação Civil é presidido pelo ministro da Defesa, Waldir Pires, e integrado pelos ministros da Casa Civil, da Fazenda, do Desenvolvimento, do Turismo e das Relações

Culpar governo é 'quase irresponsável', afirma Lula

Em seu programa de rádio, presidente diz que ainda é ‘prematuro’ acusar alguém pelo acidente em São Paulo O Estado de São Paulo Brasília: Diante de críticas de parentes de vítimas do acidente com o avião da TAM e de setores da opinião pública às ações do governo no setor aéreo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou ontem de irresponsáveis quem acusa o governo federal, a companhia aérea, os pilotos ou a chuva pela tragédia do Aeroporto de Congonhas antes da abertura da caixa-preta do avião. “Todo julgamento é prematuro. É, eu diria, quase irresponsável”, reclamou o presidente. “A melhor coisa que temos de ter é prudência para investigar corretamente, em vez de ficarmos fazendo ilações, culpando ou absolvendo alguém.” As declarações de Lula, divulgadas ontem em seu programa semanal de rádio, Café com o Presidente, vão na mesma linha das justificativas feitas pelo assessor dele, Marco Aurélio Garcia, após ser flagrado em seu gabinete em Brasília por uma câm

Tragédia moral

Plácido Fernandes – Correio Braziliense Depois do “relaxa e goza” de Marta e do “sinal de prosperidade” de Mantega, sobre as filas e asconfusões nos aeroportos, imaginava-se que o governo já havia produzido sua cota máxima de estupidez a respeito do apagão aéreo. Mas, para estarrecimento geral da nação, o espetáculo dantesco parece não ter limites. Numa hora de forte comoção nacional diante da tragédia que deixou quase 200 mortos em Congonhas, foi estarrecedor assistir à comemoração protagonizada com gestos obscenos. Ainda mais dentro do Palácio do Planalto, o símbolo máximo do poder no país. Marco Aurélio Garcia, assessor da Presidência, e um auxiliar festejavam a informação de que a causa do acidente poderia estar numa falha no avião da TAM — e não na pista do aeroporto, o que supostamente eximiria o governo de culpa pela tragédia. Em qualquer lugar do mundo, o desfecho imediato do flagrante seriam os dois se apressando em pedir demissão para não enlamear ainda mais

Maravilhas da fauna federal

Augusto Nunes – Jornal do Brasil "Ninguém bateu no ar, tá?", zangou-se Denise Abreu, diretora da Agência Nacional da Aviação Civil, no meio da entrevista concedida à jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo. "Então, o acidente não tem nada a ver com o número de vôos em Congonhas. Vocês estão confundindo. O acidente é o acidente. O sistema aéreo é o sistema aéreo". Denise sempre se zanga quando confrontada com questões incômodas. Em outubro passado, dias depois da queda do Boeing da Gol na selva de Mato Grosso, perdeu a paciência com as perguntas de parentes que teimavam em enterrar seus mortos. "O avião caiu de 11 mil metros de altura", esbravejou. "Vocês são inteligentes. O que esperavam? Corpos?". Em março, a advogada favorecida pelo amigo José Dirceu com o empregão na Anac mostrou que, por trás da irritadiça vocacional, há uma festeira das boas. Em todos os aeroportos, multidões amargavam a escala na estação do calv

Para Financial Times, acidente da TAM é 'desastre envolvido em farsa'

BBC Brasil Um artigo assinado pelo correspondente do jornal britânico Financial Times no Brasil, Jonathan Wheatley, critica duramente a resposta do governo brasileiro ao acidente envolvendo o avião da TAM, na semana passada. Com o título "Desastre envolvido em farsa", o texto começa dizendo que "é difícil decidir qual das ações do governo após o pior desastre da história da aviação brasileira é mais representativa da incompetência de sua resposta a uma crise que já durava pelo menos dez meses". O jornalista pergunta, em seguida: "terá sido a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de não aparecer em público até três dias depois do acidente ou a de não fazer nenhuma declaração nas primeiras quatro horas (sua mensagem de condolências chegou depois, por exemplo, do que aquela do presidente Néstor Kirchner da Argentina)?" O texto segue listando uma série de críticas ao governo, citando o fato de que o ministro da Defesa Waldir Pires negou ter resp

CPI do Apagão culpa governo pela crise aérea

da Folha de S.Paulo , em Brasília Relatório parcial da CPI do Apagão Aéreo do Senado, aprovado ontem, apontou o Ministério da Defesa, a deficiência técnica de equipamentos, a falta de recursos, a subestimação do crescimento do tráfego aéreo e a autorização de linhas aéreas acima da capacidade da infra-estrutura aeronáutica do país como algumas das causas da crise nos aeroportos que se arrasta há nove meses. O texto, aprovado com os votos de senadores governistas, afirma que o ministério cumpre "um papel meramente decorativo", com "atuação insignificante" e cometeu "falhas" que foram responsáveis pelos transtornos nos aeroportos. O relator da CPI, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), vem defendendo o afastamento do ministro Waldir Pires (Defesa), por "incompetência". "Ele é um banana", disse ontem o senador. Intitulado de "inoperância do Ministério da Defesa", o capítulo que trata da pasta informa que "nos

Sata pode fechar

Aproximadamente 2 mil funcionários correm o risco de perder o emprego em mais uma crise financeira envolvendo uma empresa do antigo Grupo Varig. Desta vez é a Sata, companhia responsável pelos serviços de manutenção dos aviões, que padece com a falta de verba para pagar dívidas milionárias. Sem poder quitar as pendências no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que somam R$ 63,966 milhões, a Sata está prestes a perder, de uma só vez, 32 dos 59 contratos que possui para uso de áreas nos aeroportos, assinados com a Empresa de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero). O problema está na impossibilidade de a Infraero renovar os contratos uma vez que a Sata é devedora do INSS. Da dívida na previdência, R$ 40 bilhões já estão inscritos na dívida ativa da União. Até hoje, a Sata mantém suas atividades nos aeroportos graças a liminares judiciais. Porém, a validade das decisões termina no dia 17 de junho. A partir dessa data, ou a empresa quita a dívida ou perderá a concessão.

Em oito dias, Aeronáutica aplicou R$ 15,9 milhões na melhoria do sistema aéreo

Mariana Braga e Caroline Bellaguarda Do Contas Abertas Depois do “clima de terror” instalado nos aeroportos e do mal-estar entre o presidente Lula e os militares, a Aeronáutica pisou no acelerador e fez liberações a jato, no intuito de conter a crise durante o feriado prolongado. Em pouco mais de uma semana, as reservas orçamentárias para os quatro principais programas relacionados ao setor aéreo aumentaram em R$ 16,8 milhões, o que equivale a um crescimento médio de mais de R$ 2 milhões por dia. O mesmo ocorreu com a quantia paga. Do início deste mês até a última terça-feira (10), R$ 15,9 milhões saíram dos cofres para a melhoria do sistema aéreo brasileiro. Isso significa que, dos R$ 201,5 milhões pagos pelo governo este ano, 7,9% foram liberados em oito dias. As reservas orçamentárias feitas entre os dias dois e dez deste mês equivalem a quase 10% dos R$ 179,1 milhões empenhados pela Aeronáutica de janeiro para cá. Desse dinheiro a maior parte foi para o programa de Prote

Ministro minimiza crise aérea e afirma que governo busca solução

GABRIELA GUERREIRO da Folha Online, em Brasília O ministro da Defesa, Waldir Pires, minimizou nesta quarta-feira a crise no controle do tráfego aéreo do país. Ele atribuiu os problemas recentes no setor às falhas nos equipamentos e aos recursos humanos, numa referência indireta aos controladores de tráfego aéreo. O ministro considerou a crise como normal. "Em países em desenvolvimento, essa é a rotina", afirmou, ao participar de audiência pública na Câmara dos Deputados para discutir o caos aéreo. Pires disse que o governo vai solucionar crise e que está aprimorando os diagnósticos para impedir novos atrasos nos vôos. "Os fatores são definidos ao meu juízo em procedimento de gestão que determinaram ocorrências. Não há por que deixarem de serem reordenadas e postas a serviço do povo brasileiro." O ministro saiu em defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que há duas semanas desautorizou o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, a dar ordem de prisão para os c

Controladores ameaçam deixar cargo

Cinqüenta profissionais de Brasília poderiam pedir baixa coletiva O Dia Online Rio - Em meio à trégua na queda-de-braço com o governo federal, controladores de tráfego aéreo militares ameaçam pedir baixa coletiva. De acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Controladores de Tráfego Aéreo (ABCTA), Wellington Rodrigues, 50 profissionais do Centro de Controle de Brasília (Cindacta-I) estariam dispostos a deixar seus cargos, atitude com a qual o sindicato não concorda. A ameaça de desligamento surge no momento em que a crise aérea parece contornada, e trabalhadores e União começam a se entender, embora nenhuma das reivindicações da categoria tenha sido atendida. Eleita pelos trabalhadores como a mudança mais urgente, a desmilitarização continua distante. O ministro da Defesa, Waldir Pires, foi quem tratou de frear a esperança por alterações imediatas: “Nós não podemos atropelar (a lei). Não darei um passo que não seja dentro das instituições democráticas, porque é com elas que,