Maurício Macedo
Estima-se que cerca de 200 mil passageiros por ano utilizam o transporte aéreo para viagens regionais pelo Estado, que conta com cerca de 60 aeroportos espalhados em municípios do Interior. Nove deles são administrados pela Secretaria Estadual de Infra-estrutura. O restante fica a cargo de prefeituras e da Infraero (estatal do governo federal).
Com o foco no transporte de empresários e representantes comerciais, a NHT Linhas Aéreas teve que investir recursos próprios para garantir todas as condições operacionais e de segurança. Com mais de um ano de operações no Rio Grande do Sul, a empresa já transportou mais de 30 mil passageiros. Atualmente, conta com viagens regulares para dez destinos no Interior.
O diretor-comercial da NHT, Jeffrey Kerr, relatou quais os maiores transtornos enfrentados. "Temos problemas no auxílio à navegação na maioria dos aeroportos. Além disso, poucos têm capacidade de armazenamento para combustível, o que interfere no abastecimento das aeronaves", afirmou.
Para manter a operação regular, a empresa contratou funcionários que ficam responsáveis pela segurança. "Com pessoal próprio, a NHT assumiu este risco, junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), para garantir as condições de vôo", destacou.
Mesmo com todas as dificuldades, Kerr explicou que existem realidades distintas. Como exemplo, citou os aeroportos regionais de Rio Grande e Pelotas, no Sul do Estado. "Temos três vôos diários para Rio Grande que só podem ser feitos de dia em razão da falta de iluminação", explicou. "No terminal de Pelotas, por outro lado, que é administrado pela Infraero, as condições são bem diferentes."
O diretor também ressalta o aeroporto de Rivera, no Uruguai, que recebe vôos com passageiros que se dirigem a Santana do Livramento. "Os uruguaios conseguem garantir total apoio à navegação e ao abastecimento das aeronaves", salientou Kerr.