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Mostrando postagens de julho, 2008

Na frente

Sonia Racy A TAP inaugura em outubro a rota Lisboa-Casablanca. A participação do Brasil no projeto? Elementar: os aviões 145 da Embraer.

NOS ARES

22,3% maior foi o aumento do transporte de passageiros pela companhia portuguesa TAP no primeiro semestre em relação ao mesmo período de 2007. Segundo seu presidente, Fernando Pinto, o resultado reflete crescimento no tráfego tanto na Europa como no Brasil e na África.

Aerolíneas Argentinas volta para o governo

O governo argentino formalizou ontem com o grupo espanhol Marsans a transferência da Aerolíneas Argentinas ao Estado, com a prioridade de recuperar seu valor e sem prazos para voltar a privatizá-la. "O principal objetivo é fixar seu valor para que a empresa volte a ser a que conhecemos", disse o ministro do Planejamento argentino, Julio de Vido, após ratificar acordo com os donos do Marsans. A Aerolíneas Argentinas acumula passivos de US$ 890 milhões. As autoridades desembolsaram cerca de US$ 30 milhões para pagar salários atrasados e para efetuar a compra de combustível.

Governo discute construção de aeroporto privado em SP

Jaime Soares de Assis São Paulo - O governo federal mantém discussões internas com um grupo privado interessado na construção de um AEROPORTO para vôos internacionais na região metropolitana de São Paulo. De acordo com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, as conversas vão "muito bem". Segundo ele, "a decisão deve vir logo, insistirei para que saia rapidamente". Para o ministro, este novo projeto deve compensar o atraso nas obras de expansão do AEROPORTO internacional de Cumbica, em Guarulhos (SP). "São Paulo pode ter um outro AEROPORTO e Congonhas deveria ser utilizado para voos regionais", afirmou o ministro durante encontro com o presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACS), Alencar Burti, e representantes do setor do comércio para apresentar as medidas da Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP). A combinação de real sobrevalorizado, elevações nas taxas de juros e as pressões inflacionárias não repres

Avião derrapa com turistas brasileiros

DE BUENOS AIRES Um avião da companhia Aerolíneas Argentinas com 160 turistas brasileiros derrapou e saiu da pista na madrugada de ontem no aeroporto internacional de Ushuaia, 3.500 km ao sul de Buenos Aires, sem deixar feridos. O avião pousou perto da 1h, durante uma nevasca, e a neve acumulada fez com que o piloto perdesse o controle da aeronave e saísse do trajeto 800 metros antes do final da pista. Houve nervosismo entre os passageiros brasileiros que foram levados de ônibus até o terminal do aeroporto e, de lá, para seus hotéis. O avião, fretado pela Prefeitura de Ushuaia para promover o turismo local, saiu às 6h de sábado de São Paulo e havia feito uma escala técnica em Buenos Aires antes de partir para o destino final. Capital da Província de Tierra del Fuego, na região patagônica argentina, Ushuaia é a última cidade no extremo Sul da Argentina e ali se praticam esportes de inverno, como o esqui. O aeroporto local foi fechado temporariamente até que se resolvesse o incidente e qu

Bombardier lança novo avião

Com o Série-C, empresa estréia em novo mercado Farnborough, Inglaterra A canadense Bombardier, terceira maior fabricante de aviões civis do mundo, lançou um desafio à sua maior concorrente, a européia Boeing, ao apresentar um novo modelo no domingo. O Série-C, que vai transportar entre 110 e 145 passageiros, foi desenhado para competir com os aviões Boeing 737 e Airbus A320. Ele também enfrentaria o Embraer 190, da brasileira Embraer, com capacidade para 98 a 114 lugares. O maior avião atualmente em vôo da Bombardier, o CRJ-900, tem uma capacidade máxima de 88 assentos. O lançamento, feito às vésperas da feira aeronáutica de Farnborough, no sul da Inglaterra, representa uma incursão da companhia canadense em um mercado-chave para Airbus e Boeing. A companhia aérea alemã Lufthansa informou uma encomenda de 30 aviões, com opção de adquirir outros 30. Mas o vice-presidente da frota corporativa da empresa, Nico Buchholz, já disse que uma "carta de intenções" se converterá em um

Aéreas dos EUA e Brasil apelam às autoridades

Bloomberg News e Ana Paula Machado As empresa aéreas dos Estados Unidos, cambaleantes em conseqüência dos preços recorde dos combustíveis, incitaram o Congresso a controlar as negociações especulativas porque o setor "não pode continuar a sobreviver com o petróleo a US$ 140." No Brasil, as companhias também já pediram interferência do governo para se manterem lucrativas. O Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea) se reuniu na última semana com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, para tratar da situação. As medidas nos EUA, para limitar o chamado índice de especulação, são necessárias antes do recesso do Congresso no próximo mês, disse o principal executivo do grupo comercial Air Transport Association, James May, na sexta-feira, aos jornalistas em Washington. O petróleo fechou sexta-feira em Nova York a US$ 145 o barril. "Não existe crise maior", disse May, que acrescentou que a maioria dos planos de negócios das empresa aéreas são elaborados tendo como bas

Top Gun por um dia

Participe de uma batalha aérea e saiba como usar os seus ensinamentos no cotidiano profissional CAROLINA GUERRA O avião rasga o céu a uma velocidade de 1.800 km/h, quando o sinal de alerta soa no cockpit. Logo atrás, o jato inimigo tenta abatê-lo. Perseguido, o caça vira bruscamente para a esquerda. Em uma fração de segundo, a adrenalina atinge o ápice. As pernas tremem, o coração dispara e as mãos suam. Outro alarme dispara. Mais um jato se juntou ao inimigo e, agora, ambos tentam derrubá-lo no ar. A única saída para despistá-los é dar um looping. A manobra em um jato de guerra faz a montanha-russa mais rápida do mundo parecer brincadeira de criança. A acrobacia dá certo. Os oponentes, desta vez, estão em desvantagem, e tentam se esconder da sua mira. Em vão. Ao sinal do comandante, você aperta o botão e... fim de jogo. A cena descrita acima não se passa no Iraque ou em alguma outra zona de conflito. A "batalha" acontece nos céus australianos e, apesar do realismo, é apenas

O caos aéreo não acabou

A história do vôo 981 da American Airlines mostra como a falta de infra-estrutura pode ser um tormento para os passageiros DANIELA MENDES Os relógios marcavam 5h. Faltava meia hora para o horário previsto do pouso do vôo 981 da American Airlines, procedente de Dallas (EUA), na segunda-feira 7, quando o comandante avisa que retardará a aterrissagem porque o aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, está fechado devido à forte neblina. Frustração geral no 767-300. Entre os passageiros que lotam a aeronave, famílias retornando de férias, adolescentes voltando para casa após um ano de intercâmbio, brasileiros residentes no Japão, que haviam iniciado a viagem 24 horas antes, homens de negócio. Era o início de uma longa jornada, mais longa que o vôo de dez horas entre Dallas e São Paulo, e que mostra como a falta de infraestrutura dos aeroportos e das companhias aéreas pode transformar uma viagem no caos. Naquela manhã, com o fechamento do aeroporto entre 3h33 e 8h11, metade dos vôos que se dest

Embraer foge da turbulência

Novo presidente vence seu primeiro desafio e, após um ano no comando, repõe empresa na rota do crescimento AMAURI SEGALLA O PRESIDENTE DA EMBRAER, Frederico Curado, viveu na semana passada seu melhor momento desde que assumiu o comando da empresa, há pouco mais de um ano. Na segunda-feira 7, uma notícia surpreendeu o mercado. Enquanto muitos analistas esperavam resultados apenas medianos, a Embraer anunciou a entrega de 97 aeronaves no primeiro semestre de 2008. Além de representar um recorde, a marca é muito superior às 61 unidades repassadas aos clientes nos primeiros seis meses de 2007. Um dia depois, as ações da empresa subiram mais de 10%. Como é de seu feitio, o discreto Curado não fez barulho. Manteve-se reservado, embora os números tivessem um significado maior naquele momento. Para especialistas, uma crise séria aproximava-se. Os papéis da empresa haviam despencado 50% nos seis meses anteriores e o temor do cancelamento de pedidos rondava a sede em São José dos Campos. À fren

O aeroporto do futuro

Tecnologia de ponta pode ajudar companhias aéreas a enfrentar a elevação nos custos do combustível RICARDO OSMAN , DE BRUXELAS JÁ IMAGINOU ESCOLHER o vôo e comprar a passagem por meio de seu celular? Uma vez no aeroporto, o celular exibirá um código de barra que será lido por equipamento especial e o levará ao egate, um portão automático. Ali, você mostrará o passaporte para a máquina e colocará o dedo indicador em um visor. O e-gate conferirá os dados e checará se o passaporte pertence à pessoa que está à sua frente. Se tudo estiver em ordem, a catraca se abrirá. Siga em frente e faça uma boa viagem. A cena não faz parte de nenhuma história de ficção científica. Trata-se da descrição do embarque no aeroporto do futuro, do jeito que está sendo planejado atualmente. Nada de filas, de burocracia e nada de funcionários no balcão. O embarque automatizado, no estilo self-service, foi o principal tema do Air Transport IT Summit que se realizou em Bruxelas, no dia 19 de junho. Este tipo de em

O fim do buraco negro no céu da Amazônia?

Marcelo Ambrosio Quem é piloto sabe que há áreas no céu da Amazônia nas quais o contato com os controles de tráfego é rarefeito. Quando da colisão entre o Legacy da ExcelAire e o Boeing da Gol, essa deficiência foi apontada pelos americanos, claro, como a causa da tragédia. (Uma dentre várias, diria. A principal foi o desligamento do transponder, o radar de localização do Embraer, conduzido pelos pilotos Joe Lepore e Jean Paul Paladino). Este cenário, entretanto, pode sofrer uma transformação radical com a tecnologia ADS-B. A sigla corresponde às iniciais de um sistema simples: Automatic, Dependent, Surveillance, Broadcast. Usando satélites de posicionamento como GPS ou Galileo, sinais emitidos pelas aeronaves em vôo são trocados em tempo real com outros aviões e estações automaticamente, via um link simples, como na internet. A informação inclui velocidade, direção, altitude e destino. As vantagens seriam a segurança infinitamente maior, a simplicidade e o fato de reproduzir a varredu

Varig esteve perto de ganhar um 'Proar'

Saída para a crise da empresa era uma adaptação do Proer e previa a liquidação com a venda da parte boa à TAM e à Gol, mas não foi adiante Mariana Barbosa A Varig era um problema em busca de uma solução desde o início do governo Lula. De 2003 até a venda ao fundo Matlin Patterson, por meio da VarigLog, em leilão judicial em julho de 2006, foram muitas as propostas de solução para a companhia discutidas no governo: fusão com a TAM, intervenção, liquidação extrajudicial, estatização e recuperação judicial. Antes da entrada de Roberto Teixeira, compadre do presidente Lula, no caso Varig - como advogado do fundo americano interessado em comprar a empresa -, a proposta que mais ganhou força no governo foi a do chamado “Proar”. Uma adaptação do Proer, programa de socorro ao sistema financeiro, para o setor aéreo, o Proar chegou muito perto de ser implementado no fim de 2004. Mas as razões que levaram o governo a abandonar a proposta nunca foram bem explicadas. O Proar nasceu no Ministério da

Pacote de Jobim se resume a 1 medida

De todas as restrições impostas para Congonhas somente a redução dos pousos e decolagens foi mantida Bruno Tavares e Rodrigo Brancatelli Apenas um item do amplo pacote de medidas anunciado em 2007 pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, para desafogar o Aeroporto de Congonhas e aumentar a segurança das operações continua em vigor. O número de pousos e decolagens, que, antes da tragédia do vôo 3054 da TAM , chegava a 44 por hora, hoje é de 34 - 30 para a aviação comercial e 4, para a geral (táxis aéreos e jatos executivos). Na prática, o terminal que teve sua utilização colocada em xeque após o acidente continua sendo um dos mais movimentados do País, atrás somente do Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos. Outros dois projetos anunciados com alarde na mesma ocasião - a construção de um terceiro aeroporto para atender a demanda de São Paulo e a instalação de áreas de escape em Congonhas - continuam engavetados. As restrições impostas pelas autoridades aeronáuticas começaram a s

Pista de Congonhas estava irregular

Bruno Tavares A macrotextura do asfalto do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, estava abaixo do padrão mínimo de segurança no dia em que o Airbus A320 da TAM varou a pista principal, matando 199 pessoas. A conclusão consta do laudo feito pela Diretoria de Engenharia da Aeronáutica (Direng), que esquadrinhou os 1.940 metros da pista nos dias seguintes ao desastre. O teor do documento dos militares é semelhante ao do Instituto Nacional de Criminalística, da Polícia Federal. A maior tragédia da aviação civil brasileira completa um ano na quinta-feira. Pelo laudo da Direng, a macrotextura (rugosidade que facilita o escoamento de água) da pista tinha, em média, 0,35 milímetro. O mínimo estipulado pela norma IAC 4.302, editada pelo extinto Departamento de Aviação Civil (DAC), é de 0,5 mm. Embora tenham chegado a outros resultados, peritos federais também concluíram que a macrotextura estava abaixo do recomendado. Foram realizadas duas medições. Na primeira, a média ficou em 0,48 mm. A ma

Diminuindo custos

Gilberto Amaral A transportadora aérea portuguesa deverá reduzir freqüências em alguns vôos para minimizar efeitos dos aumentos dos combustíveis. ¨De acordo com informação divulgada na última terça-feira, em Lisboa, a TAP vai suspender 60 vôos semanais, entre outubro e março do próximo ano, para minimizar os efeitos dos aumentos dos combustíveis. ¨Serão abrangidas pela medida 50 ligações de médio curso e nove de longo curso. Os destinos serão mantidos, mas o número de vôos será reduzido. ¨A expectativa da companhia é diminuir os custos em 20 milhões de euros.

Promotor denunciará oito por acidente da TAM

O Ministério Público pedirá que sejam processadas oito pessoas por homicídio culposo (não-intencional) no vôo 3054 da TAM. HUMBERTO TREZZI O desastre, ocorrido no aeroporto de Congonhas (São Paulo) com um avião Airbus A320 que saiu de Porto Alegre, matou 199 pessoas em 17 de julho de 2007 e foi o maior na história da aviação brasileira. A denúncia, que será feita pelo promotor paulistano Mário Sarrubbo, pedirá também que os responsáveis pelo desastre sejam processados por lesões corporais seguidas de morte - no caso, de vítimas atingidas pelo avião e que vieram a morrer no hospital. Sarrubbo acompanha desde o início cada depoimento prestado no inquérito policial, que tramita na 27ª Delegacia de Polícia Civil (Campo Limpo), em São Paulo. A denúncia deve sair com os indiciamentos feitos pelo delegado Antônio Carlos Barbosa, que trabalhava naquela DP. Foram ouvidas 306 pessoas até agora, no inquérito que acumula 12,7 mil páginas. Poderá ser incluído ainda um laudo do Centro de Investigaçã

A hora da aviação regional

Nova política que vem sendo elaborada pelo governo pode favorecer os consumidores ao otimizar os vôos de menor duração Giovanni Sandes Nos últimos dez anos, seis aeroportos deixaram de ser atendidos por companhias aéreas no Nordeste. Isso afetou 92 municípios em sua área de influência e gerou o fenômeno que conhecemos hoje: para alguém se deslocar entre a maior parte das capitais nordestinas, precisa fazer escalas e conexões nos pontos mais diversos, podendo parar até em Brasília antes de chegar a seu destino. No último dia 2, o ministro do Turismo, Luiz Barretto, e o ministro da Defesa, Nelson Jobim, prometeram que até o final do ano será apresentada uma política específica para o setor de aviação regional. Como as grandes companhias operam aviões maiores e atendem os principais destinos do País, precisam voar mais e garantir uma ocupação de muito mais assentos, o que prejudica destinos que poderiam ser atendidos por empresas menores em aeronaves com menor capacidade de passageiros. P

Aeroporto vai ser fechado

Jonas Santos PARINTINS (AM) O Ministério da Aeronáutica irá interditar o aeroporto Júlio Belém, de Parintins (a 325 quilômetros de Manaus), durante dois meses, a contar do próximo dia 19 de julho. Essa medida se restringe à pista do aeródromo, que ainda passa por obras de reforma. Desse modo, as companhias aéreas Trip e Rico Linhas Aéreas deixarão de operar com destino a Parintins até o dia 19 de setembro. Em nota expedida à administração do aeroporto e às empresas aéreas, o Ministério da Aeronáutica informa que a pista do Júlio Belém só poderá receber aviões com peso abaixo de 5,7 mil quilos. As aeronaves da Rico e Trip, as duas companhias que operam na Ilha Tupinambarana, estão com o peso superior ao fixado pelo órgão. Ontem, o administrador do aeroporto, Jean Jorge Rodrigues, confirmou que recebeu o comunicado da Aeronáutica e revelou que a Prefeitura e o Governo do Estado estão em negociação com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para que as companhias possam continuar oper

Congonhas vai ampliar pista do Aerolula

Projeto orçado em R$ 4 milhões é a primeira medida de segurança no aeroporto após acidente com aeronave da TAM Governo avalia que a área de pousos e decolagens do avião presidencial e de demais autoridades está muito próxima à de outros aviões ANDREZA MATAIS FERNANDA ODILLA DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O Ministério da Defesa pediu à Infraero que amplie a pista do aeroporto de Congonhas (zona sul da capital paulista) para garantir a segurança dos vôos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de outras autoridades, inclusive militares. Uma das propostas, orçada em R$ 4 milhões, é construir uma laje similar à de viadutos que teria capacidade para receber o Aerolula e aeronaves de outras autoridades. A idéia é aumentar o espaço destinado a pousos e decolagens das aeronaves VIPs. A medida é a primeira na área de segurança definida após o acidente com o avião da TAM no ano passado. Desde o acidente, em 17 de julho de 2007, em Congonhas, o governo não tomou novas medidas de segurança no terminal.

Governo tenta garantir na Justiça salários na Aerolíneas Argentinas

Em troca, empregados da companhia não farão greves ou protestos por 2 meses ADRIANA KÜCHLER DE BUENOS AIRES Diante da crise em que se encontra a companhia aérea Aerolíneas Argentinas, o governo local e sindicatos de trabalhadores da aviação entrarão hoje com pedido na Justiça para que a empresa garanta o pagamento do salário dos funcionários. O anúncio aconteceu após reunião de representantes dos sindicatos de aeroviários com funcionários do ministério do Trabalho e da secretaria de Transportes e em meio a rumores de que o governo enviará ao Congresso um projeto para reestatizar a empresa, privatizada em 1990. Em troca do pedido de intervenção judicial pelo governo, os empregados da Aerolíneas se comprometeram a garantir os serviços por dois meses, sem greve ou protesto. A empresa, controlada pelo grupo espanhol Marsans, passa por grave crise. Anteontem, o atraso nos pagamentos de junho provocou a paralisação dos trabalhadores e conseqüentes atrasos e cancelamentos de vôos. A empresa e

Alta do petróleo leva empresas dos EUA a adiar pedidos feitos à Boeing

Mercado americano representa de 10% a 11% das vendas da fabricante de aviões JANAINA LAGE DA SUCURSAL DO RIO A alta no preço do petróleo já levou algumas companhias americanas a pedir adiamento na entrega de aeronaves da Boeing. Segundo Randy Tinseth, vice-presidente de marketing da Boeing, o mercado americano representa de 10% a 11% das vendas da fabricante. "Já tivemos alguns adiamentos no mercado americano, mas, ao mesmo tempo, outras companhias estão avançando na substituição de aeronaves mais antigas", disse. O executivo destacou que não há sinais de adiamentos ou de cancelamentos em outros mercados. Ontem, o barril do petróleo fechou a US$ 136,05. A Boeing divulgou ontem as projeções para o mercado nos próximos 20 anos. A empresa estima que as companhias aéreas precisarão de 29.400 novas aeronaves, com investimentos de US$ 3,2 trilhões. Na avaliação da Boeing, o mercado de jatos regionais tende a encolher devido ao aumento do preço do combustível e a pressões ambientais

TAM registra recorde no market share internacional

DA REDAÇÃO No mês de junho, a TAM registrou recorde histórico no market share internacional entre as companhias brasileiras, com a marca de 75,3%. A taxa de ocupação dos vôos internacionais foi de 73% no mês, segundo estatísticas de tráfego aéreo da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil). De janeiro a junho, a participação de mercado da companhia no segmento de linhas internacionais operadas por empresas brasileiras ficou em 70,6%. A participação de mercado da TAM nos vôos domésticos foi de 48,6% em junho. A taxa de ocupação nos vôos domésticos foi de 67% no mesmo mês. No acumulado de janeiro a junho, a ocupação foi de 70%, superando a média de 67% registrada pelo setor.

Boeing projeta mercado de 30 mil aviões até 2027

José Sergio Osse As companhias aéreas vão precisar, nos próximos 20 anos, de 29,4 mil novos aviões (passageiros e carga) para sustentar suas operações. O valor total desse mercado é de US$ 3,2 trilhões, segundo a fabricante americana Boeing. A previsão da empresa mostra que, em unidades, a maior demanda será por jatos de corredor único com menos de 90 assentos: 19,1 mil aparelhos, ou 65% do total de aeronaves que serão vendidas até 2027. Em valores, porém, o segmento mais importante será o de aviões de fuselagem larga e até 400 assentos. Embora a demanda prevista pela Boeing seja por 6,7 mil aparelhos desse tipo, seu valor total será de US$ 1,47 trilhão, contra US$ 1,36 trilhão que serão movimentados com a aquisição de equipamentos de corredor único. "Nos últimos anos, as companhias aéreas atenderam o crescimento na demanda com mais freqüências e destinos, não com aviões maiores", afirmou o vice-presidente de marketing da Boeing, Randy Tinseth. Segundo ele, a companhia acredi

Acordo para abafar ação na Justiça

Presidente da Anac, Solange Vieira, procura o sindicato das companhias aéreas, promete retomar a divulgação integral de decisões da diretoria do órgão e evita ser processada por falta de transparência Ricardo Brito A presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Solange Vieira, recuou e prometeu restabelecer procedimentos da gestão anterior para escapar de processo por falta de transparência na administração do órgão. O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) decidiu recorrer à Justiça para que ela divulgasse no Diário Oficial da União o teor completo das decisões tomadas pela diretoria colegiada da agência. Diante da iminência de ser citada pelo Judiciário, a presidente procurou o Snea e propôs um acordo amigável: a promessa de disponibilizar publicamente a íntegra dos votos em troca da desistência da ação. Esse é o desfecho de uma briga velada com o sindicato das companhias aéreas, que começou assim que ela assumiu o comando do órgão, após ser nomeada pelo minist

CPIs da Câmara e do Senado resultam em poucos projetos

Thiago Vitale Jayme De Brasília Como resultado dos trabalhos das CPIs do Apagão Aéreo na Câmara e no Senado, foram apresentados seis projetos de lei com sugestões de alteração legislativa para melhorar o sistema aéreo brasileiro. Tanto a CPI da Câmara quanto a do Senado funcionaram em 2007. Os senadores apresentaram quatro projetos de lei, dos quais três foram aprovados na sessão do plenário do dia 8 de maio. Os textos agora dependem da aprovação dos deputados antes de ir à sanção presidencial. Entre os deputados, nada caminhou. O texto do primeiro projeto aprovado no Senado é simples: prevê a obrigatoriedade, por parte das companhias aéreas, de divulgação imediata da lista de passageiros e tripulantes do vôo assim que for confirmado um acidente pela Aeronáutica. Já o projeto de lei nº 703, de 2007, altera o Código Brasileiro de Aeronáutica e trata da distribuição dos horários de pouso e decolagem de vôos - os slots, no linguajar do setor - em casos de congestionamentos nos