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Pilotos querem auditoria independente no sistema aéreo

Vasconcelo Quadros Brasil Digital BRASÍLIA. Os pilotos comerciais estão irritados com o encaminhamento que vem sendo dado pelo governo à crise aérea e com a confusão de versões que vêm sendo divulgadas para tentar explicar a tragédia com o Airbus A-320 da TAM em Congonhas. Bem antes do acidente, o Sindicato Nacional dos Aeronautas, principal entidade da categoria, já vinha denunciando "o descaso" do Ministério da Defesa, da Infraero e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) no cumprimento das normas de segurança de vôo. Revoltados, mas contidos em decorrência do luto pelos colegas mortos, os pilotos vão iniciar um movimento para pressionar o governo por uma solução definitiva para a crise. Eles querem uma auditoria independente no sistema aéreo. Os principais motivos da crise na aviação e da insegurança que tomou conta dos passageiros estão relacionados, segundo eles, à precária infraestrutura (as condições das pistas) do Aeroporto de Congonhas e à fal

Na véspera, a tremedeira na cabine

Marcelo Ambrosio – Jornal do Brasil Num dos vários fóruns de especialistas em aviação na internet, chama a atenção o relato de um piloto que afirma ter pousado o Airbus A320 PR-MBK dias antes do desastre. Segundo essa versão, não havia chuva, mas a pista estava bastante molhada. A aeronave trazia 90 passageiros - menos da metade do que o fatídico vôo 3054 transportava. "Toquei na marca de 500 (pés, no início da pista), o avião aquaplanou e eu tomei susto. Um dos maiores em meus 17 anos de aviação profissional", relata o piloto, afirmando que gostaria de ter ao lado no jump seat (assentos extras no cockpit) "os (ir)responsáveis por esta crise", em alusão aos dez meses de apagão aéreo. "Queria que vissem o anti-skid (mecanismo que impede o travamento das rodas na frenagem) trabalhando, a aeronave escorregando para a lateral da pista", descreve, repetindo a trajetória que o mesmo jato cumpriria até sair da pista e se espatifar na Avenida Wash

Boicote de pilotos esvazia Congonhas

Comandantes das principais companhias do País decidiram não pousar no aeroporto em dias de chuva Caixa-preta aponta que pilotos do vôo 3054 não tentaram arremeter, dizem deputados O Estado de São Paulo Uma semana depois do maior desastre da história da aviação civil brasileira, pilotos das principais companhias aéreas do País - TAM, Gol, Varig e Ocean Air - entraram em acordo e decidiram não pousar em Congonhas, na zona sul de São Paulo, em dias de chuva. Eles temem a repetição de acidentes. Em caso de chuva, seguem para Cumbica ou Viracopos. A BRA suspendeu os vôos em Congonhas desde sexta-feira. “É impossível manter o controle de uma aeronave lá”, disse um piloto com 10 mil horas de vôo - ele foi um dos que se recusaram a pousar no aeroporto paulistano. Outro comandante afirma que, após a reforma, tanto a pista principal como a auxiliar estão mais inseguras. A pista principal deve ficar fechada pelo menos até amanhã, segundo informações do governo. Ontem, até as

Frota de A-320 poderá passar por perícia

Valor Online De Brasília As autoridades aeronáuticas estudam fazer uma auditoria em toda a frota de jatos A-320, da Airbus, desde que essa família de aeronaves chegou ao Brasil. O objetivo é descobrir se houve "imprudência" da TAM, única empresa aérea que usa o A-320 no país, na operação de aviões com reversores travados. No futuro, aeronaves com esse tipo de problema podem ter pousos restritos a aeroportos com pistas longas, defendem integrantes do governo. Segundo uma fonte que acompanha de perto as investigações sobre o vôo 3054 da TAM, o governo já sabe que o avião não tocou o centro da pista principal do aeroporto de Congonhas no momento do pouso. A aeronave teria tocado o solo com um leve desvio à esquerda da faixa central. Em tese, isso reforça duas hipóteses: 1) houve um discretíssimo erro na aproximação final feita pelo piloto, com reflexos sobre o restante do percurso feito até a cabeceira de Congonhas; 2) o efeito do reverso direito travado já influ

Nos EUA, agência conclui extração de dados da caixa-preta

DENYSE GODOY Enviada especial da Folha de S.Paulo a Washington A NTSB (National Transportation Safety Board) já terminou de extrair as informações das caixas-pretas do Airbus A-320 da TAM que podem contribuir para elucidar as causas do acidente, segundo os deputados Marco Maia (PT-RS), relator da CPI do Apagão Aéreo, e Efraim Filho (DEM-PB). "Os trabalhos estão muito avançados e se encaminham para o final", disse Maia. Os parlamentares estão em Washington acompanhando a análise e prevêem que até o fim desta semana os dados sejam enviados ao Brasil. No país, integrarão apuração sobre as causas do acidente. Tanto a caixa-preta que grava as conversas no interior da cabine da aeronave quanto a que contém dados do vôo --como altitude e duração-- estavam em perfeitas condições. Finda a fase de extração das informações --não todas, mas as que interessam--, os técnicos da NTSB passarão à padronização e à sincronização dos dados dos dois equipamentos. No Brasil, deve ser montad

Canaleta quebrada causa deslizamento em Congonhas

da Folha Online Uma canaleta que dá vazão à água da pista principal do aeroporto de Congonhas (zona sul de São Paulo) cedeu e causou um deslizamento de terra na cabeceira da pista na noite desta segunda-feira. Segundo a Infraero, estatal que administra os aeroportos do país, a canaleta se rompeu porque o Airbus-A320 da TAM que caiu na última terça-feira (17) passou sobre ela antes de bater no prédio da TAM Express. Devido à chuva que atinge São Paulo, o terreno encharcou, a canaleta não agüentou o fluxo de água e acabou cedendo. Durante a manhã, a pista auxiliar do terminal -- a única operante desde o acidente com o vôo 3054 da TAM -- ficou fechada para pousos e decolagens das 11h26 às 13h17 devido ao mau tempo. O resultado foram cancelamentos e atrasos que atingiram 76,2% dos vôos no terminal. À noite, a pista voltou a fechar totalmente, entre as 18h05 e as 18h30. Apenas 49 dos 215 vôos previstos para pousar ou decolar nesta segunda-feira não foram afetados, de acordo com o b

Airbus havia pousado outras 2 vezes no mesmo dia em Congonhas

Em nenhuma das aterrissagens, feitas por outros pilotos, houve queixa de pista escorregadia ou problema mecânico Bruno Tavares e Marcelo Godoy – O Estado de São Paulo O histórico de vôos do Airbus A320 da TAM diminui a possibilidade de que a chuva e a pista do Aeroporto de Congonhas tenham sido decisivas na tragédia que matou ao menos 199 pessoas. Isso porque, no dia do acidente, o avião de prefixo MBK já havia pousado duas vezes na pista principal do aeroporto, uma delas enquanto chovia quase três vezes mais do que no momento do desastre. Em nenhuma das aterrissagens houve queixas de pista escorregadia ou problemas mecânicos. O primeiro pouso do Airbus em Congonhas ocorreu às 11h11 do dia 17. O avião, que fazia o vôo 3701 entre Brasília e São Paulo, encontrou muita chuva na chegada à capital paulista. De fato, entre 11 horas e meio-dia, a estação meteorológica do aeroporto registrou, em média, 1,5 milímetro de precipitação na pista principal. A aeronave pousou normal

Presidente da Infraero se irrita com sugestão de intervenção internacional

'São uns imbecis querendo se meter', reagiu. Para José Carlos Pereira, será preciso 'cortar na própria carne'. LÍSIA GUSMÃO Do G1, em Brasília O presidente da Infraero, José Carlos Pereira, reagiu com irritação à sugestão da Federação Internacional dos Controladores Aéreos (Ifacta, na sigla em inglês) de uma intervenção internacional para resolver a crise aérea no Brasil. Para a Ifacta, o governo "não tem capacidade" para resolver a crise sem ajuda da comunidade internacional. "São uns imbecis querendo se meter. O Brasil não precisa de ajuda internacional. Eles que cuidem do espaço aéreo deles e nós cuidamos do nosso", disse, irritado, o brigadeiro José Carlos Pereira, nesta segunda-feira (23), admitindo que houve erros na condução da crise aérea, agravada pelo acidente com o Airbus da TAM com 187 passageiros a bordo. Para o presidente da Infraero, será preciso "cortar na própria carne". "Foi uma tragédia sim, mas é uma tragédi

Cenipa espera concluir investigação sobre acidente da TAM em dez meses

GABRIELA GUERREIRO da Folha Online , em Brasília O chefe do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), brigadeiro Jorge Kersul Filho, estima que as investigações da Aeronáutica sobre o acidente com o Airbus-A320 da TAM estejam concluídas em dez meses. "Temos a esperança de terminar a investigação desse acidente em prazo um pouco menor. Estimamos que o relatório final da investigação seja de dez meses, o que na nossa visão está dentro de um prazo razoável", afirmou. Segundo o brigadeiro, o acidente com o Boeing da Gol --que ocorreu em outubro do ano passado-- deve ter suas investigações concluídas no prazo de 12 meses. "Na média internacional, uma investigação desse nível é da média de 18 meses. Esperamos concluir as investigações da Gol em 12 meses, o que é razoável. Já fizemos cinco reuniões com familiares da Gol para supri-los com informações que não prejudicam a investigação", disse o brigadeiro. As investigações da Aeron

Caixa-preta aponta que avião desacelerou após pousar; colisão foi a 175 km/h

DENYSE GODOY Enviada especial da Folha de S.Paulo a Washington O Airbus-A320 da TAM que sofreu um acidente na última terça (17), em São Paulo, bateu e explodiu no prédio da TAM Express estava a 175 km/h. Quando pousou, estava na velocidade padrão para o procedimento, entre 240 km/h e 222 km/h. Essa informação faz parte dos primeiros dados retirados da caixa-preta pela NTSB (National Transportation Safety Board), em Washington, EUA. Cerca de 200 morreram na tragédia, entre passageiros e pessoas em solo, no pior desastre da aviação brasileira. A informação foi repassada nesta terça-feira a repórteres pelos deputados Marco Maia (PT-RS) e Efraim Filho (DEM-PB), que acompanham os trabalhos da NTSB. Diferentemente de ontem, os parlamentares evitaram comentar o significado desse dado perante a investigação --se ele indicaria que o piloto tentou frear a aeronave em vez de arremeter, por exemplo. Ontem pela manhã, Efraim chegou a afirmar por telefone a rádios e sites bra

Piloto decidiu arremeter avião muito tarde, suspeitam militares

Segundo o Cenipa, é certo que o Airbus acelerou depois de tocar o solo na marca correta de aterrissagem BRUNO TAVARES, CAMILLA RIGI, EDUARDO REINA e MARCELO GODOY O Estado de São Paulo A decisão de arremeter o Airbus A-320 da TAM foi tomada tardiamente pelos pilotos. Pela evolução da velocidade com que o avião cruzou os 1,9 km da pista principal de Congonhas, oficiais da Aeronáutica avaliam que isso ocorreu por dois motivos: uma hesitação do comandante ou um conflito na cabine entre os pilotos sobre o que fazer para enfrentar a situação. O brigadeiro Jorge Kersul Filho, chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), disse que é certo que o Airbus acelerou depois de tocar o solo na marca correta de aterrisagem, a 300 metros da cabeceira da pista. O Airbus levou aproximadamente 30 segundos, do momento em que tocou pela primeira vez a pista do aeroporto até mergulhar no prédio da TAM Express. A dinâmica do acidente com o vôo 3054 ainda

BRASIL S/A

Por Antônio Machado Roteiro trágico Tantas vezes se ouviu, após a queda do Boeing da Gol em setembro do ano passado, matando 154 pessoas, seguida da quebra da cadeia de comando entre os controladores de vôos e a abissal demonstração de incapacidade do governo para dirimir um conflito ainda longe do desfecho, que era apenas questão de tempo uma nova tragédia. Ouvia-se isso nas salas de embarque dos aeroportos, em conversas com empresários, jornalistas, em rodas de parlamentares, gabinetes de ministros. Todos temiam o que de fato se repetiu em proporções ainda mais terríveis. Não se acreditava é que pudesse acontecer de verdade, não sendo os passageiros de aviões suicidas potenciais. Outra vez vão ser procuradas causas técnicas ou erros humanos, o que é sempre um melhor motivo para quem necessita viajar diante do que seria a outra alternativa: estar com a vida entregue a torres de controle operadas por controladores descontrolados de tráfego aéreo. Ou embarcando e

Tudo em seis segundos

Muitas vítimas morreram antes do impacto, mas corpos revelam aflição e pânico Renata Mariz Enviada especial – Correio Braziliense São Paulo — Não mais que seis segundos. Foi esse o tempo que o avião da TAM levou da aterrissagem malsucedida até a explosão, no início da noite de terça-feira. Pela posição dos corpos retirados de dentro da aeronave, as 186 pessoas a bordo sabiam que algo de errado estava acontecendo. “A posição era de defesa, alguns estavam agarrados às poltronas. Eles esperavam uma colisão”, diz o doutor Douglas Ferrari, presidente da Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva. O médico, que participou do resgate das vítimas do vôo 3054, afirma que muitos morreram antes mesmo da explosão. A aeronave estava numa velocidade entre 150km e 200km antes de colidir com o prédio do outro lado da Avenida Washington Luís. Algumas das 186 pessoas a bordo nem sequer chegaram vivas ao momento da colisão, na avaliação do especialista. “Podemos estimar que 50% dos

As razões da tragédia

Avião teria tocado com trem de pouso em uma mureta, segundo a Aeronáutica, provocando o desequilíbrio Afonso Morais e Pedro Paulo Rezende Da equipe do Correio Braziliense Dois dias depois do maior acidente aeronáutico do Brasil, a sociedade brasileira, perplexa e indignada com as mortes causadas pelo choque de um Airbus A-320 da TAM contra o depósito de cargas da própria empresa na Avenida Washington Luiz, em São Paulo, quer saber as causas reais da tragédia. A conclusão oficial deverá sair em 10 meses e, por enquanto, as opiniões dos especialistas se dividem. Para Carlos Camacho, diretor de segurança de vôo do Sindicato Nacional dos Aeronautas, a maior falha estaria na ausência de áreas de escape nas cabeceiras da pista. “Se o aeroporto estivesse equipado com placas de concreto poroso em lugar de grama, o piloto necessitaria apenas desviar o avião para um dos lados da pista para pará-lo sem problemas. O concreto poroso cede com o peso do aparelho freando a aeronave”, comen

CPI vai apurar tragédia

Jornal de Brasília A CPI do Apagão Aéreo do Senado vai prorrogar seus trabalhos para incluir nas investigações as causas do acidente com o Airbus da TAM no aeroporto de Congonhas (SP). O presidente da CPI, senador Tião Viana (PT-AC), disse ontem que os trabalhos não serão encerrados no dia 15 de agosto, como previsto inicialmente pela CPI. Apesar da prorrogação, a Comissão não pretende manter os trabalhos durante o recesso parlamentar do Congresso – que termina no dia 1º de agosto. A CPI quer apurar, em especial, se a pista do aeroporto de Congonhas foi liberada para pousos sem condições ideais de funcionamento. Viana disse que ainda é cedo para se especular sobre as causas que teriam provocado o choque da aeronave com um hangar da própria empresa aérea. "A cautela é importante. Temos que aguardar um laudo técnico para saber onde estava a falha", disse. No final dos trabalhos da CPI, Viana vai solicitar audiência com o presidente Lula para apresentar as

Valor de seguros para aviões brasileiros devem ter alta

Altamiro Silva Júnior – Valor Online O acidente com o avião da TAM anteontem - menos de dez meses após a queda da aeronave da Gol, em setembro - aliada à falta de infra-estrutura nos aeroportos e aos problemas provocados pelos controladores de vôo vai aumentar os preços dos seguros para aviões brasileiros e dificultar a colocação das apólices no exterior. "O caos aéreo no Brasil ficou nítido agora lá fora para as resseguradoras internacionais", avalia Gustavo Mello, sócio da Correcta, corretora especializa em seguros aeronáuticos. São essas resseguradoras, principalmente do mercado de Londres, que ficaram com mais de 90% do risco do seguro do Airbus A320 da TAM. No Brasil, a seguradora da companhia aérea é a Unibanco AIG, que ficou com pouco mais de 1% do risco total. A Marsh foi a corretora que intermediou a colocação da apólice. No mercado, fala-se que o valor total da apólice bateria nos US$ 400 milhões, incluindo a cobertura do casco do avião (avaliado

Avião tocou a pista de Congonhas no ponto correto, diz brigadeiro

Chefe do setor que investiga acidentes afirmou que as imagens mostram que avião tocou o solo no ponto certo Apesar disso, tanto ele quando o comandante da FAB dizem que imagens não permitem tirar conclusões sobre as causas do acidente FERNANDO RODRIGUES DA SUCURSAL DE BRASÍLIA – FOLHA DE SÃO PAULO O avião da TAM que explodiu em Congonhas tocou a pista do aeroporto no local correto ao aterrissar, conforme indicam as imagens de câmeras da Infraero. Em seguida, descreveu uma trajetória em linha reta, sem jogar para os lados nem demonstrar falta de direção. O Airbus-320 passou a apresentar aumento de velocidade a partir do segundo terço da pista. Continuou assim até descrever a curva para a esquerda e bater no prédio. O brigadeiro Kersul Filho, chefe do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), confirmou ontem a informação de que a aeronave pousou no ponto correto, dentro do limite de 300 metros iniciais da pista. Já o governador José Serra (PSDB) disse ter ouv

Familiares souberam da lista por rádio em Porto Alegre; RS amanheceu de luto

SIMONE IGLESIAS FLÁVIO ILHA JOÃO CARLOS MAGALHÃES MARI TORTATO DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE Familiares das vítimas do acidente com o Airbus da TAM experimentaram ontem uma madrugada de desespero no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, agravada pela falta de informações. À meia-noite, mais de cinco horas depois do acidente, cerca de cem parentes foram levados pela TAM, de ônibus, até o hotel Plaza São Rafael, no centro da cidade, com a promessa de esclarecimentos. Acabaram abandonados no local -uma funcionária da companhia ficou 30 minutos e foi embora. Foi pelo rádio, no salão sem representantes da TAM, que os familiares ouviram, à 1h35 a divulgação da segunda lista de passageiros, com 160 nomes. A cada vítima citada seguiam-se gritos e choro dos parentes. Seis pessoas passaram mal e receberam atendimento. "Fomos confinados em uma sala e abandonados. Teríamos mais informações em casa", disse Renata Rocha, 33, que tinha um tio no vôo. Vôos para SP

Fatalidade?

ELIANE CANTANHÊDE BRASÍLIA - O controle de aproximação de Congonhas autorizou o pouso, o Airbus-A320 tocou o solo e... não parou. Tentou arremeter, cruzou a avenida, bateu no prédio e explodiu. Tinha muita velocidade para parar e pouca para decolar. Por que corria tanto? Por que não conseguiu parar? Nem as autoridades aeronáuticas têm respostas, mas acidentes ocorrem por falhas humanas e de equipamentos. E as circunstâncias eram desfavoráveis: chovia, a pista estava escorregadia, as reformas são recentes, faltam as ranhuras (riscos para produzir mais atrito nas rodas). Pairando sobre o vôo 3054, havia também o Boeing da Gol e dez meses de crise, greve e prisão de controladores, nevoeiros, trocas de acusações, panes de rádios, suspeitas quanto aos radares. Um sistema em xeque. Seus operadores, sob profundo estresse. Pequenos erros podem virar grandes tragédias. E há a falta de comando do governo e a ganância das companhias. Segundo pilotos e comissários, o acidente "não d

TAM isenta Airbus-A320 e defende tripulação a bordo

Presidente da empresa diz que pilotos eram experientes e que avião estava em ordem Companhia aérea também defendeu condições do aeroporto de Congonhas, o mais importante para as operações da TAM no país MAELI PRADO DA REPORTAGEM LOCAL – FOLHA DE SÃO PAULO Em entrevista ontem, o presidente da TAM, Marco Antonio Bologna, afirmou que a tripulação do A320 era "de grande competência e experiência" e que o avião estava em perfeitas condições de operação. Ele evitou culpar o governo e a crise aérea pelo acidente e defendeu que Congonhas, tido como o aeroporto mais importante para a companhia, é "seguro". O executivo descartou ainda a ausência de "grooving" (ranhuras que facilitam o escoamento da água) na pista como causa do acidente. "Quando um aeroporto que não tem "grooving" está aberto, se pressupõe que a pista esteja com menos de três milímetros de água, e que tenha aderência suficiente, mesmo sem essas ranh