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Embraer admite remanejar encomenda da BRA

Patrícia Nakamura A Embraer poderá remanejar as entregas dos pedidos em carteira caso a BRA cancele o pedido de 20 aeronaves modelo 195, avaliados em US$ 730 milhões, além de 55 opções de compra. A BRA parou de operar na quarta-feira passada. Os dois jatos encomendados pela GE Comercial Aviation Services (Gecas) que seriam destinados à BRA serão entregues no terceiro trimestre do ano que vem e serão destinados pela empresa de leasing a outras companhias aéreas. "Os depósitos da compra estão em dia", afirmou ontem o vice-presidente financeiro da empresa, Antônio Luiz Pizarro Manso. Caso deixe de efetuar os pagamentos, a BRA perderá os valores depositados, mas não deverá pagar multa. O executivo não quis informar o montante já recebido. Outra alternativa é a transferência das encomendas para outros clientes. Manso afirmou que no quatro trimestre a cadência de produção da família 170-190 chegará a 14 aeronaves por mês, ante as 13 produzidas mensalmente durante o

Aéreas devem perder US$ 100 milhões

As companhias aéreas latino-americanas irão terminar o ano com um prejuízo acumulado de US$ 100 milhões, enquanto o setor nos demais continentes registrará o primeiro resultado positivo desde o início da década. A previsão é da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), que aposta em uma pequena recuperação em 2008. O presidente da IATA, Giovanni Bisignani, destacou como exemplos positivos a Lan Chile, a TAM e a Copa. Juntas essas empresas somam capitalização de mais de US$ 9 bilhões. A entidade ainda apontou a 'vergonhosa' taxa de acidentes aéreos na América Latina.

O apagão desmoraliza o país

MARCELO PIMENTEL Advogado, foi ministro do Trabalho e ministro presidente do TST Lula resolveu dar um basta (temporário?) ao inoportuno debate sobre o terceiro mandato, que é alimentado pelos bajuladores e alguns de seus antigos parceiros sindicalistas, hoje deputados do PT. É de lembrar que o partido foi radicalmente contra a iniciativa de FHC ao patrocinar o autobenefício, insuflando seus áulicos de então à aprovação da proposta respectiva que havia sido recusada por JK — com amplíssimas possibilidades de êxito — e Itamar, então com mais de 80% de aprovação popular ao seu governo. Registrem-se duas circunstâncias por oportunas: em primeiro lugar, Lula é o presidente da República que conseguiu lograr, ao longo do mandato, os mais expressivos índices de aprovação popular, índices que muito provavelmente resistiriam a qualquer plebiscito que se colocasse para aprovação ou rejeição de um terceiro mandato; em segundo, que é um presidente da República que, ind

Missão: recompor a Anac

Governo pode não definir todos os dirigente da Agência Nacional de Aviação Civil até dezembro. O órgão funciona com apenas um diretor. Dois foram escolhidos, mas ainda não tomaram posse LEONEL ROCHA O governo corre o risco de não conseguir recompor a diretoria da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) antes do final do ano. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, está com dificuldades para encontrar um diretor especializado em relações internacionais, estudos e pesquisa. Ele já havia convidado o economista Cláudio Jorge Pinto Alves, mas suspendeu a indicação, que obrigatoriamente precisa ser feita pelo Palácio do Planalto ao Senado, porque prefere um profissional com perfil adequado ao posto. Além disso, vem adiando a oficialização da indicação da economista Solange Vieira para a presidência da agência, porque há dúvidas no governo se a atual secretária de Aviação Civil do Ministério da Defesa é o nome mais apropriado para o posto. Desde o dia 24 de agosto,

Os acidentes decolam

A dois meses do fim do ano, Brasil já bateu recorde em desastres aéreos. São 76 casos. Aumento da frota e falhas na inspeção de aeronaves estão entre as causas do problema Ullisses Campbell O ano de 2007 ainda nem terminou e o Brasil já bateu o recorde em acidentes aéreos. De janeiro até a semana passada, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos (Cenipa) registrou 76 tragédias envolvendo aviões civis comerciais. Desde 1997, o país não registra tantos acidentes com aeronaves. “Esses números são preocupantes. O governo deveria aumentar a fiscalização porque há companhias aéreas que não operam com segurança”, ressalta o diretor de Segurança de Vôo do Sindicato Nacional dos Aeronautas, comandante Gilberto Salvador Camacho. O número de mortes em acidentes aéreos também bateu recorde nos 10 primeiros meses deste ano. Foram 266 de janeiro a outubro. Nos últimos dois anos, 499 pessoas perderam a vida em tragédias aeronáuticas. “Essas estatísticas são alarmantes

Ruim para o consumidor

Contrato de concessão do posto Shell do Aeroporto JK tem renovação investigada pela Controladoria-Geral da União Da Redação Um negócio bom para as partes e ruim para o interesse público. Assim pode ser definido o contrato de concessão do posto Shell do Aeroporto JK. Bom para as partes porque lucram, com o acordo, a empresa petrolífera, que vende seu combustível em um ponto de venda privilegiado; o empresário, que explora o posto, por pagar à Infraero apenas R$ 9 mil mensais pelo aluguel de uma área pública; e a empresa aeroportuária, que recebe por uma área que não é sua. Quem perde é o cidadão, pois, num emaranhado de ilegalidades já denunciadas pela Controladoria-Geral da União (CGU), a única coisa que não vale são os seus interesses. A história do posto Shell começa há exatos 20 anos. Desde 1987, a Infraero administra o terreno de 25 hectares que cerca o Aeroporto JK, o imóvel que pertence ao GDF. Administra, diga-se de passagem, apenas de acordo com seus interesses, legal

Varig volta a voar para Buenos Aires

A Varig informou que voltará a ter vôos diários para Buenos Aires, a partir de amanhã. Segundo a empresa, até o final do ano deverão ser 98 vôos semanais. Enquanto isso, a partir da próxima semana a companhia aérea deverá oferecer 28 freqüências semanais entre Buenos Aires e as cidades de São Paulo e Rio. Em 3 de dezembro, serão iniciados mais 42 vôos entre essas cidades. A partir do dia 10 do próximo mês, a empresa também vai passar a interligar Buenos Aires a Brasília (DF), Florianópolis (SC), Porto Alegre (RS) e Recife (PE), somando mais 28 vôos semanais. Negócios e lazer Segundo o diretor comercial da Varig, Lincoln Amano, a empresa aposta no aumento da demanda de clientes por viagens de negócios entre os dois países, além das de lazer. Atualmente, a Varig já tem vôos regulares para Bogotá e Caracas, na América do Sul, e Frankfurt, Londres, Paris e Roma, na Europa. A Varig foi proibida de voar para a Argentina, em agosto deste ano, pelo governo argentino, q

Com Varig, Gol fica mais perto da liderança

O grupo Gol está mais próximo da liderança no mercado de vôos domésticos. Em outubro, a Gol e a Varig, que foi adquirida em abril, ficaram com 45% de participação, enquanto a TAM, atual líder, fechou o mês com 46,6%. Em setembro, a diferença entre as duas era de quase sete pontos percentuais. A Gol tem boas chances de chegar à liderança nos próximos meses, uma vez que relançou a marca Varig e está investindo em sua publicidade para competir diretamente com a TAM. A TAM, por sua vez, prevê que vai se manter como a maior companhia aérea do país em 2008, conforme informou em sua teleconferência na sexta-feira. No seu último mês de operações, a BRA ficou com 2,5% de participação doméstica, sendo que em setembro tinha 4,6%. Já a OceanAir praticamente manteve sua fatia: 2,9% no mês passado, contra 2,6%, em setembro. Os dados foram divulgados pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). A demanda doméstica registrou um aumento forte em outubro, de 15,7%, após um mês de ret

Despesa deve continuar afetando balanços das aéreas

Roberta Campassi As duas maiores companhias aéreas do país sofreram reduções significativas em sua rentabilidade neste ano. Para 2008, a melhora de resultados dependerá especialmente da redução dos custos. Isto porque o preço cobrado por cada quilômetro voado não deve subir. O setor de aviação usa o chamado "yield" para medir quanto cada passageiro paga para voar por um quilômetro. É um dos indicadores mais usados para prever o resultado das companhias aéreas, já que mostra se as empresas estão conseguindo mais ou menos receita por unidade de transporte. No terceiro trimestre deste ano, o "yield" da TAM foi de R$ 0,25, valor 15,7% menor do que no mesmo período de 2006. No caso da Gol, o yield caiu 11,7%, para R$ 0,22. "Acreditamos que para 2008 os 'yields' ficarão estáveis em relação ao que for registrado no quarto trimestre deste ano, em termos nominais", afirmou Líbano Barroso, vice-presidente de finanças e relações com investi

Autoridade é uma coisa, eficácia é outra

O caos aéreo, de pura teimosia, sobrevive às ordens e à pose do ministro Jobim ENSAIO: Roberto Pompeu de Toledo O ministro dos Desastres Aéreos, Nelson Jobim, explicou assim, na semana passada, a questão da fiscalização das condições em que operam os aviões no país: "A fiscalização existe. A eficácia dessa fiscalização é que é o problema. O problema da existência da fiscalização é uma coisa, e outra coisa é a eficácia dessa fiscalização". Jobim freqüenta já há algum tempo a cena nacional, mas nunca esteve tão exposto. Com isso, vamos nos familiarizando com o seu jeitão seguro de dizer as coisas, temperado por um certo enfado, como se cansado de ter de explicar questões tão óbvias. O ministro, da altura de mais de 1,90 metro às proeminências do nariz e do abdome, tem o perfil do general De Gaulle. Recortem-se as silhuetas de um e de outro e elas se encaixarão como uma peça de quebra-cabeça em seu molde. Da semelhança física, o modelo gaullista expandiu-se para o esp

Mais uma aterrisagem. Será que vai faltar avião?

BRA pára de voar de repente, deixa 70 mil passageiros a ver navios e piora a crise aérea que assola o país DANIEL LEB SASAKI Na semana passada, a aviação comercial brasileira registrou mais um óbito. A BRA transportes Aéreos sucumbiu à crise financeira e, sem avisar os senhores passageiros, entrou na rota que derrubou Transbrasil, Vasp e Varig, ícones da aviação brasileira. Na quarta-feira 7, a companhia aérea suspendeu todos os seus vôos e deixou 70 mil clientes com a passagem na mão. No chão, sem alimentação, transporte e hospedagem. O drama foi dividido pelos 1,1 mil funcionários da empresa. Sem mais nem menos, foram postos em “aviso prévio”. “A notícia pegou até a gente de surpresa. Cheguei para trabalhar e não tinha mais trabalho”, diz um servidor da BRA. Segundo a diretoria, a suspensão das atividades é temporária e foi necessária para evitar que as reservas se esgotem completamente. Com dívidas na casa dos US$ 100 milhões (R$ 175 milhões), em sua maior parte con

Anac amplia orçamento e liberação de verbas

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA Pressionada pela crise aérea, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) ampliou o orçamento e a liberação de verbas para fiscalização da aviação civil - cuja eficácia foi questionada ontem pelo ministro Nelson Jobim (Defesa). Criada no final de 2005, a agência só foi incluída na lei orçamentária por medida provisória editada em abril do ano passado. Na MP, o governo reservou R$ 8,6 milhões às ações de fiscalização do órgão, recursos empregados basicamente às viagens e diárias de fiscais. No Orçamento da União deste ano, o primeiro a fixar os gastos da Anac desde janeiro, a dotação foi elevada a R$ 9,3 milhões, um aumento de 8,1%, ou 4,8% acima da inflação. O ritmo de liberação dos recursos também cresce. Segundo dados do Ministério do Planejamento, em 2006, foram empenhados - reservados para uso, na primeira etapa do gasto público - R$ 8,598 milhões, numa média de R$ 717 mil mensais. Nos primeiros dez meses deste ano, a agência empenhou R$ 7,672 milhões. Os dad

Aeronáutica investiga se turbina de jato falhou

Manete que controla o motor da turbina direita foi achado na posição inoperante Learjet pode voar apenas com um dos motores, mas, se um deles é desligado durante a decolagem, a situação pode se tornar crítica KLEBER TOMAZ DA REPORTAGEM LOCAL A Aeronáutica investiga se a turbina direita do Learjet falhou após o jato ter decolado do Campo de Marte, na zona norte de São Paulo. A suspeita dos militares é de que, com o motor direito inoperante e o esquerdo ativo, o avião tomou rumo errado - virou à direita em vez da esquerda- e atingiu imóveis da Casa Verde no domingo. A hipótese de pane na turbina foi reforçada depois de os bombeiros localizarem o controle das manetes. A alavanca da direita estava posicionada para trás, o que indica que o seu motor estava inoperante. Já a da esquerda estava à frente, indicativo de que sua turbina estava operante. Fontes da FAB admitem a possibilidade de o piloto ter recuado a manete para desligar o motor após ter percebido algum problema. Com a turbina dir

Campo de Marte tem alto movimento de aeronaves de pequeno porte

Aeroporto chegou a ser cogitado como alternativa para desafogar Congonhas. Movimento é exclusivamente de helicópteros e aviões pequenos. Localizado nas proximidades da Marginal Tietê, na Zona Norte cidade de São Paulo, o Aeroporto Campo de Marte é um dos seis mais movimentados do país. Segundo informações da Infraero, há uma média de 231 pousos e decolagens por dia -- 70% de helicópteros e 30% de aviões de pequeno porte. Em 2006, o aeroporto registrou 85.158 operações de aeronaves, com movimento de 169.551 passageiros. O número tem se mantido estável nos últimos anos, após um pico em 2002 -- quando 96.687 vôos levaram 193.374 passageiros. O aeroporto tem uma pista de 1,6 mil metros de extensão por 45 metros de largura. Fica aberto 24 horas para pouso e decolagem de helicópteros e das 6h às 23h para operações de aviação de pequeno porte. Durante as discussões motivadas pela crise aérea no país -- que veio à tona em outubro de 2006, com o acidente do vôo 1907 da Gol -- surgiram proposta

Jobim quer aumentar fiscalização da aviação geral

Setor abrange jatos particulares, táxis aéreos e helicópteros. Jobim determinou que Anac faça avaliação do sistema de fiscalização. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, quer intensificar a fiscalização da aviação geral, que abrange jatos particulares, táxis aéreos e helicópteros. Depois de três acidentes com helicópteros ocorridos no espaço de duas horas, na quinta-feira (1), e do acidente deste domingo (4) com o avião que decolou do Campo de Marte, na Zona Norte de São Paulo, Jobim determinou ao diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Allemander Pereira Filho que faça uma avaliação do sistema de fiscalização, para verificar se as regras são cumpridas e se serão necessárias normas mais rígidas. A Anac vai avaliar as empresas da aviação geral e os procedimentos de manutenção dos aviões e de helicópteros. Segundo a assessoria de imprensa do ministério, mesmo sem saber os motivos dos acidentes, Jobim recomendou "um novo processo de fiscalização da aviação geral", por