Patrícia Nakamura


A Embraer poderá remanejar as entregas dos pedidos em carteira caso a BRA cancele o pedido de 20 aeronaves modelo 195, avaliados em US$ 730 milhões, além de 55 opções de compra. A BRA parou de operar na quarta-feira passada. Os dois jatos encomendados pela GE Comercial Aviation Services (Gecas) que seriam destinados à BRA serão entregues no terceiro trimestre do ano que vem e serão destinados pela empresa de leasing a outras companhias aéreas.

"Os depósitos da compra estão em dia", afirmou ontem o vice-presidente financeiro da empresa, Antônio Luiz Pizarro Manso. Caso deixe de efetuar os pagamentos, a BRA perderá os valores depositados, mas não deverá pagar multa. O executivo não quis informar o montante já recebido. Outra alternativa é a transferência das encomendas para outros clientes.

Manso afirmou que no quatro trimestre a cadência de produção da família 170-190 chegará a 14 aeronaves por mês, ante as 13 produzidas mensalmente durante o trimestre anterior. A empresa reafirmou a meta de entregas entre 165 e 170 jatos (entre os segmentos de defesa, comercial e executivo) até o fim do ano.

A receita líquida no terceiro trimestre foi de R$ 2,7 bilhões, 45% superior em comparação com o mesmo período do ano passado. A aviação comercial respondeu por 68,7% da receita e a aviação executiva, por 14,7%. A área militar respondeu por 4,1% das vendas.

O lucro líquido saltou de R$ 79 milhões para R$ 306 milhões. Além do aumento do número de aeronaves entregues, contribuiu para o resultado um ganho extraordinário de R$ 209 milhões no resultado operacional por conta de uma decisão favorável na Justiça sobre a base de cálculo da Cofins.

O lajida da empresa no período foi de R$ 433 milhões.

A empresa anunciou vendas de mais de US$ 1 bilhão durante a Dubai Air Show, feira aeronáutica realizada até quinta-feira no aeroporto Internacional de Dubai. Foram comercializados 15 jatos executivos e outras 15 aeronaves comerciais. Os negócios foram fechados com a espanhola Globalia, a Falcon Aviation Services e Al Jaber Aviation (ambas dos Emirados Árabes), Virgin Nigeria e a árabe NAS Air. As empresas também fizeram 9 opções e outros 20 direitos de compra.

Post a Comment

header ads
header ads
header ads