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Congonhas só terá viagens de até 2 horas

Daniel Rittner – Valor Online O aeroporto de Congonhas ficará limitado à operação de vôos com, no máximo, 120 minutos de duração. Essa medida, divulgada ontem pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), elimina o uso do aeroporto para ligações entre São Paulo e toda a região Norte, além de abranger todas as capitais nordestinas. A Anac também anunciou um conjunto de ações para normalizar a situação dos aeroportos, após vários dias de caos. Companhias aéreas foram temporariamente proibidas de vender bilhetes a partir de Congonhas, garantindo o embarque dos passageiros que já têm passagens, sem o acréscimo de novos usuários ao sistema. Técnicos da agência vão monitorar os sistemas de reservas das empresas e podem estender a proibição de venda de bilhetes a outros aeroportos. Não há prazo para o fim da restrição. Na semana passada, o Conselho de Aviação Civil (Conac) já havia determinado à agência reguladora reduzir o número de operações em Congonhas de 48 para 33 por

Teto do setor de desembarque desaba em Viracopos

Tatiana Favaro – Agência Estado Campinas - Parte do acabamento do teto do setor de desembarque do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, desabou nesta manhã. Ninguém ficou ferido. Segundo a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), a equipe de manutenção e engenharia do aeroporto detectou que um metro quadrado de gesso do teto cedeu porque a tubulação que escoa água da chuva apresentou vazamento. A área foi isolada e funcionários trabalham para reparar o dano. Nesta manhã, Viracopos recebeu dez vôos alternados - nove que deveriam pousar em Congonhas e um de Guarulhos. Dos dez vôos programados do aeroporto de Campinas, quatro foram cancelados e um teve atraso de mais de uma hora. As companhias aéreas ainda não informaram à Infraero o número de passageiros que desembarcaram em Campinas entre a madrugada e a manhã de hoje. Embora o movimento no saguão do aeroporto seja maior do que o habitual, desde o acidente com o Airbus da TAM, nem as companhias e

Mandando a freguesia para a outra loja

Carlos Sardenberg Você tem uma loja no centro da cidade que começa a atrair cada vez mais fregueses. A demanda está aumentando. O que faz você? Trata de aumentar a oferta, ampliando sua loja, comprando as instalações do lado, oferecendo mais mercadorias. Ou: limita a entrada de fregueses na loja; dá senhas para que voltem outro dia; manda que procurem a outra loja, a 100 quilômetros de distância. É isso que o governo está fazendo com o pacote para os aeroportos. Com a demanda crescente, em vez de se concentrar no aumento da oferta, o governo trata de reduzir a demanda, mandando os passageiros de Congonhas para outros aeroportos. Até poderia funcionar – já que esse não é um mercado propriamente livre. Se você precisa voar, a escolha de aeroportos é limitada. Assim, o governo tem como mandar você para a outra loja, já que a de Congonhas está lotada. Mas as outras lojas, Cumbica e Viracopos, também não comportam a nova demanda se não houver obras de ampliação. Do jeito que est

Mentiras

Carlos Sardenberg Todos os órgãos responsáveis pelo setor aéreo – Aeronáutica, Anac, Infraero – sustentavam que as operações em Congonhas eram seguras e seguiam os padrões internacionais ótimos e atualizados. Agora, dizem que a diminuição do número de vôos em Congonhas vai garantir mais segurança. Ou seja, antes não era. A Infraero informa que já iniciou as obras para introduzir as ranhuras (o famoso grooving) na pista principal de Congonhas. Diz que o serviço será executado em 20 dias, por uma força tarefa que vai trabalhar à noite para não atrapalhar o funcionamento da pista auxiliar durante o dia. Antes, a mesma Infraero dizia que as ranhuras nem eram tão necessárias e que as obras demorariam o dobro do tempo e que poderiam interromper o tráfego. A Aeronáutica informa agora que nenhum aeroporto brasileiro tem o ILS3 – sistema de aproximação das aeronaves por instrumentos, que permite pousos com visibilidade quase nula, durante nevoeiros e chuvas fortes. Congonhas usa o ILS1,

Qual a prioridade?

Carlos Sardenberg Parece mesmo que o pacote do governo para a crise aérea foi montado às pressas, apenas para dar uma resposta ao país. Muitos pontos ficaram em aberto. Por exemplo, o que vem antes como prioridade, a construção de um novo aeroporto em São Paulo , ou a ampliação de Guarulhos e Campinas? O que exatamente o governo pretende com Guarulhos e Campinas? Algumas reformas ou ampliação efetiva, como a construção da terceira pista e do terceiro terminal em Guarulhos? Campinas, do jeito que está, não pode receber fluxo significativo de passageiros. O terminal é muito pequeno e não está minimamente preparado. Outro dia, coisa de um mês atrás, peguei um vôo que foi desviado de Congonha para Campinas – junto com vários outros naquele dia. Pois bem, depois do pouso, ficamos um bom tempo dentro do avião esperando que liberassem as escadas para que pudéssemos descer. Uma prioridade do governo é, certamente, encolher Congonhas. Mas, na verdade, deve haver um encolhimento de

Avião monomotor cai na Praia do Leblon

Segundo os bombeiros, acidente ocorreu com um avião de pequeno porte. Apenas o piloto estava a bordo da aeronave. Do G1, no Rio, com informações da TV Globo Um avião monomotor caiu por volta das 15h30 deste sábado (21) na faixa de areia da Praia do Leblon, na Zona Sul do Rio. Segundo o 3º Grupamento Marítimo (Gmar), o piloto Emerson Ferreira, de 24 anos, teve ferimentos leves e foi levado para o Hospital Miguel Couto, na Gávea, Zona Sul do Rio. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o acidente aconteceu próximo ao mar, na altura da Avenida Bartolomeu Mitre, entre os postos 11 e 12. Cerca de 50 banhistas ajudaram os bombeiros, com auxílio de cordas, a puxar o avião para a areia. A empresa responsável pelo avião informou que apenas o piloto estava a bordo da aeronave. O monomotor estaria fazendo propaganda na praia com uma faixa. Policiais militares do 23º BPM (Leblon) também auxiliaram no trabalho de resgate. Um helicóptero Águia foi enviado para o local do acidente, mas a ví

Avião da FAB perde fuselagem depois de decolar no Acre

Segundo Infraero, aeronave tinha 155 passageiros do Projeto Rondon. Avião está no Aeroporto Internacional de Cruzeiro do Sul para manutenção. Do G1, em São Paulo , com informações da TV Acre Um avião da Força Aérea Brasileira perdeu parte da fuselagem de uma das turbinas logo depois da decolagem no Aeroporto Internacional de Cruzeiro do Sul, no Acre, às 15h (horário de Brasília) desta terça-feira (24). A aeronave estava ocupada com 155 passageiros, segundo informações da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), em Cruzeiro do Sul. O piloto teve de sobrevoar a cidade durante 20 minutos até pousar novamente no aeroporto. O superintendente da Infraero na cidade, Osvaldo Magalhães, disse ao G1 que não houve feridos. Segundo ele, uma outra aeronave chegou ao aeroporto para levar os 155 passageiros na quarta-feira (25). "É um procedimento padrão da FAB, mas eu não posso detalhar o que será feito agora", disse Magalhães. O superintendente d

Direitos dos passageiros

Ali Kamel Nada entendo de aviões. Escrevo na condição de passageiro freqüente deste meio de transporte. Penso na dor das famílias e creio que a tragédia mostrou que todos estamos há tempos sendo lesados. Deve existir algum código em defesa dos passageiros, mas, se existe, ou ele não está sendo posto em prática ou deve ser emendado urgentemente. A TAM informou que o manual da Airbus diz que o modelo A320 pode voar até dez dias com defeito no reversor da turbina: basta travá-lo. Se isso é fato, creio que temos de ouvir do comandante, além das boas-vindas, um aviso mais ou menos assim: "Senhores passageiros, aqui quem fala é o comandante. Antes de iniciar a nossa viagem, gostaria de informá-los de que nosso avião está com o sistema auxiliar de frenagem, o chamado reversor das turbinas, quebrado. Não se assustem: o manual do fabricante nos permite viajar assim por até dez dias antes de consertá-lo, e ainda faltam seis. O pouso acontecerá sem problemas, desde

Repercussões

Merval Pereira A reação "patriótica" do presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, contra o que considerou uma "ingerência" da Federação Internacional dos Controladores Aéreos (Ifacta, na sigla em inglês) é preocupante. Segundo a Ifacta, o Brasil precisa aceitar uma intervenção internacional para começar a resolver a crise aérea, pois questões políticas impedem uma solução. Segundo Marc Baumgartner, presidente da entidade, em Genebra, o governo suíço aceitou essa colaboração em 2003, depois de um desastre aéreo. Pois o brigadeiro José Carlos Pereira disse que eles deveriam cuidar do espaço aéreo deles, que nós cuidaremos do nosso. Além do fato de que não estamos em condições de dizer que sabemos cuidar de nosso espaço aéreo, num mundo globalizado como o em que vivemos todos, inclusive o brigadeiro, um desastre da dimensão do ocorrido em Congonhas, seguido de problema como o acontecido com o Cindacta IV da Região Amazônica, interfere nos vôos in

Hotel dificulta pousos em Congonhas

Pilotos se queixam de prédio, construído perto do aeroporto com aval da Aeronáutica Sergio Roxo* - O Globo SÃO PAULO. O diretor de segurança de vôo do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Carlos Camacho, confirmou ontem que a construção de um hotel, a 500 metros do Aeroporto de Congonhas, reduziu o espaço para pousos na pista. O empreendimento pertence ao empresário Oscar Maroni Filho, dono do Bahamas, boate freqüentada por prostitutas. A construção do hotel é cercada de polêmica. O Ministério Público Estadual investiga suspeitas de irregularidades por parte de funcionários da Prefeitura de São Paulo na fiscalização da execução da obra. Em 2004, a Polícia Civil chegou a abrir um inquérito para apurar o desrespeito a um embargo da construção. Agora, surge a informação de que o edifício, de 11 andares e 47,5 metros , mudou a rota dos aviões para o pouso no sentido Washington Luís-Jabaquara da pista. A direção da aterrissagem varia de acordo com a posição do vento.

TAM não descarta defeito em freio

Diretor da empresa admite possível problema no sistema de frenagem das rodas Chico Otavio – O Globo SÃO PAULO. A convicção exibida até agora por Ruy Amparo, vice-presidente técnico da TAM, para descartar o defeito no reverso direito do Airbus A-320 como causa do acidente em Congonhas – "um dos requisitos para a homologação da aeronave é decolar e pousar sem reverso" – não se repete quando o dirigente é perguntado sobre outro sistema de frenagem do avião. Com o cuidado de evitar especulações antes do resultado da análise das caixas-pretas, Ruy não descartou a possibilidade de um problema no freio das rodas do avião, o mais importante dos três sistemas disponíveis para fazê-lo parar: - A probabilidade é baixíssima. Mas não impossível. Para o pouso de aviões modernos, o piloto conta, além do freio nas rodas, com um sistema de freios aerodinâmicos, formado por flaps e spoilers (placas que se abrem nas asas) e os reversores. O vice-presidente da TAM disse q

Funcionários relatam deficiências no Cindacta-4 e negam sabotagem

Documento mostra que o sistema tinha falhas mesmo após normalização Flávio Freire – O Globo SÃO PAULO. Relatório apresentado pelo Sindicato dos Trabalhadores de Proteção ao Vôo horas depois da pane elétrica que paralisou o monitoramento do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego (Cindacta-4) revela problemas que põem em risco o sistema aéreo nacional. No documento, obtido pelo GLOBO, os funcionários dizem que não há plano de emergência para corrigir falhas no sistema e que um dos dois geradores de energia elétrica do Cindacta-4 não funciona há cerca de seis meses. Quanto à possibilidade de o sistema ter sofrido uma sabotagem, funcionários responsáveis pelo controle na Região Amazônica defendem-se, dizendo ainda que o sistema não conseguia sequer ter informações precisas dos vôos, mesmos depois de normalizada a situação. Num dos trechos do documento, os funcionários informam: "Ao retornar a energia, o sistema de freqüência e o radar permaneciam

Empurraram a crise aérea com a barriga, diz Carlos Lessa

Para ex-chefe do BNDES, Fazenda barrou investimentos no setor Rodrigo Camarão – Jornal do Brasil A crise aérea é uma tragédia anunciada, causada deliberadamente pelo governo ao cortar investimentos na segurança e não abrir concurso para contratar mais controladores de vôo. A afirmação é do professor emérito da UFRJ e ex-presidente do BNDES Carlos Lessa. Depois de 23 meses no cargo, foi demitido justamente pelas críticas ao modelo econômico adotado pelo presidente que ocupava o Palácio do Planalto há menos de dois anos. Acha que o dinheiro que poderia ser investido no sistema de transportes foi, em última instância, usado para pagar juros. A prova da desatenção ao setor aéreo, conta ao JB Lessa, foi o episódio da Varig. Quando ocupava a presidência do BNDES, o economista tentou reestruturar o capital da empresa, considerada por ele de importância vital para o país. Conversou com credores nacionais - Banco do Brasil, Infraero – e internacionais - General Eletric - e os

Lei sobre overbooking é incompleta

Anac segue uma norma do Código Brasileiro de Aeronáutica para orientar empresas Alexandra Bicca – Jornal do Brasil BRASÍLIA: A prática de overbooking, quando as companhias aéreas emitem mais bilhetes do que o número de lugares disponíveis nos vôos, ainda não é regulamentada no Brasil. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) segue uma citação do Código Brasileiro da Aeronáutica para orientar o que as empresas devem fazer com relação aos passageiros vítimas do overbooking. Segundo essa citação, a empresa aérea é obrigada a acomodar em outro vôo o passageiro que possui bilhete, mas não conseguiu embarcar. O novo vôo deve ser da própria companhia e deve sair dentro de um prazo máximo de quatro horas contadas a partir da hora do vôo do qual o passageiro foi preterido. Além disso, deve garantir alimentação e hospedagem, caso passe de quatro horas. Mas a Anac reconhece em sua página na Internet que no Brasil os regulamentos são omissos com relação ao overbooki

Pista tem bom índice de atrito

Luiz Orlando Carneiro – Brasil Digital Brasília: A Infraero prestará, até quinta-feira, as informações requeridas pelo juiz federal Clécio Braschi, da 8ª Vara Federal de São Paulo, que vai decidir sobre o pedido de liminar na ação civil proposta pelo Ministério Público Federal, que exige o fechamento imediato do Aeroporto de Congonhas, pelo menos até serem afastadas as dúvidas sobre a segurança de suas pistas. Na defesa do ponto de vista de que a nova pista é segura, a direção da empresa pública dá destaque a parecer técnico do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo. De acordo com o documento de quatro páginas, nos dois monitoramentos realizados pela Infraero na nova pista do aeroporto, nos dias 6 e 13 últimos (antes, portanto, da tragédia com o avião da TAM), "os valores encontrados mostram-se acima dos valores recomendados do ponto de vista do atrito em pista molhada, tendo em vista os limites recomendados internacionalmente (ICAO) e nacionalment