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Pista de Congonhas estava irregular

Bruno Tavares A macrotextura do asfalto do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, estava abaixo do padrão mínimo de segurança no dia em que o Airbus A320 da TAM varou a pista principal, matando 199 pessoas. A conclusão consta do laudo feito pela Diretoria de Engenharia da Aeronáutica (Direng), que esquadrinhou os 1.940 metros da pista nos dias seguintes ao desastre. O teor do documento dos militares é semelhante ao do Instituto Nacional de Criminalística, da Polícia Federal. A maior tragédia da aviação civil brasileira completa um ano na quinta-feira. Pelo laudo da Direng, a macrotextura (rugosidade que facilita o escoamento de água) da pista tinha, em média, 0,35 milímetro. O mínimo estipulado pela norma IAC 4.302, editada pelo extinto Departamento de Aviação Civil (DAC), é de 0,5 mm. Embora tenham chegado a outros resultados, peritos federais também concluíram que a macrotextura estava abaixo do recomendado. Foram realizadas duas medições. Na primeira, a média ficou em 0,48 mm. A ma

Diminuindo custos

Gilberto Amaral A transportadora aérea portuguesa deverá reduzir freqüências em alguns vôos para minimizar efeitos dos aumentos dos combustíveis. ¨De acordo com informação divulgada na última terça-feira, em Lisboa, a TAP vai suspender 60 vôos semanais, entre outubro e março do próximo ano, para minimizar os efeitos dos aumentos dos combustíveis. ¨Serão abrangidas pela medida 50 ligações de médio curso e nove de longo curso. Os destinos serão mantidos, mas o número de vôos será reduzido. ¨A expectativa da companhia é diminuir os custos em 20 milhões de euros.

Promotor denunciará oito por acidente da TAM

O Ministério Público pedirá que sejam processadas oito pessoas por homicídio culposo (não-intencional) no vôo 3054 da TAM. HUMBERTO TREZZI O desastre, ocorrido no aeroporto de Congonhas (São Paulo) com um avião Airbus A320 que saiu de Porto Alegre, matou 199 pessoas em 17 de julho de 2007 e foi o maior na história da aviação brasileira. A denúncia, que será feita pelo promotor paulistano Mário Sarrubbo, pedirá também que os responsáveis pelo desastre sejam processados por lesões corporais seguidas de morte - no caso, de vítimas atingidas pelo avião e que vieram a morrer no hospital. Sarrubbo acompanha desde o início cada depoimento prestado no inquérito policial, que tramita na 27ª Delegacia de Polícia Civil (Campo Limpo), em São Paulo. A denúncia deve sair com os indiciamentos feitos pelo delegado Antônio Carlos Barbosa, que trabalhava naquela DP. Foram ouvidas 306 pessoas até agora, no inquérito que acumula 12,7 mil páginas. Poderá ser incluído ainda um laudo do Centro de Investigaçã

A hora da aviação regional

Nova política que vem sendo elaborada pelo governo pode favorecer os consumidores ao otimizar os vôos de menor duração Giovanni Sandes Nos últimos dez anos, seis aeroportos deixaram de ser atendidos por companhias aéreas no Nordeste. Isso afetou 92 municípios em sua área de influência e gerou o fenômeno que conhecemos hoje: para alguém se deslocar entre a maior parte das capitais nordestinas, precisa fazer escalas e conexões nos pontos mais diversos, podendo parar até em Brasília antes de chegar a seu destino. No último dia 2, o ministro do Turismo, Luiz Barretto, e o ministro da Defesa, Nelson Jobim, prometeram que até o final do ano será apresentada uma política específica para o setor de aviação regional. Como as grandes companhias operam aviões maiores e atendem os principais destinos do País, precisam voar mais e garantir uma ocupação de muito mais assentos, o que prejudica destinos que poderiam ser atendidos por empresas menores em aeronaves com menor capacidade de passageiros. P

Aeroporto vai ser fechado

Jonas Santos PARINTINS (AM) O Ministério da Aeronáutica irá interditar o aeroporto Júlio Belém, de Parintins (a 325 quilômetros de Manaus), durante dois meses, a contar do próximo dia 19 de julho. Essa medida se restringe à pista do aeródromo, que ainda passa por obras de reforma. Desse modo, as companhias aéreas Trip e Rico Linhas Aéreas deixarão de operar com destino a Parintins até o dia 19 de setembro. Em nota expedida à administração do aeroporto e às empresas aéreas, o Ministério da Aeronáutica informa que a pista do Júlio Belém só poderá receber aviões com peso abaixo de 5,7 mil quilos. As aeronaves da Rico e Trip, as duas companhias que operam na Ilha Tupinambarana, estão com o peso superior ao fixado pelo órgão. Ontem, o administrador do aeroporto, Jean Jorge Rodrigues, confirmou que recebeu o comunicado da Aeronáutica e revelou que a Prefeitura e o Governo do Estado estão em negociação com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para que as companhias possam continuar oper

Congonhas vai ampliar pista do Aerolula

Projeto orçado em R$ 4 milhões é a primeira medida de segurança no aeroporto após acidente com aeronave da TAM Governo avalia que a área de pousos e decolagens do avião presidencial e de demais autoridades está muito próxima à de outros aviões ANDREZA MATAIS FERNANDA ODILLA DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O Ministério da Defesa pediu à Infraero que amplie a pista do aeroporto de Congonhas (zona sul da capital paulista) para garantir a segurança dos vôos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de outras autoridades, inclusive militares. Uma das propostas, orçada em R$ 4 milhões, é construir uma laje similar à de viadutos que teria capacidade para receber o Aerolula e aeronaves de outras autoridades. A idéia é aumentar o espaço destinado a pousos e decolagens das aeronaves VIPs. A medida é a primeira na área de segurança definida após o acidente com o avião da TAM no ano passado. Desde o acidente, em 17 de julho de 2007, em Congonhas, o governo não tomou novas medidas de segurança no terminal.

Governo tenta garantir na Justiça salários na Aerolíneas Argentinas

Em troca, empregados da companhia não farão greves ou protestos por 2 meses ADRIANA KÜCHLER DE BUENOS AIRES Diante da crise em que se encontra a companhia aérea Aerolíneas Argentinas, o governo local e sindicatos de trabalhadores da aviação entrarão hoje com pedido na Justiça para que a empresa garanta o pagamento do salário dos funcionários. O anúncio aconteceu após reunião de representantes dos sindicatos de aeroviários com funcionários do ministério do Trabalho e da secretaria de Transportes e em meio a rumores de que o governo enviará ao Congresso um projeto para reestatizar a empresa, privatizada em 1990. Em troca do pedido de intervenção judicial pelo governo, os empregados da Aerolíneas se comprometeram a garantir os serviços por dois meses, sem greve ou protesto. A empresa, controlada pelo grupo espanhol Marsans, passa por grave crise. Anteontem, o atraso nos pagamentos de junho provocou a paralisação dos trabalhadores e conseqüentes atrasos e cancelamentos de vôos. A empresa e

Alta do petróleo leva empresas dos EUA a adiar pedidos feitos à Boeing

Mercado americano representa de 10% a 11% das vendas da fabricante de aviões JANAINA LAGE DA SUCURSAL DO RIO A alta no preço do petróleo já levou algumas companhias americanas a pedir adiamento na entrega de aeronaves da Boeing. Segundo Randy Tinseth, vice-presidente de marketing da Boeing, o mercado americano representa de 10% a 11% das vendas da fabricante. "Já tivemos alguns adiamentos no mercado americano, mas, ao mesmo tempo, outras companhias estão avançando na substituição de aeronaves mais antigas", disse. O executivo destacou que não há sinais de adiamentos ou de cancelamentos em outros mercados. Ontem, o barril do petróleo fechou a US$ 136,05. A Boeing divulgou ontem as projeções para o mercado nos próximos 20 anos. A empresa estima que as companhias aéreas precisarão de 29.400 novas aeronaves, com investimentos de US$ 3,2 trilhões. Na avaliação da Boeing, o mercado de jatos regionais tende a encolher devido ao aumento do preço do combustível e a pressões ambientais

TAM registra recorde no market share internacional

DA REDAÇÃO No mês de junho, a TAM registrou recorde histórico no market share internacional entre as companhias brasileiras, com a marca de 75,3%. A taxa de ocupação dos vôos internacionais foi de 73% no mês, segundo estatísticas de tráfego aéreo da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil). De janeiro a junho, a participação de mercado da companhia no segmento de linhas internacionais operadas por empresas brasileiras ficou em 70,6%. A participação de mercado da TAM nos vôos domésticos foi de 48,6% em junho. A taxa de ocupação nos vôos domésticos foi de 67% no mesmo mês. No acumulado de janeiro a junho, a ocupação foi de 70%, superando a média de 67% registrada pelo setor.

Boeing projeta mercado de 30 mil aviões até 2027

José Sergio Osse As companhias aéreas vão precisar, nos próximos 20 anos, de 29,4 mil novos aviões (passageiros e carga) para sustentar suas operações. O valor total desse mercado é de US$ 3,2 trilhões, segundo a fabricante americana Boeing. A previsão da empresa mostra que, em unidades, a maior demanda será por jatos de corredor único com menos de 90 assentos: 19,1 mil aparelhos, ou 65% do total de aeronaves que serão vendidas até 2027. Em valores, porém, o segmento mais importante será o de aviões de fuselagem larga e até 400 assentos. Embora a demanda prevista pela Boeing seja por 6,7 mil aparelhos desse tipo, seu valor total será de US$ 1,47 trilhão, contra US$ 1,36 trilhão que serão movimentados com a aquisição de equipamentos de corredor único. "Nos últimos anos, as companhias aéreas atenderam o crescimento na demanda com mais freqüências e destinos, não com aviões maiores", afirmou o vice-presidente de marketing da Boeing, Randy Tinseth. Segundo ele, a companhia acredi

Acordo para abafar ação na Justiça

Presidente da Anac, Solange Vieira, procura o sindicato das companhias aéreas, promete retomar a divulgação integral de decisões da diretoria do órgão e evita ser processada por falta de transparência Ricardo Brito A presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Solange Vieira, recuou e prometeu restabelecer procedimentos da gestão anterior para escapar de processo por falta de transparência na administração do órgão. O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) decidiu recorrer à Justiça para que ela divulgasse no Diário Oficial da União o teor completo das decisões tomadas pela diretoria colegiada da agência. Diante da iminência de ser citada pelo Judiciário, a presidente procurou o Snea e propôs um acordo amigável: a promessa de disponibilizar publicamente a íntegra dos votos em troca da desistência da ação. Esse é o desfecho de uma briga velada com o sindicato das companhias aéreas, que começou assim que ela assumiu o comando do órgão, após ser nomeada pelo minist

CPIs da Câmara e do Senado resultam em poucos projetos

Thiago Vitale Jayme De Brasília Como resultado dos trabalhos das CPIs do Apagão Aéreo na Câmara e no Senado, foram apresentados seis projetos de lei com sugestões de alteração legislativa para melhorar o sistema aéreo brasileiro. Tanto a CPI da Câmara quanto a do Senado funcionaram em 2007. Os senadores apresentaram quatro projetos de lei, dos quais três foram aprovados na sessão do plenário do dia 8 de maio. Os textos agora dependem da aprovação dos deputados antes de ir à sanção presidencial. Entre os deputados, nada caminhou. O texto do primeiro projeto aprovado no Senado é simples: prevê a obrigatoriedade, por parte das companhias aéreas, de divulgação imediata da lista de passageiros e tripulantes do vôo assim que for confirmado um acidente pela Aeronáutica. Já o projeto de lei nº 703, de 2007, altera o Código Brasileiro de Aeronáutica e trata da distribuição dos horários de pouso e decolagem de vôos - os slots, no linguajar do setor - em casos de congestionamentos nos

Compra da Varig e tráfico?

Por TATIANA DE MELLO A Voloex, companhia criada com a ajuda do advogado Roberto Teixeira para viabilizar a compra da VarigLog, originou-se de uma empresa suspeita de tráfico de drogas. Investigando a rota de tráfico Brasil-Angola, a Polícia de São Paulo chegou à Health Translating por meio de dois africanos que enumeraram transportadoras que seriam usadas para despachar drogas. Um deles teria prestado serviços à Health. Segundo o inquérito, Larissa Teixeira, filha de Roberto, teria procurado o contador João Muniz Leite para constituir uma empresa "com a maior brevidade possível". Leite a teria orientado a adquirir uma empresa já constituída e o escritório de Teixeira apresentou a proposta de compra. A Health foi adquirida a custo zero em 6 de setembro de 2007 - oito dias depois, seu capital era de R$ 500 mil. Seria o embrião da Voloex. Segundo Renato Martins, advogado de Teixeira, o inquérito não mostra nenhum crime: "A empresa foi comprada regularmente e sua compra, reg

Passagens aéreas subiram 61,24% nos últimos 12 meses

Especialistas dizem que as empresas estão aproveitando o forte movimento para recuperar perdas da crise aérea Alessandra Saraiva e Alberto Komatsu RIO – A inflação nos preços das passagens aéreas no varejo alcançou, em junho, 61,24% no índice acumulado em 12 meses. É o maior patamar em 11 anos, apurou a Fundação Getúlio Vargas, em levantamento feito a pedido do Estado. A pesquisa tomou por base dados do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) do mês passado, de 13,44% na mesma base de comparação. TAM, Gol e Varig admitem que os preços podem subir mais se o preço do barril de petróleo não ceder. Para o economista responsável pelo levantamento, André Braz, as companhias aproveitaram o bom momento de demanda interna para reajustar passagens e recuperar a margem de lucro perdida com a da crise no setor. "Na verdade, temos o fator sazonal, já que os aumentos são realizados nessa época do ano, e a demanda interna intensa", afirmou Braz. "A elevação nos preços

Anac poderá acabar com turismo doméstico

Cláudio Magnavita A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) se coloca, mais uma vez, na contramão dos interesses nacionais. O primarismo na gestão da agência é assustador. Coisa de neófitos arrogantes, que acham que entendem e conhecem o setor onde caíram de pára-quedas. A bomba agora é uma medida que pode liquidar com o nosso turismo interno. Trata-se da defesa que a agência vem fazendo da liberação dos preços das passagens internacionais do Brasil para os Estados Unidos e Europa. Querem liberar as tarifas, permitindo que as companhias estrangeiras vendam bilhetes por US$ 300 ou US$ 500, incentivando o turista a deixar o País. Quando o assunto é colocado em discussão, sabem o que a Anac diz? Que a liberação tarifária vai ajudar o turismo do Brasil, trazendo mais turistas do exterior! Eles afirmam isso com todas as letras. Será que dentro da equipe da dra. Solange Vieira, presidente da Anac, não existe uma única pessoa com discernimento capaz de informá-la que lá no exterior os preços