Jonas Santos

PARINTINS (AM) O Ministério da Aeronáutica irá interditar o aeroporto Júlio Belém, de Parintins (a 325 quilômetros de Manaus), durante dois meses, a contar do próximo dia 19 de julho. Essa medida se restringe à pista do aeródromo, que ainda passa por obras de reforma.

Desse modo, as companhias aéreas Trip e Rico Linhas Aéreas deixarão de operar com destino a Parintins até o dia 19 de setembro. Em nota expedida à administração do aeroporto e às empresas aéreas, o Ministério da Aeronáutica informa que a pista do Júlio Belém só poderá receber aviões com peso abaixo de 5,7 mil quilos. As aeronaves da Rico e Trip, as duas companhias que operam na Ilha Tupinambarana, estão com o peso superior ao fixado pelo órgão.

Ontem, o administrador do aeroporto, Jean Jorge Rodrigues, confirmou que recebeu o comunicado da Aeronáutica e revelou que a Prefeitura e o Governo do Estado estão em negociação com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para que as companhias possam continuar operando mesmo com o recapeamento da pista, como aconteceu durante o Festival Folclórico de Parintins, realizado no mês de junho.

“Se o aeroporto for fechado, o prejuízo será incalculável para as companhias e para a população de Parintins. Durante dois meses os moradores ficarão literalmente ilhados”, comentou o diretor comercial da Rico, Marconi Chagas.

Turistas ‘presos’ na Ilha

Quem veio a Parintins para assistir ao 43º Festival Folclórico está tendo dificuldade para voltar para casa. A Rico, que opera no trecho Manaus - Parintins - Belém, está há sete dias sem embarcar passageiros na cidade.

A professora Selma Oliveira, 60, disse que está desde segunda-feira tentando voltar a Manaus e não consegue. “Fomos para o aeroporto, mas não havia ninguém lá. Eram, aproximadamente, 20 pessoas que tentavam embarcar naquela noite para Manaus. Todo dia eles informam que vamos viajar, mas isso não acontece”, disse.

A Trip não teve como atender a demanda em suas aeronaves e muitos passageiros tiveram que se contentar com a lista de espera. O administrador do aeroporto estima que uma média de 120 passageiros esteja com o mesmo problema da professora. “Já marcaram vôos até de madrugada e depois cancelam”, afirmou o técnico em telecomunicações, Jozimar Rodrigues, em relação à Rico Linhas Aéreas.

O diretor comercial da Rico, Marconi Chagas, informou que a suspensão dos vôos ocorreu em virtude de uma vistoria que Agencia Nacional de Aviação Civil (Anac) está fazendo nas aeronaves da companhia. De acordo com o diretor, a partir de hoje as viagens voltam à normalidade.

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