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Comandante da Aeronáutica admite possível falha de controlador

da Folha Online O comandante da Aeronáutica, brigadeiro Luiz Carlos Bueno, admitiu nesta terça-feira a possibilidade de falha por parte de um controlador de tráfego aéreo de Brasília que estava de plantão no dia 29 de setembro último, quando o Legacy da empresa americana de táxi aéreo ExcelAire e o Boeing da Gol colidiram. A queda do avião comercial causou a morte dos 154 ocupantes. Bueno participou de uma audiência pública no Senado para discutir a crise no tráfego aéreo. O comandante frisou que sua declaração não tem como base as investigações, ainda em curso. De acordo com ele, há possibilidade de o radar ter mantido os dados do plano de vôo do Legacy depois que o jato perdeu contato com o Cindacta 1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo) e deixou de transmitir os dados. Com isso, o radar teria indicado que o Legacy estava a 36 mil pés de altitude, quando, na verdade, voava a 37 mil pés (11,2 km), mesma altitude do Boeing. Para Bueno, o fato pode ter levado o

Governo afirma que situação nos aeroportos será resolvida até o Natal

ANDREZA MATAIS da Folha Online , em Brasília O comandante da Aeronáutica, brigadeiro Luiz Carlos Bueno, afirmou nesta terça-feira aos senadores, em audiência conjunta no Senado, que a crise nos aeroportos estará controlada até o final do ano. Segundo ele, os passageiros não terão problemas nos feriados do Natal e de Ano Novo e nas viagens de férias. O ministro da Defesa, Waldir Pires, que também participa da audiência, reiterou que "todo o esforço e empenho do governo" é para que a situação esteja normalizada em dezembro. Na última semana, Pires disse que apenas em 60 dias o problema estaria resolvido. Uma das medidas que pode ser tomada para normalizar o setor, segundo o presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Milton Zuanazzi, também presente na audiência, é a reorganização do mapa de vôos do país para acabar com o horário de pico. A Folha Online apurou que outra possibilidade é a Anac estabelecer horários fixos para os vôos charters, a exemplo do que ocorre

Museu Asas de um Sonho abre portas ao público

O Museu Asas de um Sonho foi inaugurado esta semana em São Carlos, interior de São Paulo. A abertura ao público aconteceu no último domingo (12). O Museu ocupa um prédio no Centro Tecnológico da TAM, que é patrocinadora da iniciativa. A área total do Asas de um Sonho é de 80 mil metros quadrados, sendo 20 mil metros quadrados de área construída. A primeira fase de funcionamento será experimental, ocupando 40% da área total e com a exposição de 32 modelos. A apresentação de todo o acervo depende da conclusão das obras das instalações projetadas para o Museu. O Asas de um Sonho abre as portas uma década após o seu primeiro esboço. O espaço é um antigo sonho dos irmãos Rolim, fundador da TAM, e João Amaro. Os irmãos, em 1996, tiveram a idéia de criar um museu nacional para a preservação da história da aviação. A maioria das aeronaves expostas no Museu tem condições de vôo. Além da área de exposição, a instituição mantém oficinas de restauração e reparo. O acervo total é de 66 aeronav

Laudo põe controle de tráfego sob suspeita

Relatório preliminar sobre o maior acidente aéreo do Brasil, com 154 mortos, não é conclusivo nem aponta culpados O Legacy sumiu da tela de radar às 16h02, mas só começou a ser contatado por rádio às 16h26, quase meia hora antes do choque IGOR GIELOW SECRETÁRIO DE REDAÇÃO DA SUCURSAL DE BRASÍLIA ELIANE CANTANHÊDE COLUNISTA DA FOLHA O relatório preliminar sobre o maior acidente aéreo da história do Brasil, que matou 154 pessoas em 29 de setembro, reafirmou as dúvidas sobre o comportamento do Legacy que derrubou um Boeing da Gol, mas agravou as suspeitas sobre o controle do espaço aéreo. O texto não é conclusivo nem aponta culpados. O Legacy falou uma vez com Brasília às 15h51 e, apesar de sua identificação ter sumido da tela de radar às 16h02, ele só começou a ser contatado por rádio às 16h26, quase meia hora antes do choque. E, das 28 tentativas de contato, 7 delas feitas pelo controle e 21 pelo Legacy, apenas uma foi parcialmente bem-sucedida -mas

Ministro propõe criação de órgão civil para gerenciar tráfego aéreo

PATRÍCIA ZIMMERMANN da Folha Online , em Brasília O ministro da Defesa, Waldir Pires, defendeu nesta sexta-feira a criação de um órgão civil e público para gerenciar o tráfego aéreo comercial no Brasil. Esse será um dos principais temas de análise pelo grupo de trabalho instalado hoje, coordenado pelo próprio ministro, com o objetivo de propor soluções definitivas para os problemas existentes no controle do espaço aéreo brasileiro. Os militares continuariam responsáveis pelas atividades de defesa do espaço aéreo. O grupo, que tem representantes dos ministérios da Fazenda, Planejamento, da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), da Infraero (estatal que administra os aeroportos), da Advocacia Geral da União, Comando da Aeronáutica, dos controladores, das companhias aéreas e dos aeronautas, terá 60 dias para estudar os problemas do setor e apresentar soluções para melhorar o controle do espaço aéreo brasileiro. O controle da aviação civil fora do comando militar é uma realidade nos Est

Torre e pilotos tentaram contato antes de acidente, aponta relatório

BRASÍLIA (Reuters) - Pilotos e controladores de vôo tentaram sem sucesso vários contatos entre si nos minutos anteriores ao acidente com o Boeing da Gol, o pior desastre aéreo da história do Brasil, informou na quinta-feira um relatório preliminar da Aeronáutica que não aponta culpados. O relatório apresenta informações básicas sobre os vôos e as comunicações por rádio, mas não tira conclusões a partir de detalhes das caixas-pretas de voz e dados, que ainda serão analisados durante meses. "Até agora, não tenho uma forma de dizer com exata certeza como os aviões colidiram", disse o coronel Rufino Antônio da Silva Ferreira, presidente da comissão de investigação do acidente com o vôo 1907. "Precisamos ter a mente aberta, não ter noções preconcebidas." No dia 29 de setembro, um Boeing 737-800 da Gol com 154 pessoas a bordo e um jato executivo Legacy, de fabricação da

Brasil tem déficit de 200 controladores de vôo

Agência Estado O Departamento de Controle de Espaço Aéreo (Decea), órgão vinculado à Aeronáutica, tem hoje um déficit de aproximadamente 200 controladores de vôo. É por isso que, mesmo com a autorização do governo federal para a contratação 64 profissionais e chegada de outros 60 controladores aposentados, não será possível resolver, neste ano, a crise do setor aéreo. "Estivemos reunidos com representantes do Decea e foi este o quadro que eles nos passaram", afirma Leur Lomanto, diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Assim como o ministro da Defesa, Waldir Pires, Lomanto prevê que a situação nos aeroportos só deverá estar normalizada no primeiro semestre de 2007. Mas acredita que, até o fim do ano, o número de atrasos já será menor, com a formatura de 65 sargentos controladores vindos da Escola de Especialistas da Aeronáutica. Para o diretor da Anac, o apagão aéreo não foi provocado por erro de planejamento do Decea. "Eles costumavam formar uma média de 20

FAB cria escala de 'guerra' no Cindacta-1

Agência Estado A Aeronáutica criou uma nova escala de trabalho no Cindacta-1 de Brasília e dispensou a maior parte dos 220 controladores de vôo que haviam sido convocados para o trabalho. O novo esquema lembra o tempo de guerra, com a primeira linha de trincheiras, a segunda linha e o pessoal que descansa. Na primeira linha estavam os 30 operadores que já integravam a escala de plantão e ficaram tomando conta do tráfego. Para a segunda, foram chamados 40, que ficaram no quartel formando uma espécie de banco de reserva de controladores disponível 24 horas para evitar falta de pessoal no trabalho. Quando os 30 de plantão deixarem o serviço, os 40 reservas assumirão o lugar e outros 30 ou 40, que estão em casa, serão chamados para compor o banco de reserva criada pela Força Aérea Brasileira (FAB). Na primeira noite da convocação e nova escala, o novo comandante do Cindacta-1, coronel-aviador Carlos Aquino, dormiu no alojamento com os demais militares. A Aeronáutica não quis se manifestar

Caos no espaço aéreo era previsto desde 2003

A baixa liberação de verbas para o sistema aeronáutico brasileiro traz problemas para o país há muitos anos. Em 2003, quando foi estabelecida uma política de aviação civil, o Conselho de Aviação Civil (Conac), afirmou que o contingenciamento de recursos financeiros para o setor poderia refletir na segurança dos vôos e resultar na degradação do sistema. Isso obrigaria o Comando da Aeronáutica a implantar um controle de tráfego aéreo com as características convencionais utilizadas no passado. Ao que parece, a "operação-padrão" já era cogitada. Em outubro de 2003, o Conac estabeleceu uma Política de Aviação Civil, contida no voto Conac nº 002/2003, com reivindicações para o descontingenciamento de verbas e explicações para o prejuízo que isso traz ao sistema e à segurança dos vôos. A Política propõe uma abordagem integrada entre transporte aéreo, indústria aeronáutica, controle do espaço aéreo e infra-estrutura aeroportuária, além de uma nova política tributária para o setor. D

Depoimentos de controladores de vôos e pilotos na Internet mostram precariedade do sistema aéreo brasileiro

A crise no sistema aéreo brasileiro, iniciada com o acidente entre o Boeing 737-800 da Gol e o jato Legacy, tomou conta dos aeroportos na semana passada e aqueceu os debates entre a Defesa e o Comando da Aeronáutica.Os fatos, porém, demonstraram que existem deficiências no sistema aéreo brasileiro. Os profissionais da área, controladores e pilotos, reclamam das condições de trabalho e denunciam a existência de pistas escorregadias, curtas, mal conservadas, com deficiências de iluminação, entre outros riscos. Quem vê os aeroportos modernos, com cinemas, lanchonetes e lojas caras, jamais imaginaria que os bastidores desses mesmos terminais bonitos e sofisticados estivessem em uma situação tão diferente. Levantamento feito pelo Contas Abertas (CA) em comunidades do Orkut, mostra, por meio de depoimentos dos próprios controladores de vôos e pilotos, como o estado do nosso sistema aéreo é grave. E o pior, isso não é um fato recente. O Orkut é um site de relacionamento do Google. Lá é possí

Proteção e Segurança Aérea: poucos gastos e compras curiosas

A desordem no sistema aéreo brasileiro levantou suspeitas de como o dinheiro destinado ao programa “Proteção ao Vôo e Segurança do Tráfego Aéreo” (0623) vem sendo aplicado. Sendo assim, o Contas Abertas investigou os números referentes aos gastos e verificou que a maior parte do orçamento foi destinada às despesas correntes, como material de consumo, vigilância, passagens e diárias e não para investimentos na melhoria da proteção do espaço aéreo. Dentre as curiosidades, gastos com festividades e homenagens e até alimentos para animais. O programa 0623 desembolsou R$ 291,1 milhões até o dia 6 deste mês, correspondente a 54,7% do orçamento previsto. Deste total, R$ 118,7 milhões quitaram dívidas referentes aos “restos a pagar” do ano passado, ou seja, somente R$ 172,4 milhões foram efetivamente aplicados com o orçamento deste exercício. O orçamento autorizado para 2006 foi cotado em R$ 531,7 milhões, um número distante das aplicações até o momento. As autoridades militares afirmam que o

Aeronáutica troca comando do controle de tráfego aéreo em Brasília

RENATO SANTIAGO da Folha Online A Aeronáutica trocou nesta terça-feira o comando do Cindacta 1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo), com sede em Brasília. O centro é considerado responsável pelos atrasos em pousos e decolagens ocorridos nesta semana e no mês passado. A Aeronáutica afirma que a mudança ocorreu porque o antigo comandante, coronel-aviador Lúcio Nei Rivera da Silva, foi convocado para trabalhar como assessor do brigadeiro Luiz Carlos Bueno, comandante da Aeronáutica, como assessor para assuntos ligados ao tráfego aéreo. O novo comandante é o coronel-aviador Carlos Vuyk de Aquino, que já foi comandante do Cindacta 2, com sede em Curitiba. A mudança ocorre em meio à segunda onda de atrasos em pousos e decolagens registrados em aeroportos de todo o país. Segundo o último levantamento da Infraero (estatal que administra os aeroportos do país), divulgado às 19h, 481 dos 1.355 vôos (35,5%) sofreram atrasos nesta terça. Ontem, 42% dos vôos atrasaram. A A

FAB deve confirmar que Legacy não seguiu plano de vôo

da Folha Online O relatório do Cenipa (Centro Nacional de Investigação e Prevenção de Acidentes) vai confirmar nesta quinta-feira (16) que os pilotos do jato Legacy que teria se chocado com o Boeing 737-800 da Gol em 29 de setembro, não seguiram o plano de vôo, segundo reportagem exibida nesta terça pelo "Jornal Nacional", da TV Globo. A reportagem afirma que o relatório preliminar do centro concluiu que os pilotos Jan Palladino e Joseph Lepore se mantiveram durante toda a viagem a 37 mil pés de altitude --mesma do Boeing--, quando deveriam baixar para 36 mil pés e subir para 38 mil em seguida. O relatório, ainda segundo o "Jornal Nacional", afirma que os pilotos não realizaram nenhuma manobra arriscada, e que os controladores tentaram por sete vezes entrar em contato com o jato executivo, mas não tiveram sucesso. A FAB não se manifestou sobre a reportagem e confirmou que o anúncio oficial do relatório deve ser feito apenas na quinta-feira.

FAMÍLIA DE JATOS ERJ 145 ATINGE DEZ MILHÕES DE HORAS DE VÔO

Embraer comemora 10 anos da operação de seu jato regional São José dos Campos, 14 de novembro de 2006 - A Embraer anuncia que a plataforma ERJ 145 alcançou o marco histórico de dez milhões de horas de vôo, após uma década em serviço e um total de cerca de 8,5 milhões de ciclos (operações de pouso e decolagem). As primeiras aeronaves entregues completaram 20 mil ciclos de vôo e continuam operando com sólida integridade estrutural. A família de jatos ERJ 145, em operação desde 1996, caracterizou-se por constituir uma oferta totalmente nova ao mercado, com jatos customizados para as necessidades especí

Juiz exige que PF possa ver dados do caso Gol

JOÃO CARLOS MAGALHÃES da Agência Folha A Justiça Federal em Sinop (MT) deu ontem prazo de 48 horas para que o Cenipa (Centro Nacional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) entregue à Polícia Federal todo o material colhido durante suas investigações sobre o acidente com o Boeing da Gol, que vitimou 154 pessoas. O Cenipa havia negado a apresentação dos dados à PF, sob alegação de que as informações, por força da legislação militar, não poderiam ser usadas em procedimentos criminais. O chefe do Cenipa, brigadeiro Jorge Kersull Filho, deve ser intimado da decisão judicial hoje, quando então passará a correr o prazo para entrega dos dados à PF. Cabe recurso contra a determinação. Passaportes Em outras decisões de ontem, o juiz Charles de Moraes negou o pedido de liberação dos passaportes dos dois pilotos americanos do jato Legacy que colidiu com o Boeing. Também prorrogou as investigações por mais 30 dias. Com isso, os pilotos Joseph Lepore e Jan Paladino continuam impedid