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Brasil tem déficit de 200 controladores de vôo

Agência Estado

O Departamento de Controle de Espaço Aéreo (Decea), órgão vinculado à Aeronáutica, tem hoje um déficit de aproximadamente 200 controladores de vôo. É por isso que, mesmo com a autorização do governo federal para a contratação 64 profissionais e chegada de outros 60 controladores aposentados, não será possível resolver, neste ano, a crise do setor aéreo. "Estivemos reunidos com representantes do Decea e foi este o quadro que eles nos passaram", afirma Leur Lomanto, diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Assim como o ministro da Defesa, Waldir Pires, Lomanto prevê que a situação nos aeroportos só deverá estar normalizada no primeiro semestre de 2007. Mas acredita que, até o fim do ano, o número de atrasos já será menor, com a formatura de 65 sargentos controladores vindos da Escola de Especialistas da Aeronáutica. Para o diretor da Anac, o apagão aéreo não foi provocado por erro de planejamento do Decea.

"Eles costumavam formar uma média de 200 profissionais por ano e esse número caiu para 140, 120. Mas posso assegurar que não houve falta planejamento", afirma Lomanto. Hoje, 17 controladores de vôo que estavam aposentados começam a participar do treinamento em Brasília. A carga horária do curso varia de 30 a 90 horas, dependendo do período inativo e da experiência anterior do controlador. A expectativa do Comando da Aeronáutica é de que, em 20 dias, parte desse grupo já seja absorvido pelo sistema.

Eles irão reforçar as escalas no centro de controle do tráfego aéreo de Brasília (Cindacta-1) durante as festas de fim de ano e nas férias. O contrato de trabalho dos profissionais que estavam aposentados terá vigência de um ano, prorrogável por mais um. O Tribunal de Contas da União (TCU) também autorizou um acréscimo da gratificação, que inicialmente era de R$ 700. Quem for aprovado para retornar ao trabalho receberá R$ 2.500, além do valor integral de sua aposentadoria. Na primeira convocação feita pela Aeronáutica, se antecipando às questões burocráticas para apressar a seleção do pessoal, poucos controladores aposentados apareceram. "A gratificação era muito baixa e poucos se dispuseram a largar suas ocupações", diz o procurador Giovanni Rattacaso, que acompanha o desenrolar da crise.

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