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Procon abre processo para investigar Gol e TAM por falta de plano de contingência

DA REPORTAGEM LOCAL - FOLHA DE SÃO PAULO O Procon (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor) de São Paulo abriu ontem um processo administrativo para investigar se a Gol e a TAM desrespeitaram o Código de Defesa do Consumidor ao deixarem de apresentar um plano de contingência para evitar transtornos aos passageiros nos feriados de 15 e 20 de novembro. O plano havia sido acordado em reunião entre representantes da fundação e das empresas no último dia 7. De acordo com o Procon, a falta do plano provocou novos problemas para consumidores. "O resultado é que ocorreu novamente o descaso com o cidadão que, além de perder horas nas filas, ficou totalmente negligenciado por essas companhias aéreas", afirma a fundação, em nota. A Gol, entretanto, diz ter entregue o plano de contingência no último dia 17. Já a TAM afirma que tomará providências após analisar o processo. Depois de serem citadas, as empresas aéreas terão um prazo para apresentar sua defesa. Se

Controlador do jato atuava sem supervisão

Supervisor teve que cobrir posto da chefia geral da sala de controle, no lugar de oficial da Aeronáutica que se ausentou Ausência pode ter contribuído para que o controle aéreo em Brasília não percebesse que Legacy estava na altitude incorreta LEILA SUWWAN DA SUCURSAL DE BRASÍLIA - FOLHA DE SÃO PAULO A equipe de controladores de tráfego responsável por monitorar o jato Legacy estava atuando sem supervisão na parte da tarde em que ocorreu a colisão com o vôo 1907 da Gol, no dia 29 de setembro. Isso aconteceu porque o supervisor teve que cobrir o posto de chefia geral da sala de controle, no lugar de um oficial da Aeronáutica que se ausentou. É o que dirá o próprio supervisor hoje, segundo a Folha apurou, em depoimento à Polícia Federal, que investiga as falhas que levaram à colisão, que deixou 154 pessoas mortas. O papel do supervisor, um controlador de tráfego mais experiente, é acompanhar o trabalho dos operadores que monitoram o console. Seu papel é assegurar q

Advogados de controladores sugerem erro em radares

Agência Estado Os advogados dos controladores de vôo que estavam trabalhando no dia 29 de setembro, data da colisão entre o jato Legacy e o Boeing da Gol, afirmaram ontem que seus clientes devem ter sido induzidos a erros por causa de problemas que ocorrem, com freqüência, nos radares do centro de controle aéreo de Brasília (Cindacta-1). Os profissionais disseram que, naquele dia, não só a indicação da altitude do Legacy - referente ao plano de vôo - modificou-se automaticamente como a indicação da esquerda - referente à real atitude da aeronave - foi alterada sem a interferência manual do operador. Segundo os controladores, panes desse tipo são freqüentes. Eles afirmam que todos os problemas ocorridos no dia-a-dia do centro de controle ficam registrados em livros e computadores. Hoje, a Polícia Federal colhe os depoimentos dos três últimos controladores, de um grupo de 13 que estavam de plantão no dia do acidente. Ontem, foi ouvido o controlador que monitorava o Legacy ao passar por B

Cindacta-1 ficou sem contato com outros dois aviões

Agência Estado Os advogados dos controladores de vôo afastados após o acidente entre o Boeing da Gol e o jato Legacy alegaram ontem que seus clientes não procuraram outros aviões para fazer uma triangulação na comunicação via rádio e falar com os pilotos americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino porque não havia outras aeronaves na região no período que antecedeu o acidente. Disseram ainda que, antes do choque, não se preocuparam em chamar o jato na freqüência de emergência pois achavam que ele estava na altitude estipulada no plano de vôo - 36 mil pés, a partir de Brasília. Os advogados informaram ainda que, naquele dia, 29 de setembro, o centro de Brasília (Cindacta-1) ficou sem contato com duas aeronaves - uma da espanhola Iberia e outra da TAM - que faziam trajetos próximos do percorrido pelo Legacy. Na época da tragédia, o governo garantiu que a comunicação do Cindacta-1 com outros aviões no dia do acidente tinha sido normal, com exceção do jato pilotado pelos americanos. Mesmo

Infraero: 40,2% dos vôos têm atrasos além de 30 minutos

Agência Estado O último balanço divulgado pela Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) aponta que até o início da tarde de hoje, dos 936 vôos programados, 377 tiveram atrasos superiores a 30 minutos, que corresponde a 40,2% do total. Se contabilizados também os atrasos acima de 15 minutos, o número de vôos atrasados sobe para 662 (70,7% do total). Entre vôos com 15 a 30 minutos de atraso, foram verificados 285 (30,4%). Já entre 30 a 45 minutos, são registrados 203 vôos com atraso (21,7%). Outros 174 apresentam mais de 45 minutos de atraso - 18,6%, do total. A Infraero, estatal que administra os aeroportos do país, tem adotado a divisão de vôos atrasados em blocos de 15 a 30 minutos, 30 a 45 minutos e superiores a 45 minutos. Anteriormente, considerava-se atraso fora do normal pousos e decolagens com demora de mais de 20 minutos.

Procon-SP autua TAM e Gol por atrasos em vôos

Agência Estado As companhias aéreas TAM e Gol foram autuadas hoje pelo Procon-SP em razão do grande número de reclamações decorrentes da crise dos controladores que levou a diversos atrasos e cancelamentos de vôos nos aeroportos do Brasil. A multa pode variar de R$ 212 a R$ 3,192 milhões, para cada aérea. A Fundação Procon-SP informou que já enviou equipes de fiscalização para autuar TAM e Gol e a efetivação do valor da multa dependerá do porte econômico da empresa, a gravidade da infração e a vantagem que a empresa possa ter tido com a prática. Segundo a diretora-executiva do Procon-SP, Marli Aparecida Sampaio, a iniciativa é o começo do processo. "Representa o primeiro ato do processo para aplicação de multa", disse. No total, o Procon-SP recebeu 77 reclamações contra a Gol e outras 66 contra a TAM no período de 3 a 22 de novembro. Por esse motivo, foram as únicas companhias autuadas, visto que outras aéreas, como BRA e Varig, não tiveram mais de cinco reclamações. O númer

Falha mecânica causou problema no Fokker da TAM

Agência Estado O pouso de emergência que o Fokker 100 da TAM teve de fazer ontem no aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, foi provocado por uma falha mecânica. Segundo a Infraero, uma mangueira do sistema de freios hidráulicos da aeronave se rompeu, provocando a volta do avião para a pista logo após a decolagem, por volta de 17h30. O avião seguia para São Paulo e levava 103 passageiros. O pouso do vôo 3805 foi feito com o auxílio dos freios de apenas uma das rodas com os freios aerodinâmicos - os chamados reversos, segundo a Infraero. Testemunhas que estavam no aeroporto disseram ter visto fumaça na turbina esquerda do avião após a decolagem. "Dava para perceber nitidamente que havia fumaça quando o avião partia para a decolagem", disse o advogado Manoel Teixeira, que havia embarcado uma amiga em outro vôo da Gol. Com o susto, alguns passageiros acabaram desistindo de embarcar, segundo informações de funcionários da empresa TAM, enquant

Aeronáutica admite erro de controlador no caso Boeing

Comandante da FAB, brigadeiro Luiz Carlos Bueno, reconheceu falha no Senado Ele disse que o operador presumiu incorretamente que o jato Legacy estava a 36 mil pés, e não em rota de colisão com o Boeing da Gol LEILA SUWWAN DA SUCURSAL DE BRASÍLIA - FOLHA DE SÃO PAULO Pressionado por senadores, o comandante da Aeronáutica reconheceu ontem pela primeira vez que houve erro do controle do tráfego aéreo de Brasília no dia do acidente do vôo 1907 da Gol. Segundo o brigadeiro Luiz Carlos Bueno, dois controladores responsáveis pelo Legacy na hora anterior ao choque, às 16h56 do dia 29 de setembro, presumiram incorretamente que o jato estava a 36 mil pés depois de passar pela capital -conforme o plano de vôo no computador previa. Na realidade, o jato permaneceu erroneamente em 37 mil pés, altitude que mantinha desde São José dos Campos, em rota de colisão com o Boeing da Gol que vinha de Manaus. Isso explicaria o fato de os controladores não terem se preocupad

O DC-9 brasileiro

Em fins de 1982, com o intuito de oferecer ao mercado aéreo brasileiro uma opção de jato para rotas de curtas e médias distancias, para concorrer diretamente com os Boeing 727 e 737 em operação, a Mcdonnel Douglas, um dos grandes fabricantes de aviões comerciais daquela época, ofereceu para a companhia aérea Cruzeiro do Sul, já então uma subsidiaria do Grupo Varig, um jato DC-9-82 (mais tarde designado pelo fabricante como MD-82) para ser utilizado em um período experimental de três meses nas rotas da empresa. Efetivamente, este jato matriculado PP-CJM operou de dezembro de 1982 até o começo de março de 1983, com uma configuração para 155 assentos e provou ser um excelente projeto, com requintes de conforto superior em alguns aspectos aos jatos da mesma classe da Boeing, além de ter um alcance ligeiramente maior. Seu único defeito era a pequena capacidade de seus porões, o que impedia o transporte de grandes volumes de carga e bagagem, em razão da quantidade de passageiros. Durante o p

"Cabine de Boeing brasileira"

Na cidade paulista de Itatiba, um grupo de entusiastas da aviação se uniram para desenvolver um projeto de construção de simuladores baseados em PCs . Com profissões e carreiras diferentes, eles compartilham uma paixão em comum, a aviação virtual. Todos pilotos virtuais há vários anos e alguns até com brevê, o grupo resolveu projetar e desenvolver uma cabine de comando igual à de um Boeing 737 NG, os mesmos usados no Brasil pela Gol Linhas Aéreas. Denominado Programa PCATD NG1 - Personal Computer Based Aviation Training Device, a plataforma roda em 3 computadores Pentium 4 2.2 com 512 RAM, vídeo MX 440 de 128 MB, com HD de 40 G e Windows XP-Pro. A base da interface usada para o desenvolvimento foi o FSBus (alemão) e Projeto Magenta (italiano), com visual do Flight Simulator 2004 da Microsoft com tela data show com projeção de aproximadamente 1,10 por 1,90 metro. A equipe é formada por sete pessoas que trabalharam durante quatro anos no desenvolvimento do projeto. Como os próprios proje

Embraer anuncia perspectivas de mercado para 20 anos

A Embraer estima uma demanda global de 7.500 jatos comerciais com capacidade de 30 a 120 assentos nos próximos 20 anos. De 2007 a 2016, a empresa prevê que a indústria mundial entregará 3.050 jatos, sendo os 4.450 restantes entregues no período de 2017 a 2026. O valor total desse mercado é estimado em US$ 220 bilhões. Já para o mercado de aviação executiva, a empresa estima uma demanda mundial de 11.115 jatos nos próximos dez anos, totalizando US$ 169 bilhões. Se considerada a demanda do novo mercado de táxi aéreo, outras 2.500 a 3.000 aeronaves poderão ser adicionadas ao segmento Very Light Jet (VLJ). A Embraer também anunciou que pretende entregar em 2007, entre 160 e 165 aeronaves para os mercados de aviação comercial, executiva e de defesa e governo (companhias aéreas estatais e transporte de autoridades). Já para o ano de 2008, a empresa prevê entregas entre 195 e 205 aeronaves, incluindo-se entre 15 e 20 jatos Phenom 100, cujas primeiras entregas ocorrerão no segundo semestre de

Caos nos aeroportos acelera a queda dos comandantes

Por Hugo Studart - Isto É A crise nos aeroportos desencadeada dias atrás pela operação padrão dos controladores de vôo e que deixou milhares de passageiros em desespero é o pano de fundo de uma batalha entre militares e civis em torno do espaço aéreo brasileiro. Está em jogo muito mais do que aumentos salariais e folgas para 2,8 mil trabalhadores. Disputam-se poder, empregos e dinheiro – cerca de R$ 550 milhões por ano. Ainda é impossível saber quem vai vencer, mas já se pode prever que o presidente Lula iniciará o segundo mandato com um novo ministro da Defesa e provavelmente com novos comandantes na Aeronáutica, Marinha e Exército. O deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) e o ex-ministro Nelson Jobim são nomes cotados para assumir o posto de Waldyr Pires no Ministério da Defesa. Nos comandos militares, a polêmica maior se dá em torno da Aeronáutica. Nos últimos três anos, o brigadeiro Luiz Carlos Bueno conduziu a Força afinadíssimo com os planos de Lula. O presidente reconhece que ele foi h

Airbus acelera produção para elevar caixa

DO VALOR ONLINE A Airbus decidiu acelerar sua produção dos modelos da família A320, sucesso de vendas com mais de 4.700 jatos vendidos, das atuais 30 unidades mensais para 36 até o fim de 2008. Com isso, a Airbus espera antecipar as entregas de aviões já adquiridos por seus clientes. O ritmo de produção de 30 unidades por mês é, atualmente, o mais intenso de toda a indústria aeronáutica mundial. O real objetivo da Airbus com o aumento no ritmo de produção não é apenas a melhor satisfação de seus clientes. A européia quer elevar sua geração de caixa para poder cobrir gastos de cerca de US$ 15 bilhões.

Pane e mau tempo atrasam 43% dos vôos

Um cabo do Cindacta-2, em Curitiba, se rompeu; em Congonhas, um jato derrapou e interditou pista, gerando efeito cascata Falha na comunicação com as aeronaves fechou por duas horas o aeroporto Afonso Pena; houve atrasos de até 15 horas no Rio LEILA SUWWAN DA SUCURSAL DE BRASÍLIA - FOLHA DE SÃO PAULO O país enfrentou ontem mais um dia de caos nos aeroportos, com atrasos de pelo menos 45 minutos em 43,2% dos vôos. Mas, desta vez, as dificuldades foram atribuídas ao mau tempo no Sul e no Sudeste durante o final de semana, e não à operação-padrão dos controladores de tráfego aéreo. Segundo a Aeronáutica, as chuvas causaram o rompimento de um cabo de fibra ótica do Cindacta-2, em Curitiba, que foi consertado ainda na madrugada de ontem. Esse centro controla o tráfego da região Sul. Das 16h30 às 18h30, a torre do aeroporto Afonso Pena, em Curitiba, reteve os aviões em terra e impediu aterrissagens devido à pane no sistema de comunicação com as aeronaves. Além disso,

Ministro e comandante da Aeronáutica participam de audiência sobre crise aérea

da Folha Online Os constantes atrasos em vôos e a crise que atinge o tráfego aéreo brasileiro serão discutidos nesta terça-feira em uma audiência pública no Senado. Os parlamentares mostram preocupação com a proximidade do fim de ano, quando o fluxo aéreo aumenta e os passageiros podem enfrentar novos problemas. Com o debate, esperam buscar soluções para minimizar os transtornos. Os trabalhos começaram por volta das 10h30, com as explicações do ministro da Defesa, Waldir Pires. Também participam o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Luiz Carlos Bueno; do presidente da Infraero (estatal que administra os aeroportos), brigadeiro José Carlos Pereira; do presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Milton Zuanazzi. Os presidentes do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Proteção ao Vôo, Jorge Botelho, e do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias, Marco Antonio Bologna, também foram convidados para o evento. A audiência pública é promovida pelas Comissões de Serviços de I