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O DC-9 brasileiro


Em fins de 1982, com o intuito de oferecer ao mercado aéreo brasileiro uma opção de jato para rotas de curtas e médias distancias, para concorrer diretamente com os Boeing 727 e 737 em operação, a Mcdonnel Douglas, um dos grandes fabricantes de aviões comerciais daquela época, ofereceu para a companhia aérea Cruzeiro do Sul, já então uma subsidiaria do Grupo Varig, um jato DC-9-82 (mais tarde designado pelo fabricante como MD-82) para ser utilizado em um período experimental de três meses nas rotas da empresa.

Efetivamente, este jato matriculado PP-CJM operou de dezembro de 1982 até o começo de março de 1983, com uma configuração para 155 assentos e provou ser um excelente projeto, com requintes de conforto superior em alguns aspectos aos jatos da mesma classe da Boeing, além de ter um alcance ligeiramente maior. Seu único defeito era a pequena capacidade de seus porões, o que impedia o transporte de grandes volumes de carga e bagagem, em razão da quantidade de passageiros.

Durante o período de operação, o DC-9 foi muito elogiado pelos pilotos e
raramente provocou atrasos por problemas técnicos, tendo voado principalmente nas rotas entre as cidades de Curitiba, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, Fortaleza, Belém e Manaus e ainda na linha internacional que deixava São Paulo com destino a Buenos Aires, com escala em Porto Alegre.

Entretanto, apesar de considerado muito bom no aspecto operacional, o jato acabou não sendo adquirido pelo Grupo Varig devido ao alto custo em dólar necessário para sua aquisição, que envolvia também treinamento de tripulação, ferramental e peças de reposição necessários a introdução de um modelo de avião diferente dos já operados pela Cruzeiro e Varig. Dessa forma, o DC-9 acabou sendo devolvido e opera até hoje nas cores da empresa Aeromexico.

As pretensões da Douglas também foram frustradas, já que o fabricante nunca mais conseguiu colocar o seu jato em operação regular nas cores de um operador brasileiro.

Flap Internacional

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