Papel foi achado por funcionário de empresa no aeroporto Bauru-Arealva.
Nada foi encontrado na vistoria no interior da aeronave nesta terça-feira.


Do G1 Bauru e Marília

A Polícia Federal confirmou que um bilhete encontrado no banheiro do Aeroporto Moussa Tobias, entre Bauru e Arealva (SP), foi o que motivou a retirada de 62 passageiros de uma aeronave na manhã desta terça-feira (27) após suspeita de que haveria um artefato explosivo a bordo. O papel foi encontrado por um funcionário de uma companhia aérea. De acordo com o delegado da Polícia Federal de Bauru, Ênio Bianospino, o bilhete trazia a seguinte frase: “Um artefato explosivo está em uma aeronave da Companhia Azul”. O avião do voo AD-4417, com destino a Campinas, já estava no ar e próximo ao aeroporto de Marília quando houve a comunicação com o piloto solicitando o retorno a Bauru.

De acordo com o delegado, um inquérito foi aberto para apurar a procedência do bilhete. “O que aconteceu foi uma ameaça de bomba. Um bilhete foi deixado no banheiro do aeroporto dizendo que haveria um artefato explosivo em uma aeronave da companhia Azul. Foram tomados os procedimentos para averiguar a veracidade dessa denúncia e a constatação foi negativa. Nenhum artefato foi encontrado. Um funcionário de uma empresa encontrou um bilhete no banheiro do aeroporto. Ele foi intimado para prestar depoimento”, informou.

Ainda segundo o delegado, o caso não pode ser considerado uma brincadeira. “Será instaurado um inquérito para fins de investigação da autoria do bilhete que deu causa a todo esse transtorno. Não se trata de uma simples brincadeira e de um simples trote. Nesse tipo de caso tratamos como um tipo de crime grave por causar problemas na aviação civil”.

Já o coronel da Polícia Militar Walter de Oliveira contou como foi o procedimento tomado assim que o avião pousou. “Fizemos o isolamento da aeronave e física. Posteriormente fizemos uma vistoria com um cão farejador. Nada foi encontrado. Não havia nada para desconfiarmos, nenhum compartimento violado ou em desacordo com as normas técnicas da empresa. O procedimento durou cerca de uma hora e meia”.

Passageiro diz que não houve pânico

O advogado José de Souza Júnior estava no voo. Ele disse que não houve pânico entre os passageiros. “Dez minutos após a decolagem, o comandante avisou que estávamos voltando para Bauru. Quando voltávamos para Bauru observei dois caminhões da Brigada de Incêndio na pista. Pensamos que fosse algum problema na aeronave, mas aterrissou normalmente. Os comissários pediram para descermos da aeronave rapidamente e fomos até a sala de desembarque. Logo após chegou a Polícia Militar, a Polícia Federal e nos comunicaram que tinha uma denúncia que teria um artefato, uma bomba dentro do avião. Eles disseram que, se caso tivesse alguma informação positiva, todos seriam entrevistados para tentar localizar e descobrir quem seria o autor.”

Mesmo sem confirmar a presença do artefato no avião, o advogado avisou que é uma situação de apreensão. “É uma situação terrível, atípica para nós. Ainda mais pela chegada da Copa do Mundo, mas ainda bem que não aconteceu nada. Apenas foi uma brincadeira de mau gosto. Algumas pessoas perderam compromissos, mas, enfim, o importante que foi um susto”.

A Azul Linha Aéreas informou que 32 dos 60 passageiros que tinham como destino final Marília seguiram viagem em um ônibus, oferecido pela empresa. Já os outros 29 que iriam até Campinas seguiram em outra aeronave até o aeroporto de Viracopos.

Aeronave faria escala em Marília e tinha Campinas como destino final (Foto: Reprodução/TV TEM)Aeronave faria escala em Marília e tinha Campinas como destino final (Foto: Reprodução/TV TEM)


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