Flávio Ilha - Zero Hora
Na tentativa de superar mais uma crise provocada por atrasos e cancelamentos de voos, a companhia aérea Webjet está reformulando a sua malha de rotas em todo o país. A partir do próximo ano, a empresa vai abandonar a estratégia de trechos longos para investir em trajetos pontuais.
O objetivo é fugir do efeito cascata que afeta a empresa quando um aeroporto é obrigado a fechar as operações. O dono da empresa, Guilherme Paulus, informou ontem que a solução vai reduzir "sensivelmente" o problema de atrasos e cancelamentos enfrentados pela companhia.
No domingo, o fechamento do aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, levou a Webjet a registrar atraso em 63% em seus voos. Em nota, a companhia aérea justificou que um somatório de problemas causou as dificuldades operacionais.
– Além da reformulação, vamos colocar mais três aviões em operação de backup (aeronave de reserva) para enfrentar esse tipo de dificuldade – explicou Paulus, que esteve em Porto Alegre para receber homenagem da Assembleia Legislativa.
Em setembro, a companhia já havia enfrentado problemas com o cancelamento de voos devido à sobrecarga de trabalho da tripulação.
O empresário disse também que a companhia estuda a possibilidade de cobrar pela bagagem, a exemplo do que começou a fazer na semana passada com as refeições a bordo. A empresa começou a cobrar entre R$ 3 e R$ 12 pelos lanches.
Na rápida passagem pela Capital, Paulus chegou em um jato particular. Logo depois da homenagem, embarcou para Rosário, na Argentina, onde participará de reuniões de negócios.
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