Quase um ano após o avião que fazia o voo 447 da Air France cair no Oceano Atlântico entre o Rio e Paris, o Ministério da Defesa da França informou que já sabe a área em que se encontram as caixas-pretas. Não há, contudo, garantias de que os equipamentos que registram as informações de voo e podem ajudar os especialistas a esclarecer as causas do acidente serão resgatados.
"Estamos longe de ter a certeza de que podemos trazer para a superfície as caixas-pretas", advertiu o general francês Christian Baptiste, porta-voz adjunto do Ministério. O Exército francês não tem intenção de enviar meios próprios para tentar localizar o lugar exato no qual estão as caixas-pretas e extraí-las.
O que resta do Airbus A330 da Air France está numa área de três quilômetros quadrados, duas horas ao sul do local onde um navio norueguês vasculha o fundo do mar atualmente. A área foi delimitada com base em gravações submarinas da primeira fase de buscas aos restos do avião, realizada em junho do ano passado. A análise dos sinais só foi concluída anteontem, com auxílio de algoritmos.
O Escritório de Pesquisas e Análises da França (BEA) anunciou que as operações de buscas nessa área limitada serão reiniciadas hoje. Um robô equipado com câmeras de vídeo vai vasculhar as profundezas.
Custos
€ 13 milhões
é o que já foi gasto nas buscas pelas caixas-pretas do Airbus da Air France. Nesta semana, as duas empresas anunciaram € 1,5 milhão cada.Famílias.
A expectativa é de que a descoberta permita estabelecer responsabilidades pelo acidentes. No mês passado, a imprensa francesa divulgou que peritos judiciais apuram se a falta de manutenção das sondas de velocidade (pitots) causou o acidente.
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