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Aviões velhos apodrecem em aeroportos da região

Há 5 aeronaves "esquecidas", uma delas encostada há 20 anos em Barretos

As peças estão com processos em análise na Justiça Federal, que é o órgão responsável por dar um destino a elas

ARARIPE CASTILHO
DE RIBEIRÃO PRETO - Folha de SP

Há 20 anos encostado, um avião bimotor Asteca de matrícula PT-SIU apodrece no aeroporto Chafei Amsei, em Barretos. "Esse não presta mais para voar", disse o administrador do terminal, Antonio Carlos Freitas.

A aeronave foi apreendida em uma operação policial no início dos anos 90 e nunca mais levantou voo. Esse não é um caso isolado: há mais quatro aviões em situação parecida com a do bimotor Asteca na região.

O aeroporto de Barretos tem ainda um monomotor parado há cerca de dois anos. Já em Ribeirão, três aeronaves estão encostadas no aeroporto Leite Lopes.

Segundo o diretor regional do Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo), Álvaro Cardoso Júnior, um dos aviões está no local há pelo menos 18 anos e os outros chegaram ao Leite Lopes em 2004 e em 2009.

Em boas condições, as aeronaves podem valer R$ 300 mil, de acordo com o administrador do aeroporto de Barretos. No entanto, o destino das aeronaves depende de investigações da Polícia Federal, afirmou Freitas.

O diretor regional do Daesp disse que, além disso, os cinco aviões estão "sub judice", ou seja, com processos que estão em análise na Justiça Federal.

A assessoria de imprensa do Daesp, em SP, confirmou a informação e acrescentou que o Estado não tem o que fazer com as aeronaves a não ser esperar por uma decisão.

Conforme o delegado da Polícia Federal Edson Geraldo de Souza, bens que são fruto ou instrumento de crimes ficam apreendidos durante os inquéritos. Ao final das investigações, o caso é encaminhado ao Judiciário, que tem o poder de definir qual deve ser a destinação para cada bem.

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