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Nas asas da aviação

Criação do Polo de Aviação Civil em Minas abre chances de contratação em todos os níveis. Só a Gol deve saltar de 500 para 1,2 mil empregos

Vanessa Jacinto - Estado de Minas

Adriana Pereira Bento, de 26 anos, não vê a hora de embarcar num voo comercial como integrante da tripulação. Recém-formada como comissária de bordo, ela está aguardando apenas a prova da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para começar a bater na porta das companhias aéreas em busca de uma colocação. "A prova está marcada para o mês que vem e, até o início do ano, espero fazer parte de alguma equipe", diz.

Ela não é a única com boas expectativas. Com a criação, em Minas, do Polo de Aviação Civil, considerado o segundo do país, diversas empresas do setor aéreo estão expandindo os negócios e oferecendo oportunidades de contratação.

Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, os investimentos são significativos. A Gol Linhas Aéreas, por exemplo, deverá abrir, até março de 2010, novos postos de trabalho no centro de manutenção de aeronaves instalado no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, saltando dos atuais 500 empregos diretos para cerca de 1,2 mil. Para ampliar a área de operação e as oportunidades de trabalho, a companhia investiu cerca de R$ 78 milhões.

A Trip Linhas Aéreas, que instalou centro de manutenção no aeroporto da Pampulha, também vai incrementar o número de vagas com a implantação do centro de treinamento de aeronaves ATR. No local, estão previstos 150 postos de trabalho.

Outra empresa que vai de vento em popa é a Líder Aviação que espera, até o início do ano que vem, ampliar em 25% a oferta de vagas para profissionais de tripulação (pilotos, copilotos e comissários de bordo). No momento, a empresa tem cerca de 100 vagas abertas já que acabou de inaugurar hangares novos. Segundo Evelyn Cris, gerente de recursos humanos da empresa, o reaquecimento da economia e as oportunidades geradas pelo pré-sal foram decisivos para a expansão dos negócios e para a incrementação da oferta de postos de trabalho. "Estamos investindo muito em infraestrutura e na captação de clientes novos. As perspectivas, sem dúvida, são ótimas para os profissionais do setor. Quem tem formação na área não fica desempregado", afirma.

A expectativa agora fica por conta da TAM Executiva, empresa de táxi aéreo do grupo, que divulgou planos para instalar junto ao aeroporto da Pampulha um centro de manutenção de aviões e helicópteros. O investimento será de R$ 20 milhões, com geração de 150 empregos diretos.
 
Para atrelar o desenvolvimento do setor à geração de vagas, o investimento em capacitação é uma das metas estratégicas para a consolidação do polo de aviação. Segundo Luiz Antônio Athayde, subsecretário de Assuntos Internacionais, da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, foram elaborados diversos programas em parceria com a Anac, focados na formação e qualificação de mão de obra especializada para o setor aéreo.

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