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Falta de verba paralisa 17 terminais na BA

O de Feira de Santana, 2.ª maior cidade do Estado, é um dos interditados

Tiago Décimo - O Estado de S.Paulo

Dos 81 aeroportos pequenos e médios e aeródromos controlados pelo Estado da Bahia, 17 estão interditados pela Anac. De acordo com a Gerência de Terminais Aeroportuários, do Departamento de Infraestrutura e Transporte da Bahia (Derba), o motivo para a proibição de uso das pistas é a falta de verba para manutenção dos locais.

"Em todos eles há problemas de isolamento da área de terminais", diz um dos responsáveis técnicos da gerência, que prefere não se identificar. "As obras de reparos já estão todas licitadas, mas não temos a verba para contratar os serviços, orçados em R$ 30 milhões. O montante previsto para este ano é de R$ 8 milhões", afirma o funcionário.

De acordo com fontes do Derba, os problemas de orçamento têm sido frequentes, o que leva o governo a tentar municipalizar a administração dos aeródromos da Bahia. "Quando a administração dos terminais foi transferida do governo federal para os Estados, não foram passados os recursos relativos às operações. A situação desses aeródromos não chama muito a atenção porque a maioria passa um, dois meses sem voos."

Há casos diferentes, porém. O Aeroporto Governador João Durval Carneiro, de Feira de Santana, segundo maior município da Bahia, está fechado pela Anac desde maio. A agência encontrou problemas no asfalto da pista, crescimento desordenado do matagal em volta do terminal e problemas no controle de animais em torno da pista, além de falhas na sinalização e no sistema de rádio.

A previsão é de que o aeroporto - que recebia, em média, dois voos por dia - só volte a funcionar no próximo mês.

MARANHÃO

Em Alto Alegre do Maranhão, a 350 quilômetros de São Luís, um trecho de asfalto de 700 metros às margens da BR-135 é chamado de "aeroporto" por moradores da região. Não há proteção entre a pista, a estrada e casas ao lado. Até o aeroporto de São Luís tem problemas. Localizado a sete quilômetros do aterro sanitário, sofre com a invasão de urubus na pista. Há dois anos, um Boeing da TAM foi danificado após colidir com uma ave.

Conforme a Anac, existem cadastrados 25 aeroportos ou campos de pousos regulares no Maranhão, mas em apenas cinco há voos regulares.

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