Mirella D'Elia, do G1, em Brasília
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) pretende baixar ainda este mês uma portaria exigindo das empresas aéreas um plano de contingência para evitar que transtornos nos aeroportos, como o que ocorreu no Natal, se repitam. Segundo o presidente da Anac, Milton Zuanazzi, uma das principais exigências é que as empresas elaborem um plano de reserva de aeronaves. “O sistema foi muito perto do limite. A equação tem que fechar”, disse Zuanazzi.
A Anac deve repetir no carnaval o plano emergencial que foi posto em prática no ano novo, com o monitoramento online de reservas de passagens. O esquema tem como objetivo evitar o overbooking (venda de passagens acima da capacidade das aeronaves), o cancelamento de vôos e mudanças de rotas programadas. Zuanazzi negou que a medida seja uma intervenção da agência reguladora. “Preocupação é uma coisa, intervenção é outra”, afirmou. “Não é intervenção, faremos um monitoramento nos momentos de pico”, complementou a diretora da agência, Denise Abreu.
Milton Zuanazzi confirmou que a Anac vai fazer uma auditoria na TAM. O presidente da agência informou que na semana passada a Anac realizou uma força-tarefa com o objetivo de fazer uma avaliação preliminar da situação do setor aéreo, englobando tanto a TAM quanto as demais empresas aéreas. A partir desta força-tarefa, também de acordo com Zuanazzi, a agência chegou à conclusão que a TAM deve ser alvo de uma auditoria formal para detalhar problemas ocorridos durante o Natal e apurar as responsabilidades da empresa no caso.
Na próxima quarta-feira (10), a Anac vai realizar uma audiência pública em São Paulo para debater a reforma da pista auxiliar do Aeroporto de Congonhas. Representantes da agência vão se reunir nesta sexta-feira (5) com integrantes do Departamento de Controle de Espaço Aéreo (Decea) para discutir diretrizes para a audiência.
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