O Globo
SÃO PAULO - Na esteira das concessões dos aeroportos brasileiros, grandes grupos internacionais buscam explorar o rentável negócio de varejo de viagem, os chamados free shops. Depois de Viracopos, em Campinas, Hercílio Luz, em Florianópolis, e do Val de Cans, em Belém, chegou a vez de Cumbica, como é conhecido o Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, o maior do país.
Para se ter uma ideia do tamanho da disputa, só a briga pela área de 300 metros quadrados leiloada pela Aeroportos Brasil, que administra Viracopos, em Campinas, fez o valor da concessão aumentar em dez vezes, de US$ 237 mil para US$ 2,432 milhões.
Cumbica terá mais uma área de 6 mil metros quadrados destinada ao free shop. Segundo fontes que acompanham as negociações, o espaço será alvo de disputa acirrada, com lance inicial em torno de R$ 90 milhões, mas que pode chegar a R$ 200 milhões dependendo do apetite dos concorrentes. Com a construção do terceiro terminal, que deve ser entregue em maio de 2014, a capacidade do aeroporto deve passar de 32,8 milhões de passageiros para 45 milhões de passageiros/ano.
WDFG promete proposta "agressiva"
A Invepar, que administra Cumbica desde fevereiro, analisa ao menos três propostas: a da espanhola World Duty Free Group (WDFG), a da suíça Dufry e a do grupo Flemingo, dos Emirados Árabes. A decisão deve sair até o fim do mês. A Dufry, que lidera o varejo brasileiro de viagem e opera em 15 aeroportos do país, leva vantagem pela experiência local. Recentemente, renovou o contrato até 2016 para operar o free shop no Terminal 2 de Cumbica. E, no início do mês, saiu vencedora numa disputa com a WDFG e a Flemingo para administrar duas lojas nas áreas de embarque e desembarque de Viracopos.
Mesmo assim, os espanhóis prometem disputas acirradas para Cumbica, Confins, em Belo Horizonte (MG), e Galeão, no Rio.
- Na Alemanha vencemos uma concorrência contra uma empresa que estava há 30 anos no aeroporto - lembrou Aurora Rato, executiva da WDFG, que promete "agressividade" nas propostas.
Para a empresa, Cumbica é peça-chave na expansão no mercado brasileiro, que movimenta cerca de R$ 1,8 bilhão ao ano. Se sair vencedora, o aeroporto brasileiro será a segunda maior operação da companhia, atrás apenas do aeroporto de Heathrow, em Londres. Com faturamento de mais de R$ 5,9 bilhões no ano passado, a WDFG administra 565 free shops. A empresa tem mais de 8,5 mil funcionários e promete chegar ao país com empregados poliglotas, mais marcas à disposição dos clientes, além de preços mais acessíveis.
Procurada, a Dufry alegou que está em período de silêncio (a empresa divulga resultados no fim do mês). Em novembro, o presidente da companhia suíça no Brasil, Humberto Mota, disse que as obras de ampliação do espaço do atual free shop em 2.100 metros quadrados demandariam investimentos de R$ 40 milhões, e que seriam feitos em conjunto com a operadora do aeroporto. A inauguração está prevista para este semestre.
SÃO PAULO - Na esteira das concessões dos aeroportos brasileiros, grandes grupos internacionais buscam explorar o rentável negócio de varejo de viagem, os chamados free shops. Depois de Viracopos, em Campinas, Hercílio Luz, em Florianópolis, e do Val de Cans, em Belém, chegou a vez de Cumbica, como é conhecido o Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, o maior do país.
Para se ter uma ideia do tamanho da disputa, só a briga pela área de 300 metros quadrados leiloada pela Aeroportos Brasil, que administra Viracopos, em Campinas, fez o valor da concessão aumentar em dez vezes, de US$ 237 mil para US$ 2,432 milhões.
Cumbica terá mais uma área de 6 mil metros quadrados destinada ao free shop. Segundo fontes que acompanham as negociações, o espaço será alvo de disputa acirrada, com lance inicial em torno de R$ 90 milhões, mas que pode chegar a R$ 200 milhões dependendo do apetite dos concorrentes. Com a construção do terceiro terminal, que deve ser entregue em maio de 2014, a capacidade do aeroporto deve passar de 32,8 milhões de passageiros para 45 milhões de passageiros/ano.
WDFG promete proposta "agressiva"
A Invepar, que administra Cumbica desde fevereiro, analisa ao menos três propostas: a da espanhola World Duty Free Group (WDFG), a da suíça Dufry e a do grupo Flemingo, dos Emirados Árabes. A decisão deve sair até o fim do mês. A Dufry, que lidera o varejo brasileiro de viagem e opera em 15 aeroportos do país, leva vantagem pela experiência local. Recentemente, renovou o contrato até 2016 para operar o free shop no Terminal 2 de Cumbica. E, no início do mês, saiu vencedora numa disputa com a WDFG e a Flemingo para administrar duas lojas nas áreas de embarque e desembarque de Viracopos.
Mesmo assim, os espanhóis prometem disputas acirradas para Cumbica, Confins, em Belo Horizonte (MG), e Galeão, no Rio.
- Na Alemanha vencemos uma concorrência contra uma empresa que estava há 30 anos no aeroporto - lembrou Aurora Rato, executiva da WDFG, que promete "agressividade" nas propostas.
Para a empresa, Cumbica é peça-chave na expansão no mercado brasileiro, que movimenta cerca de R$ 1,8 bilhão ao ano. Se sair vencedora, o aeroporto brasileiro será a segunda maior operação da companhia, atrás apenas do aeroporto de Heathrow, em Londres. Com faturamento de mais de R$ 5,9 bilhões no ano passado, a WDFG administra 565 free shops. A empresa tem mais de 8,5 mil funcionários e promete chegar ao país com empregados poliglotas, mais marcas à disposição dos clientes, além de preços mais acessíveis.
Procurada, a Dufry alegou que está em período de silêncio (a empresa divulga resultados no fim do mês). Em novembro, o presidente da companhia suíça no Brasil, Humberto Mota, disse que as obras de ampliação do espaço do atual free shop em 2.100 metros quadrados demandariam investimentos de R$ 40 milhões, e que seriam feitos em conjunto com a operadora do aeroporto. A inauguração está prevista para este semestre.