Evelyn Soares - Jornal do Brasil
O governo Barack Obama instaurou ontem uma medida mais rígida para controlar o embarque de passageiros. Segundo um funcionário do Departamento de Segurança Doméstica dos EUA, que pediu anonimato, as companhias aéreas deverão comparar a lista de passageiros com a de suspeitos em um prazo de até duas horas. Até ontem, as empresas podiam conferir a relação a cada 24 horas. Caso não haja cumprimento da medida, as empresas estarão sujeitas a multa.
A mudança ocorreu depois de Faisal Shahzad, paquistanês naturalizado norte-americano, conseguir embarcar em um voo da United Emirates no aeroporto John F. Kennedy na segunda-feira, com destino a Dubai. Ontem, investigadores confirmaram um vínculo entre Shahzad, o principal suspeito de deixar um Nissan Pathfinder com uma bomba em Times Square, e talibãs paquistaneses.
O policiamento em Nova York aumentou após o atentado frustrado. No metrô, a polícia revistava as bolsas dos passageiros que entravam em algumas estações. Também foram mobilizados mais oficiais do que o normal na esplanada do One Police Plaza, quartel da Polícia da cidade, a algumas quadras da Corte Federal.
Por conta do dado alarmante, Bloomberg ressaltou a importância do financiamento completo de programas de Segurança Interior e outras medidas que ajudem a dificultar ataques em Manhattan.
– Simplesmente não estamos fazendo tudo o que podemos para impedir que os terroristas comprem armas de fogo – acrescentou o senador independente Joe Lieberman, que preside a comissão e apoia a pauta da audiência.
Susto antes de voo Os passageiros que estavam no mesmo avião que Shahzad passaram quase quatro horas em solo antes do avião decolar rumo a Dubai.
Segundo relatos, um oficial confirmou aos passageiros que a detenção estava relacionada ao atentado em Times Square, fazendo com que alguns desistissem de viajar. A aeronave chegou a Dubai com mais de sete horas de atraso.
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