Pular para o conteúdo principal

Medidas mais rígidas para embarque de passageiros

Evelyn Soares - Jornal do Brasil

O governo Barack Obama instaurou ontem uma medida mais rígida para controlar o embarque de passageiros. Segundo um funcionário do Departamento de Segurança Doméstica dos EUA, que pediu anonimato, as companhias aéreas deverão comparar a lista de passageiros com a de suspeitos em um prazo de até duas horas. Até ontem, as empresas podiam conferir a relação a cada 24 horas. Caso não haja cumprimento da medida, as empresas estarão sujeitas a multa.

A mudança ocorreu depois de Faisal Shahzad, paquistanês naturalizado norte-americano, conseguir embarcar em um voo da United Emirates no aeroporto John F. Kennedy na segunda-feira, com destino a Dubai. Ontem, investigadores confirmaram um vínculo entre Shahzad, o principal suspeito de deixar um Nissan Pathfinder com uma bomba em Times Square, e talibãs paquistaneses.

O policiamento em Nova York aumentou após o atentado frustrado. No metrô, a polícia revistava as bolsas dos passageiros que entravam em algumas estações. Também foram mobilizados mais oficiais do que o normal na esplanada do One Police Plaza, quartel da Polícia da cidade, a algumas quadras da Corte Federal.

Em audiência no Congresso convocada em junho do ano passado para analisar uma lei sobre financiamento, o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, pediu mais recursos contra o terrorismo.
 
– Desde 1990, foram registrados mais de 20 complôs terroristas ou ataques contra nossa cidade – disse, durante reunião com a Comissão de Segurança Interior do Senado.

Por conta do dado alarmante, Bloomberg ressaltou a importância do financiamento completo de programas de Segurança Interior e outras medidas que ajudem a dificultar ataques em Manhattan.

– Simplesmente não estamos fazendo tudo o que podemos para impedir que os terroristas comprem armas de fogo – acrescentou o senador independente Joe Lieberman, que preside a comissão e apoia a pauta da audiência.

Susto antes de voo Os passageiros que estavam no mesmo avião que Shahzad passaram quase quatro horas em solo antes do avião decolar rumo a Dubai.

– Uma autoridade subiu no avião e disse que havia um problema com as malas dele. Ele foi levado e não voltou mais – contou Jimmie, americano de 50 anos. – Sabia que ele estava acabado.

Segundo relatos, um oficial confirmou aos passageiros que a detenção estava relacionada ao atentado em Times Square, fazendo com que alguns desistissem de viajar. A aeronave chegou a Dubai com mais de sete horas de atraso.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Avião da TAM retorna após decolagem

Jornal do Commercio SÃO PAULO – Um avião da TAM, que partiu de Nova Iorque em direção a São Paulo na noite de anteontem, teve que retornar ao aeroporto de origem devido a uma falha. Segundo a TAM, o voo JJ 8081, com 196 passageiros a bordo, teve que voltar para Nova Iorque devido a uma indicação, no painel, de mau funcionamento de um dos flaps (comandos localizados nas asas) da aeronave. De acordo com a TAM, o avião passou por manutenção corretiva e o voo foi retomado à 1h28 de ontem, com pouso normal em Guarulhos (SP) às 10h38 (horário de Brasília). O voo era previsto para chegar às 6h45. A companhia também informou que seu sistema de check-in nos aeroportos ficou fora do ar na manhã de ontem, provocando atrasos em 40% dos voos. O problema foi corrigido.

Empresa dona de helicóptero que transportava Boechat não podia fazer táxi aéreo e já havia sido multada por atividade irregular, diz Anac

Agência diz que aeronave só podia prestar serviços de reportagem aérea e qualquer outra atividade não poderia ser realizada. Multa foi de R$ 8 mil. Anac abriu investigação. Por  G1 SP A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou que o helicóptero que caiu na Rodovia Anhanguera no início da tarde desta segunda-feira (11), em que o jornalista Ricardo Boechat e o piloto Ronaldo Quattrucci morreram, não podia fazer táxi aéreo, mas sim prestar serviços de reportagem aérea. Ainda segundo a Anac, a empresa foi multada, em 2011, por atividade irregular. Helicóptero prefixo PT-HPG que se acidentou na Anhanguera — Foto: Matheus Herrera/Arquivo pessoal "A empresa RQ Serviços Aéreos Ltda foi autuada, em 2011, por veicular propaganda oferecendo o serviço de voos panorâmicos em aeronave e por meio de empresa não certificada para a atividade. Essa atividade só pode ser executada por empresas e aeronaves certificadas na modalidade táxi aéreo. A autuação foi definida em R$ 8 mil

A saga das mulheres para comandar um avião comercial

Licenças concedidas a mulheres teêm crescido nos últimos anos, mas ainda a passos lentos. Dificuldades para ingressar neste mercado vão do alto custo da formação ao machismo estrutural Beatriz Jucá | El País Quando Jaqueline Ortolan Arraval, 50 anos, fez a primeira aula experimental de voo, foi mais por curiosidade do que por qualquer pretensão de virar piloto de avião. Era início dos anos 1990 e pouco se via mulheres comandando grandes aeronaves comerciais no Brasil. "Eu achava que não era uma profissão pra mim", conta. Ela trabalhava no setor processual em terra de uma grande companhia aérea, e o contato constante com colegas que estudavam aviação lhe provocaram certo fascínio. Perguntava tanto sobre a experiência de voo que um dia um amigo lhe convidou para acompanhá-lo em uma das aulas. A curiosidade do início se tornou um sonho profissional, e Jaqueline passou a frequentar aeroclubes e trabalhar incessantemente para conseguir pagar as caras aulas de aviação e acumul