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Fusão no setor cria a maior companhia aérea do mundo

Mary Jane Credeur e Mary Schlangenstein
Bloomberg News - Jornal do Brasil

A United Airlines (UAL) e a Continental Airlines vão promover fusão por meio de uma troca de ações no valor de mais de US$ 3,2 bilhões, para criar a maior companhia aérea do mundo, retomando um acordo que não fora concluído há dois anos.

Juntas, as companhias aéreas voam para 370 destinos em 59 países e planejam continuar o serviço para todos esses pontos. A empresa resultante da fusão se chamará United Continental Holdings, vai operar sob o nome de United, e os aviões terão o logotipo e as cores da Continental.
 
A United e a Continental tinham quase US$ 29 bilhões em receita combinada no ano passado. As frotas principais de jatos das duas totalizam 700 aviões, e elas agora empregam mais de 88 mil funcionários.

Jeff Smisek, 55, CEO da Continental, terá o mesmo cargo na nova empresa. Glenn Tilton, 62, da United, presidirá a junta diretora, informaram as empresas ontem.

Juntas, a United e a Continental vão desbancar a Delta Air Lines no tráfego global, e operar aeroportos concentradores em Nova York e Washington. As negociações foram retomadas no mês passado depois que a Continental desistiu das conversas em abril de 2008, quando os preços de combustível subiram e a recessão aumentou.

– Com a recuperação da economia, os preços do combustível mais moderados, os mercados de capital se abrindo e as duas empresas tendo liquidez, era a hora certa para se envolver em discussões de fusão – disse Smisek ontem em entrevista. Tilton relatou a opinião que transmitira ao conselho da UAL: "Foi um acordo certo, na hora certa".

Reduções anuais de gastos e nova receita a partir da fusão devem chegar a um valor entre US$ 1 bilhão e US$ 1,2 bilhão até 2013, informaram as companhias aéreas. A transação necessita ainda da aprovação de acionistas e de órgãos reguladores de concorrência.

Reservas de viagem existentes não serão afetadas, e os clientes não verão nenhuma mudança operacional até depois de o acordo ser fechado perto do fim desse ano, disseram as empresas em um site construído para divulgar informações da fusão.

– Esperamos mínimo impacto para nossos principais funcionários, com reduções vindas principalmente por meio de aposentadoria e demissões voluntárias – disse Tilton aos funcionários da United, após admitir,, entretanto que haverá algumas reduções na força de trabalho assalariada e de gestão em ambas as companhias aéreas.

Os acionistas da UAL vão deter 55% da empresa unida, que terá US$ 1,2 bilhão em custos relacionados à fusão divididos em três anos.

As ações da UAL subiram 51 centavos, ou 2,4%, para US$ 22,11 em Nova York na Nasdaq.

Os papéis da Continental também subiram 51 centavos, ou 2,3%, para US$ 22,86 na Bolsa de Nova York.

Apesar de Smisek e Tilton terem dito que as rotas da nova companhia teriam mínima superposição, a empresa deve sofrer exigência de reguladores americanos para fazer pousos e decolagens em aeroportos como Liberty em Newark, New Jersey, onde o número total de voos está completo.

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