Alberto Komatsu, de São Paulo - Valor
O transporte aéreo de cargas no país, incluindo embarques no mercado doméstico, exportações e importações, recuou 12,37% no ano passado, em relação ao ano anterior. De acordo com o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), com dados da Infraero, esse foi o pior desempenho pelo menos desde 2003, quando teve início esse acompanhamento. Em janeiro, no entanto, o fluxo de remessas teve crescimento de 14,5%, na comparação com o mesmo período do ano passado.
A diretora de marketing da DHL no Brasil, Juliana Vasconcelos, diz que 80% das remessas da operação brasileira são feitas dentro do país. Os 20% restantes representam as exportações e importações. "A estratégia em 2009 foi a de bater na crise. Trabalhamos muito forte no mercado interno, com soluções para empresas. Também fizemos lançamento de produtos no mercado internacional", diz Juliana.
A controladora da DHL, o grupo alemão Deutsche Post DHL, conseguiu reverter o prejuízo líquido de € 1,7 bilhão em 2008 para um lucro líquido de € 644 milhões no ano passado. Na avaliação de Juliana, contribuiu para essa performance um programa de redução de custos batizado de Index, implementado no fim de 2008, que conseguiu economizar € 1,1 bilhão.
Em volume, as empresas de transporte aéreo de cargas movimentaram no Brasil 1,114 milhão de toneladas em 2009, diante das 1,272 milhão de toneladas do ano anterior. Considerando-se apenas as remessas dentro do país, foram 576,8 mil toneladas em 2009. No ano anterior, haviam sido 640,9 mil toneladas, ou uma queda de cerca de 10%.
Nas cargas internacionais, o volume foi de 537,8 mil toneladas no ano passado. Em 2008, foram movimentadas 631,1 mil toneladas, ou uma redução de 14,7%. "Está havendo um processo de recuperação, mas não sei se vamos conseguir recuperar a queda que foi registrada no ano passado. Se conseguirmos empatar, já será um resultado bastante razoável", afirma Allemander, também ex-diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Levando-se em conta somente janeiro, o volume de cargas domésticas foi de 45,9 mil toneladas, ante 32,1 mil toneladas do mesmo período do ano passado. Já as exportações e importações movimentaram 39,7 mil toneladas ante 36,3 mil toneladas no mesmo período de comparação.
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