Veículo aéreo não-tripulado caiu de uma altura de 10 metros enquanto registrava imagens da competição
Testemunhas divergem sobre como a vítima se feriu: umas dizem que drone atingiu atleta, outras afirmam que ela caiu após se assustar com o aparelho
O Globo
RIO - A Autoridade de Segurança da Aviação Civil (Casa, na sigla em inglês) da Austrália está investigando relatos de que um veículo aéreo não-tripulado (Vant, mais conhecido como drone) caiu sobre uma triatleta durante competição na cidade de Geraldton na manhã de domingo. A notícia acirrou ainda mais o debate sobre o uso civil de drones, que tem a segurança como um dos pontos mais sensíveis.
O drone estava sendo pilotado pelo fotógrafo Warren Abrams e vinha capturando imagens dos atletas a 10 metros de altura durante a etapa de corrida do triatlo Endure Batavia. Por volta das 9h, o aparelho despencou, provocando a queda da competidora Raiji Ogden. Raiji sofreu lesões na cabeça e foi atendida por paramédicos ainda na pista, antes de ser levada em estado estável para o hospital. A atleta levou três pontos na cabeça.
As versões sobre como a atleta se feriu são conflitantes. Raiji contou a jornalistas que o drone caiu mesmo sobre sua cabeça. Algumas testemunhas confirmaram o relato da competidora, mas outras disseram que o aparelho desabou próximo à vítima, fazendo com que ela fosse ao chão com o susto. O fotógrafo Warren Abrams disse à rede ABC que imagens capturadas pelo próprio drone mostram que Raiji não foi atingida por ele.
Abrams alegou às autoridades que o drone caiu porque alguém hackeou o sinal do aparelho, assumindo seu controle. Segundo ele, foi uma atitude deliberada que pode ter sido realizada com equipamentos tão simples quanto um celular.
A Casa exige que drones voem a no mínimo 30 metros de altura e que seus operadores sejam cerificados. Abrams e sua empresa, a New Era Photography and Film, não estão na lista de 92 operadores certificados para utilização civil de drones na Austrália, segundo a rede ABC.