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Aeroporto fora da lei

Folha de SP
 
Nos meses que se seguiram ao acidente com o Airbus da TAM, ocorrido em Congonhas, no dia 17 de julho de 2007, autoridades federais acenaram com uma série de medidas e estudos para aumentar a segurança e aliviar os gargalos do transporte aéreo no país.

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou que o aeroporto paulistano deixaria de ser um centro nacional de distribuição de voos e teria suas operações redimensionadas para adequar-se ao perfil regional.

Por sua vez, a ministra Dilma Rousseff anunciou a construção de um novo aeroporto nas proximidades da cidade de São Paulo e declarou que o governo pensava em ampliar a participação da iniciativa privada no setor. Mencionou concessões e a abertura de capital da Infraero.

De lá para cá houve mais recuos do que avanços - embora o Brasil tenha assumido compromissos internacionais, como a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016. O projeto anunciado pela Casa Civil foi abandonado, as privatizações não prosperaram e Congonhas foi aos poucos retornando ao que era antes.

Na semana passada, reportagem da Folha mostrou que o aeroporto paulistano não observa o limite de 30 pousos e decolagens por hora fixado por norma federal após o acidente de 2007.

Além disso, a Infraero ignorou determinação da prefeitura que previa a redução, até início deste mês, dos horários de funcionamento. As operações passariam a ocorrer das 7h às 22h durante a semana -e das 9h às 23h aos domingos e feriados. Atualmente o aeroporto funciona todos os dias das 6h às 23h.

Diante do descompromisso da empresa estatal que administra Congonhas, o prefeito Gilberto Kassab decidiu conceder novo prazo. Agora a Infraero terá de se adequar até 1º de abril.

Resta esperar que a data não tenha sido escolhida por seu simbolismo.

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