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Submarino com tecnologia nuclear usará sonares em busca

Jornal do Brasil

O submarino francês que deve chegar amanhã à zona onde se presume que tenha caído o Airbus A330 da Air France participará da busca minuciosa das caixas-pretas da aeronave. A embarcação nuclear de ataque é da primeira geração da Marinha da França. Utilizando um sistema sonar, o Emeraude tentará detectar sinais acústicos emitidos pelas caixas-pretas do Airbus A330. O submarino ajudará também na varredura subaquática da área por corpos e vítimas. A profundidade no local é de 2,5 mil metros.

Ontem, os Estados Unidos anunciaram o envio de uma equipe com aparatos de detecção de sinais para ajudar nas buscas pelas caixas-pretas, que registram dados do voo e conversas dos pilotos. Além desse aparto, cinco aeronaves francesas participam das buscas, além de uma fragata.

Na sexta-feira, o major Christophe Prazuck observou que o submarino francês precisará de "muita sorte" na operação, porque não dispõe da posição exata do impacto.

O Emeraude é um submarino de guerra com capacidade para carregar 14 mísseis e torpedos. O esquema de propulsão é baseado em um sistema turboelétrico nuclear. O reator de pressão aquática (PWR, na sigla em inglês) fornece 48 megawatts. A propulsão auxiliar é provida por uma bomba diesel-elétrica. A embarcação tem velocidade de mergulho de cerca de 12,8 metros por segundo. Trata-se do 4º submarino da Classe Rubis, com sistema de combate integrado (Subtics, na sigla em inglês). Construído na cidade portuária de Cherbourg, no norte da França, a embarcação é da década de 80, comissionado em 15 de setembro de 1988.

O submarino francês protagonizou um dos principais acidentes da história com esse tipo de embarcação. Durante exercício antissubmarino realizado pela Marinha francesa em 30 de março de 1994, o compartimento do motor do Emeraude sofreu uma explosão acidental de dois condensadores de vapor, o que levou à morte 10 homens que, no momento do acidente, analisavam o equipamento.

Depois do acidente, o submarino passou por reformas entre maio de 1994 e dezembro de 1995. A embarcação acabou sendo elevada, depois das mudanças, ao mesmo nível tecnológico do Améthyste (S 605), que desempenhou um papel importante na operação de 1999 na extinta Iugoslávia, ao proteger as forças navais da Organização do Atlântico Norte (Otan).

Em caso de êxito, o Emeraude – um dos seis submarinos nucleares de ataque franceses – dará destaque ao tipo da embarcação de exploração.

 

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