PARIS - Um juiz francês intimou a empresa aérea americana Continental Airlines e cinco pessoas a serem julgadas por homicídio culposo (quando não há a intenção de matar), por causa do acidente aéreo de 2000 de um jato Concorde, no qual morreram 113 pessoas em Paris.
Investigadores franceses disseram que em parte o acidente foi provocado por uma faixa de titânio que havia se descolado mais cedo de um avião DC-10 da Continental, que manobrava na pista quando o supersônico decolou. Dois dos indiciados são empregados da Aerospatiale, a fabricante do Concorde, enquanto outros dois são empregados da Continental Airlines.
O quinto acusado indiciado é um empregado da autoridade civil da aviação francesa. O Concorde, da Air France, caiu logo após decolar do Aeroporto Charles de Gaulle, matando todas as 109 pessoas a bordo, muitas das quais eram turistas alemães, e mais quatro pessoas no solo. O avião caiu sobre um hotel. Investigadores franceses disseram que uma faixa de metal que se soltou do avião da Continental provocou um incêndio em um dos pneus do Concorde.
O incêndio lançou fagulhas incandescentes nos tanques do supersônico, que explodiram. A tragédia levou a alterações no projeto do Concorde, avião que foi totalmente retirado de serviço em 2003.
A Continental Airlines nega ter tido qualquer responsabilidade pela tragédia. O julgamento deverá ocorrer em 2009.