De São Paulo
As companhias aéreas regionais, que devem receber medidas de auxílio por parte do governo, estão divididas sobre quais devem ser os critérios para definir esse segmento da aviação. As menores empresas defendem que somente aquelas que operam aviões com menos de 50 assentos devem ser encaixadas na classificação "regional". Esse parâmetro, entretanto, excluiria a Trip, hoje a maior companhia do segmento.
Na quarta-feira, o Ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse que o governo pretende dar subsídios à aviação regional na forma de suplementação tarifária em rotas deficitárias. Além disso, o governo estuda a redução do ICMS sobre o combustível comprado por essas empresas e, ainda, regras que dificultem a entrada das companhias maiores nas mesmas rotas e horários operados pelas regionais.
A perspectiva de obter incentivos governamentais levou algumas empresas regionais a se reunir ontem para discutir critérios de classificação no segmento - hoje, a regulação do setor não estabelece essa definição. "A conclusão foi de que companhias aéreas regionais são aquelas que usam aeronaves com até 50 assentos", afirmou Apostole Lazaro Chryssafidis, presidente da Associação Brasileira de Empresas de Transportes Aéreos Regionais (Abetar). "O nosso objetivo é sugerir um critério para o Ministério da Defesa", afirmou.
A entidade representa nove companhias, entre as quais NHT, Meta, Passaredo e Trip. Esta, entretanto, que é a maior do segmento, não esteve presente à reunião.
Publicamente, a Trip já manifestou que inclui no conceito aviação regional as companhias com equipamentos de até 100 assentos. Há cerca de duas semanas, a Trip anunciou a compra de cinco jatos da Embraer do modelo 175, cada um com 86 assentos. A empresa tem mais 10 opções de compra e 15 direitos de compra.
Com essa aquisição, a Trip será a única empresa regional a usar jatos, e não apenas aviões turboélice. Atualmente, ela é também a companhia mais capitalizada do segmento. Os dois fatos parecem ter colocado-a em posição diferente de outras aéreas regionais. "Entendemos que quem opera aviões com mais do que 50 lugares deve brigar com as grandes", afirmou Eduardo Busch, diretor jurídico da Passaredo, regional de Ribeirão Preto (SP). "O governo deveria privilegiar as empresas pequenas.
Quem opera aviões maiores já está distante da realidade das companhias regionais." Procurada, a Trip informou que não tinha porta-voz disponível.
(RC)
As companhias aéreas regionais, que devem receber medidas de auxílio por parte do governo, estão divididas sobre quais devem ser os critérios para definir esse segmento da aviação. As menores empresas defendem que somente aquelas que operam aviões com menos de 50 assentos devem ser encaixadas na classificação "regional". Esse parâmetro, entretanto, excluiria a Trip, hoje a maior companhia do segmento.
Na quarta-feira, o Ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse que o governo pretende dar subsídios à aviação regional na forma de suplementação tarifária em rotas deficitárias. Além disso, o governo estuda a redução do ICMS sobre o combustível comprado por essas empresas e, ainda, regras que dificultem a entrada das companhias maiores nas mesmas rotas e horários operados pelas regionais.
A perspectiva de obter incentivos governamentais levou algumas empresas regionais a se reunir ontem para discutir critérios de classificação no segmento - hoje, a regulação do setor não estabelece essa definição. "A conclusão foi de que companhias aéreas regionais são aquelas que usam aeronaves com até 50 assentos", afirmou Apostole Lazaro Chryssafidis, presidente da Associação Brasileira de Empresas de Transportes Aéreos Regionais (Abetar). "O nosso objetivo é sugerir um critério para o Ministério da Defesa", afirmou.
A entidade representa nove companhias, entre as quais NHT, Meta, Passaredo e Trip. Esta, entretanto, que é a maior do segmento, não esteve presente à reunião.
Publicamente, a Trip já manifestou que inclui no conceito aviação regional as companhias com equipamentos de até 100 assentos. Há cerca de duas semanas, a Trip anunciou a compra de cinco jatos da Embraer do modelo 175, cada um com 86 assentos. A empresa tem mais 10 opções de compra e 15 direitos de compra.
Com essa aquisição, a Trip será a única empresa regional a usar jatos, e não apenas aviões turboélice. Atualmente, ela é também a companhia mais capitalizada do segmento. Os dois fatos parecem ter colocado-a em posição diferente de outras aéreas regionais. "Entendemos que quem opera aviões com mais do que 50 lugares deve brigar com as grandes", afirmou Eduardo Busch, diretor jurídico da Passaredo, regional de Ribeirão Preto (SP). "O governo deveria privilegiar as empresas pequenas.
Quem opera aviões maiores já está distante da realidade das companhias regionais." Procurada, a Trip informou que não tinha porta-voz disponível.
(RC)