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Vôo 1907: perícia dá indícios de falha humana

A Aeronáutica revelou que o problema não foi com os equipamentos. O boeing da Gol se chocou no ar com o jatinho Legacy no dia 29 de setembro de 2006.

Gustavo Tourinho
Do G1, em Brasília

A Aeronáutica informou, na tarde desta quinta-feira (8), à Comissão de Parentes e Amigos do vôo 1907, que a perícia realizada nos equipamentos de segurança do jatinho executivo Legacy não detectou falha nos aparelhos. Com isso, o advogado de 37 famílias de vítimas, Leonardo Amarante, acredita que houve falha humana dos pilotos do Legacy, os americanos Joe Lepore e Jan Paul Paladino. “Não há dúvida: os pilotos são os maiores culpados”, declarou o advogado.

O boeing da Gol se chocou no ar com o jatinho Legacy no dia 29 de setembro de 2006. O vôo trazia a bordo 154 pessoas que iam de Manaus para Brasília. No acidente, todos os passageiros e tripulação morreram.

Amarante ressaltou, entretanto, que as análises foram realizadas pelas empresas Honeywell e ACSS, fabricantes do transponder e do sistema anticolisão, respectivamente. “Seria interessante que empresas não envolvidas no caso analisassem os equipamentos.”

Participaram da reunião três coronéis do Exército e cerca de 60 familiares, vindos de várias partes do país.

CPI

O presidente da Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Vôo 1907, Jorge André Cavalcante, lamentou que a base do governo tenha conseguido suspender temporariamente a CPI do Apagão Aéreo, que tem o objetivo de investigar a crise no sistema no país depois do acidente com um avião da Gol.

"A CPI tem de ser instalada para ajudar a melhorar a segurança no tráfego aéreo e, também, para investigar as causas do acidente da Gol." A oposição promete recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) ainda nesta semana para poder instalar a comissão.

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