Pular para o conteúdo principal

Incêndio em avião na Indonésia mata ao menos 49

da Folha Online

Um avião de passageiros indonésio se incendiou nesta quarta-feira ao aterrissar no aeroporto de Yogyakarta, no centro da ilha de Java, deixando ao menos 49 pessoas mortas, segundo informações oficiais. O governo indonésio estimou inicialmente que mais de 70 pessoas sobreviveram ao acidente, mas este número ainda pode mudar devido ao estado dos feridos e à continuidade das buscas. A Indonésia está dez horas à frente do horário de Brasília.

O secretário provincial Banbang Susanto confirmou a morte de 49 dos passageiros do avião. "Encontramos 48 corpos no local do acidente. Uma pessoa também morreu após ser levada para o hospital Sardjito", afirmou o oficial. Sardjito é o principal centro médico da região.

O incêndio ocorreu por volta das 7h locais (21h de terça-feira pelo horário de Brasília). Ainda não há informações definitivas sobre o número de vítimas ou sobre a causa do incêndio. A CNN informou que vários passageiros ficaram presos no interior da aeronave após a aterrissagem.

De acordo com informações preliminares do ministro dos Transportes da Indonésia, Hatta Rajasa, ao menos 76 pessoas sobreviveram ao acidente. Segundo a empresa à qual pertencia a aeronave, a Garuda Indonesia, o avião levava 133 passageiros, além de sete tripulantes.

Segundo agências de notícias, o avião era um Boeing 737-400. Um dos passageiros que sobreviveu afirmou à estação de TV local RCTI que foi sentido um forte tremor no avião antes da aterrissagem.

'Eu ouvi o som de uma explosão e corri para uma saída de emergência', afirmou o passageiro Muhammad Dimyati. "Acredito que muitos passageiros ficaram presos dentro do avião."

De acordo com uma testemunha que falou à rádio local Elshinta, o avião ficou completamente destruído pelas chamas. "O avião foi engolido pelas chamas. O fogo se espalhou rapidamente a partir da roda dianteira", afirmou a testemunha.

Australianos

O premiê da Austrália, John Howard, afirmou que havia dez australianos na aeronave.

Os australianos são membros do corpo diplomático e jornalistas do país, que estavam no avião em uma viagem para acompanhar o ministro das Relações Exteriores da Austrália, Alexander Downer, que visita a Indonésia nesta semana.

"Nós entendemos que vários australianos estavam a bordo do avião, incluindo oficiais do governo e membros da imprensa", afirmou Scott Bolitho, porta-voz do Departamento de Relações Exteriores e Comércio da Austrália.

O ministro não estava no avião, segundo Bolitho. Ainda não há informações se os australianos estão entre os mortos.

Aviação de risco

A aeronave que se incendiou era da empresa Garuda Indonesia. Ainda de acordo com a CNN, a Garuda já ao menos 17 acidentes com aviões no passado.

As críticas à falta de segurança na aviação do país, já freqüentes, aumentaram na Indonésia depois da queda de um Boeing 737 da companhia aérea de baixo custo Adam Air com 102 pessoas a bordo, no dia 1º de janeiro.

Partes da fuselagem do avião apareceram no estreito de Makassar, ao sudoeste de Célebes, e a operação de busca foi interrompida após a localização das caixas-pretas da aeronave por um navio de busca americano.

As organizações de consumidores da aviação indonésia dirigem suas maiores críticas às companhias aéreas de baixo custo, acusadas de cortar despesas de manutenção e segurança.


Com France Presse e agências internacionais

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Avião da TAM retorna após decolagem

Jornal do Commercio SÃO PAULO – Um avião da TAM, que partiu de Nova Iorque em direção a São Paulo na noite de anteontem, teve que retornar ao aeroporto de origem devido a uma falha. Segundo a TAM, o voo JJ 8081, com 196 passageiros a bordo, teve que voltar para Nova Iorque devido a uma indicação, no painel, de mau funcionamento de um dos flaps (comandos localizados nas asas) da aeronave. De acordo com a TAM, o avião passou por manutenção corretiva e o voo foi retomado à 1h28 de ontem, com pouso normal em Guarulhos (SP) às 10h38 (horário de Brasília). O voo era previsto para chegar às 6h45. A companhia também informou que seu sistema de check-in nos aeroportos ficou fora do ar na manhã de ontem, provocando atrasos em 40% dos voos. O problema foi corrigido.

Empresa dona de helicóptero que transportava Boechat não podia fazer táxi aéreo e já havia sido multada por atividade irregular, diz Anac

Agência diz que aeronave só podia prestar serviços de reportagem aérea e qualquer outra atividade não poderia ser realizada. Multa foi de R$ 8 mil. Anac abriu investigação. Por  G1 SP A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou que o helicóptero que caiu na Rodovia Anhanguera no início da tarde desta segunda-feira (11), em que o jornalista Ricardo Boechat e o piloto Ronaldo Quattrucci morreram, não podia fazer táxi aéreo, mas sim prestar serviços de reportagem aérea. Ainda segundo a Anac, a empresa foi multada, em 2011, por atividade irregular. Helicóptero prefixo PT-HPG que se acidentou na Anhanguera — Foto: Matheus Herrera/Arquivo pessoal "A empresa RQ Serviços Aéreos Ltda foi autuada, em 2011, por veicular propaganda oferecendo o serviço de voos panorâmicos em aeronave e por meio de empresa não certificada para a atividade. Essa atividade só pode ser executada por empresas e aeronaves certificadas na modalidade táxi aéreo. A autuação foi definida em R$ 8 mil

A saga das mulheres para comandar um avião comercial

Licenças concedidas a mulheres teêm crescido nos últimos anos, mas ainda a passos lentos. Dificuldades para ingressar neste mercado vão do alto custo da formação ao machismo estrutural Beatriz Jucá | El País Quando Jaqueline Ortolan Arraval, 50 anos, fez a primeira aula experimental de voo, foi mais por curiosidade do que por qualquer pretensão de virar piloto de avião. Era início dos anos 1990 e pouco se via mulheres comandando grandes aeronaves comerciais no Brasil. "Eu achava que não era uma profissão pra mim", conta. Ela trabalhava no setor processual em terra de uma grande companhia aérea, e o contato constante com colegas que estudavam aviação lhe provocaram certo fascínio. Perguntava tanto sobre a experiência de voo que um dia um amigo lhe convidou para acompanhá-lo em uma das aulas. A curiosidade do início se tornou um sonho profissional, e Jaqueline passou a frequentar aeroclubes e trabalhar incessantemente para conseguir pagar as caras aulas de aviação e acumul