Pular para o conteúdo principal

TCU: bloqueio de verbas comprometeu sistema aéreo

Brasília - O bloqueio de verba comprometeu a segurança do sistema do controle aéreo brasileiro, avalia o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes. Ele é responsável por uma auditoria nos órgãos do sistema. Nardes reuniu-se nesta sexta-feira com o presidente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero).

Segundo o ministro do TCU, os cerca de R$ 3 bilhões de tarifas arrecadadas pela Infraero foram divididos entre R$ 2 milhões aplicados pela empresa, aproximadamente R$ 230 milhões repassados para o Tesouro Nacional e o restante para a Aeronáutica. Os recursos repassados para o Tesouro teriam sido usados para gerar superávit primário - o governo tem metas de arrecadação para pagar os juros da dívida pública.

“A situação é caótica no país. O que fica caracterizado é que não existia um planejamento para esta questão (sistema aéreo) de médio e longo prazo. O que me assusta mais é que dinheiro foi arrecado dentro do sistema, mas, infelizmente, uma parte vai para o Tesouro e não volta”, disse Nardes.

Além dos recursos bloqueados, Nardes criticou ainda a falta de funcionários na Infraero. De acordo com ele, a empresa precisa de mais 1, 8 mil funcionários. “O contingenciamento acaba criando essa situação de caos por falta de investimento em pessoal, em equipamento e por falta de apoio técnico para que o sistema possa funcionar de forma mais adequada”, enfatizou.

“A opção do brasileiro agora é rezar e torcer para que as autoridades consigam resolver essa questão, em curto prazo, e a gente tenha confiabilidade novamente no sistema”.

Na próxima terça-feira (12), o ministro apresentará um relatório sobre a auditoria feita na Aeronáutica, Infraero e Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Nardes afirmou que nesse relatório serão indicados os culpados pela crise no sistema aéreo, que nessa semana foi agravada por uma falha no sistema de comunicação do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo (Cindacta 1), em Brasília.

Agência Brasil

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Avião da TAM retorna após decolagem

Jornal do Commercio SÃO PAULO – Um avião da TAM, que partiu de Nova Iorque em direção a São Paulo na noite de anteontem, teve que retornar ao aeroporto de origem devido a uma falha. Segundo a TAM, o voo JJ 8081, com 196 passageiros a bordo, teve que voltar para Nova Iorque devido a uma indicação, no painel, de mau funcionamento de um dos flaps (comandos localizados nas asas) da aeronave. De acordo com a TAM, o avião passou por manutenção corretiva e o voo foi retomado à 1h28 de ontem, com pouso normal em Guarulhos (SP) às 10h38 (horário de Brasília). O voo era previsto para chegar às 6h45. A companhia também informou que seu sistema de check-in nos aeroportos ficou fora do ar na manhã de ontem, provocando atrasos em 40% dos voos. O problema foi corrigido.

Empresa dona de helicóptero que transportava Boechat não podia fazer táxi aéreo e já havia sido multada por atividade irregular, diz Anac

Agência diz que aeronave só podia prestar serviços de reportagem aérea e qualquer outra atividade não poderia ser realizada. Multa foi de R$ 8 mil. Anac abriu investigação. Por  G1 SP A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou que o helicóptero que caiu na Rodovia Anhanguera no início da tarde desta segunda-feira (11), em que o jornalista Ricardo Boechat e o piloto Ronaldo Quattrucci morreram, não podia fazer táxi aéreo, mas sim prestar serviços de reportagem aérea. Ainda segundo a Anac, a empresa foi multada, em 2011, por atividade irregular. Helicóptero prefixo PT-HPG que se acidentou na Anhanguera — Foto: Matheus Herrera/Arquivo pessoal "A empresa RQ Serviços Aéreos Ltda foi autuada, em 2011, por veicular propaganda oferecendo o serviço de voos panorâmicos em aeronave e por meio de empresa não certificada para a atividade. Essa atividade só pode ser executada por empresas e aeronaves certificadas na modalidade táxi aéreo. A autuação foi definida em R$ 8 mil

A saga das mulheres para comandar um avião comercial

Licenças concedidas a mulheres teêm crescido nos últimos anos, mas ainda a passos lentos. Dificuldades para ingressar neste mercado vão do alto custo da formação ao machismo estrutural Beatriz Jucá | El País Quando Jaqueline Ortolan Arraval, 50 anos, fez a primeira aula experimental de voo, foi mais por curiosidade do que por qualquer pretensão de virar piloto de avião. Era início dos anos 1990 e pouco se via mulheres comandando grandes aeronaves comerciais no Brasil. "Eu achava que não era uma profissão pra mim", conta. Ela trabalhava no setor processual em terra de uma grande companhia aérea, e o contato constante com colegas que estudavam aviação lhe provocaram certo fascínio. Perguntava tanto sobre a experiência de voo que um dia um amigo lhe convidou para acompanhá-lo em uma das aulas. A curiosidade do início se tornou um sonho profissional, e Jaqueline passou a frequentar aeroclubes e trabalhar incessantemente para conseguir pagar as caras aulas de aviação e acumul