Pequim, 14 dez (EFE) - O avião Ilyushin IL-14 que o russo Josef Stalin deu de presente a Mao Tsé-tung no início dos anos 50 e que o líder chinês usava em seus deslocamentos oficiais fará sua última viagem até o final do ano, e depois ficará no Museu da Aviação Civil de Pequim, informou hoje a imprensa local.
O aparelho, que estava enferrujado e praticamente esquecido no aeroporto de Zhengzhou, capital da província de Henan, será desmontado e transportado em partes até Pequim, onde será a peça central da exposição do novo museu, segundo a agência de notícias "Xinhua".
A aeronave com a qual Mao cruzou os céus chineses levando a revolução comunista a todos os cantos do país é de fabricação russa, tem 21 metros de comprimento, 31 metros de largura e 8 metros de altura. Além disso, pode transportar até 32 passageiros.
Após a morte de Mao, o avião parou de ser usado. Mais tarde, foi comprado pela Zhongyuan Airline Company, que utilizou a aeronave em vôos regulares de 1985 a 1992.
A China Southern Airlines, que incorporou a Zhongyuan e tornou-se uma das maiores companhias aéreas chinesas, realizou na quarta-feira passada uma cerimônia no aeroporto de Zhengzhou para comemorar a última viagem do Ilyushin IL-14.
A aeronave virou símbolo da amizade pessoal entre Stalin e Mao e das boas relações entre as duas nações comunistas. Esse relacionamento acabou se deteriorando com a morte do líder russo e a chegada ao poder de Nikita Khrushchev, em meados dos anos 50.
Desde 1955, a China comprou 49 unidades da aeronave, que foram utilizadas na aviação civil em rotas domésticas.
Após o rompimento das relações, a China passou a fabricar a versão E-6 do avião sem licença até os anos 80.
O Museu da Aviação Civil começou a ser construído em 2004 e deverá ficar pronto em 2007, quando se tornará um exemplo das conquistas e contribuições da China ao setor da aviação. (EFE)
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