A Embraer negocia toda a linha de jatos executivos com a China
Correio do Brasil
Por Redação, com ACS - de São José dos Campos, SP
A Embraer registrou um forte crescimento em seu lucro líquido no primeiro trimestre deste ano, com melhora no resultado operacional e crédito de imposto diferido, informou a fabricante de aviões nesta quarta-feira. Entre janeiro e março, o lucro líquido atribuível aos acionistas somou R$ 258,7 milhões, mais de quatro vezes superior ao resultado obtido no mesmo período de 2013.
Em moeda norte-americana, o lucro da Embraer no trimestre foi de US$ 110,6 milhões, ante uma expectativa de US$ 48,2 milhões segundo pesquisa da agência inglesa de notícias Reuters, com sete analistas. A fabricante atribuiu o crescimento a um crédito de imposto de renda diferido de 41,3 milhões de reais, aliado a um avanço no resultado operacional na comparação com o primeiro trimestre de 2013, quando o número foi afetado por despesas não recorrentes.
A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) totalizou R$ 354,7 milhões nos três primeiros meses de 2014, um aumento de mais de 76% sobre um ano antes. Considerando o resultado em dólares, o Ebitda somou US$ 151 milhões e também ficou acima da expectativa, que era de US$ 133,25 milhões. Segundo a Embraer, aumentos na receita ajudaram a compensar um mix de produtos menos favorável na aviação comercial e também o efeito do aumento de 8% nos salários em relação ao primeiro trimestre de 2013.
Nos três primeiros meses deste ano, a fabricante brasileira entregou a menor quantidade trimestral de jatos comerciais em pelo menos cinco anos, 14 aeronaves, abaixo das 17 unidades entregues um ano antes. Já na área de aviação executiva as entregas subiram para 20 jatos, ante 12 um ano atrás. Além de ver as entregas de aviões comerciais recuarem, a Embraer viu a participação de aviões menores como o E170 e E175 subir nas entregas.
Entre janeiro e março, a receita líquida cresceu mais de 35% na comparação anual, para R$ 2,928 bilhões. Por segmento, a receita líquida da aviação comercial cresceu 2,8%, a R$ 1,307 bilhão, enquanto na aviação executiva houve aumento de 81,1%, a R$ 630 milhões. Em defesa e segurança, o aumento da receita também foi forte, da ordem de 87%, para R$ 931,4 milhões.