Número de passageiros e aeronaves triplicou em cinco anos. 

Pilotos e passageiros explicam que o aeroporto é perto e prático.

G1

Com o esgotamento das pistas de Congonhas e do Campo de Marte, a aviação executiva em São Paulo está mudando de endereço: o Aeroporto de Jundiaí, a 60 km da capital. Com uma só pista e sem terminal, o número de passageiros e aeronaves triplicou em cinco anos e transformou o antigo aeroclube em uma opção viável para quem tem aviões de pequeno porte e helicópteros.

No ano passado, foram 78 mil pousos e decolagens em Jundiaí, mais que o dobro das operações de aviação executiva em Congonhas (34 mil) e 63% do movimento total do Campo de Marte. Pilotos, empresários e passageiros têm a mesma explicação: o Aeroporto de Jundiaí é perto e prático, fica aberto 24 horas e até o pernoite dos aviões particulares sai mais barato.

O Aeroporto de Congonhas - limitado a quatro operações por hora para jatos executivos e helicópteros - não comporta mais a demanda executiva. "Demora para autorizar o pouso, demora na fila da decolagem. Todo dia um avião tenta pousar em Congonhas, não consegue e segue para cá", conta o piloto Antônio Vanderlei Gomes, que trabalha para um empresário paulistano que deixa o avião em Jundiaí.

A cidade não tem horário de pico, embora o sobe e desce de aeronaves fique mais visível nas manhãs e na sexta à tarde. Quando os aeroportos paulistanos fecham por causa de chuva e neblina, é para Jundiaí que os jatos convergem. "Se em São Paulo (o tempo) está ruim, aqui está bom", diz a gerente do hangar da Colt Aviation, Raquel Reis.

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