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Robô submarino encontra memória de caixa-preta do voo 447

FOLHA DE SP
DE SÃO PAULO
DE BRASÍLIA

O BEA (escritório francês que investiga a segurança na aviação civil) informou neste domingo que localizou e identificou o módulo de memória de uma caixa-preta que registrou os dados do voo 447 da Air France, que caiu no oceano Atlântico em 2009, durante o trajeto entre Rio e Paris. Os 228 ocupantes morreram.


O aparelho foi encontrado pelo robô submarino Remora 6000 e contém os registros de todas as informações do voo. Na quarta-feira (27), a agência já havia anunciado o encontro do chassi da caixa-preta, mas sem o módulo de memória.

De acordo com o comunicado do BEA, o módulo foi localizado às 7h (horário de Brasília) deste domingo e recuperado às 13h40.

Os investigadores esperam que as duas caixas-pretas (uma com os dados do voo e outra com o registro da conversa da cabine) possam determinar o que causou o acidente com o voo 447. 



Divulgação/BEA
Robô submarino encontra memória de caixa-preta do voo 447, diz escritório que investiga o acidente
Memória de caixa-preta do voo 447 foi localizada e recuperada por robô, diz escritório que investiga o acidente

O primeiro mergulho do robô em busca dos destroços do voo, localizados no começo deste mês, foi realizado na manhã do dia 26 e durou mais de 12 horas. O navio francês Ile de Sein, responsável pela operação de resgate, está na área do acidente na costa brasileira. De acordo com o BEA, 68 pessoas estão a bordo do navio, incluindo a tripulação.

Entre eles estão nove operadores do robô submarino, técnicos da empresa americana Phoenix International, proprietária dos equipamentos, e membros do BEA.

A FAB (Força Aérea Brasileira) confirmou o resgate do FDR (Flight Data Recorder) e informou que o coronel Luís Cláudio Lupoli está a bordo do navio.

Lupoli, que é o representante acreditado do Brasil na comissão de investigação do acidente, ainda não fez contato com a FAB para fornecer mais detalhes.

O Ile de Sein ainda está em alto-mar e a assessoria da FAB não soube informar se ele voltará para o porto ou permanecerá resgatando mais destroços.



Editoria de Arte/Folhapress

GRUPOS

Durante a viagem ao Brasil, a equipe de resgate se reuniu para analisar a organização da quinta fase de buscas, as especificações técnicas dos robôs e as medidas de segurança a bordo.

Sob a direção do BEA, dois grupos de trabalho foram formados. O primeiro continua analisando os dados e imagens da quarta fase de buscas, que localizou os destroços do Airbus A330. Segundo o BEA, a análise está focada nas partes da cauda do avião, onde pode estar a outra caixa-preta do voo 447 da Air France.

O segundo grupo estuda os procedimentos operacionais destinados a recuperar as caixas-pretas, os computadores de bordo e as demais peças da aeronave.

No comunicado do BEA deste domingo não foi citado se os corpos das vítimas da tragédia serão resgatados.

Há duas semanas, a Aeronáutica afirmou que o governo francês iria buscar os corpos das vítimas, mas que ainda não havia informações sobre a possibilidade do resgate.

A Associação das Famílias das Vítimas do Voo 447 da Air France, porém, disse que durante reunião com o BEA ficou decidido que os corpos não seriam resgatados, o que provocou protestos por parte dos parentes.

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