Da AP
Em Falmouth
Um grupo de oceanógrafos de Cape Cod, nos Estados Unidos, está novamente fazendo parceria com os franceses na quarta busca pelos restos do avião da Air France que caiu no mar durante uma tempestade, em 2009.
O voo 447 se dirigia do Rio de Janeiro para Paris com 228 pessoas a bordo quando caiu a centenas de quilômetros da costa do Nordeste brasileiro, em junho de 2009.
O avião e sua caixa preta com as gravações do vôo nunca foram encontrados nas três missões de pesquisa no Oceano Atlântico, impedindo que os investigadores de determinar a causa do acidente.
Encontrar a causa ganhou nova importância neste mês, quando um juiz francês apresentou acusações de homicídio culposo preliminar contra a Air France e o fabricante do avião, a Airbus. Especialistas dizem que, sem os dados do voo, as autoridades provavelmente não serão capazes de determinar quem foi a culpa.
Na última terça-feira (22), pesquisadores do Instituto Oceanográfico Woods Hole, em Falmouth, nos Estados Unidos juntaram-se a autoridades francesas para fazer uma busca em uma área de 10.100 quilômetros quadrados, onde, acredita-se, o avião tenha caído. A busca deve durar até julho.
A equipe de busca utilizará três veículos submarinos de pesquisa, que podem ficar submersos por até 20 horas. Eles também usarão um sonar para escanear uma área montanhosa conhecida como Ridge Mid-Ocean.
"Não há equipe ou tecnologia melhor do que a nossa para lidar com essa missão", disse o líder em buscas David Gallo, diretor de projetos especiais em Woods Hole.
O Escritório de Investigações e Análises francês (BEA) planeja publicar relatórios semanais em seu site.