Tarso Veloso, de Brasília - Valor
As companhias aéreas brasileiras operam, atualmente, com apenas um terço dos horários disponíveis de voo para os Estados Unidos. Dos 154 horários livres para voos mistos (carga e passageiros), somente 53 são utilizados e todos pela TAM. Os acordos bilaterais determinam que os dois países tenham o mesmo número de frequências semanais (cada uma equivale a um voo de ida e volta).
As companhias americanas usam quase todos os movimentos disponíveis e demonstram interesse em aumentar o número de voos para o Brasil. Em outubro de 2010, serão adicionados 14 novos horários semanais, elevando o total para 168 movimentos.
As empresas brasileiras não nutrem o mesmo entusiasmo. O número de viagens caiu nos últimos anos apesar do aumento da oferta de horários. Para efeito de comparação, em dezembro de 2007, dos 105 voos de ida e volta semanais, 78 eram feitos por empresas brasileiras, frequência que era bem menor que as viagens de ida e volta que as nacionais faziam para a Argentina no mesmo período.
O Brasil é considerado pelas empresas americanas como o terceiro maior mercado em potencial de voos, depois da China e da Índia. Projeções da Administração Federal de Aviação (FAA, em inglês) indicam um crescimento anual de 7% até 2030 no transporte de passageiros entre Brasil e os EUA.
Um anexo de 2008 no acordo bilateral estipulou o aumento gradual de frequências. Até junho de 2008, eram 105 voos por semana; a partir de julho daquele ano foram adicionadas mais 21 frequências limitadas às regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país e, também, a Belo Horizonte; a partir de junho de 2009, seriam mais sete frequências limitadas às mesmas regiões mais Belo Horizonte e Rio de Janeiro; em outubro de 2009, outros sete voos e, 2010, os novos 14 horários semanais.
As companhias brasileiras, de acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), porém, não pediram a utilização de nenhum novo horário desde a edição desse anexo. Apesar de atualmente haver sobra de espaço para mais viagens, as empresas precisam solicitar oficialmente a locação de novas frequências.
A Gol informou que no momento não tem a intenção de lançar voos regulares além da América do Sul e Caribe. A TAM informou que sempre avalia novas frequências e destinos de acordo com a demanda.
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