Pular para o conteúdo principal

Passageiro que perdeu voo tem direito a assistência de empresa

Além de encontrar outro voo, companhia tem de dar alimentação e hospedagem

DA REPORTAGEM LOCAL - Folha de SP

Os passageiros que tiveram seus voos cancelados em decorrência das chuvas que atingiram o Rio de Janeiro nos últimos dois dias devem ser reacomodados pelas companhias aéreas e assistidos por elas no que se refere ao transporte, à hospedagem e à alimentação.

Segundo o Procon de São Paulo, a assistência também é válida para os casos de voos atrasados e não depende do tempo de demora.

O órgão ressalta que esses direitos são garantidos pelo Código Civil. A legislação prevê que, se a viagem foi interrompida por qualquer motivo, "ainda que em consequência de evento imprevisível", como a chuva, o transportador, no caso a empresa aérea, fica obrigado a concluir o transporte.

Conforme especialistas ouvidos pela Folha, se o consumidor quiser cancelar o seu voo, pode fazê-lo e terá o direito de ser reembolsado ou ser reacomodado em um outro voo.

"A lei prevê que o voo deve ser na mesma condição do bilhete dele. Ele não poderia ser reacomodado em uma classe executiva se tivesse comprado a passagem promocional, a menos que pague a diferença", diz a advogada Eleonora Altruda de Faria, da 3ª Câmara de Mediação e Arbitragem.
 
Hoje, o problema enfrentado pelos consumidores é que, nos casos de atrasos ou cancelamentos, não há um limite de tempo para que a companhia o reacomode em outra aeronave. Ou seja, se o atraso for de uma hora ou de oito horas, a empresa não será imediatamente cobrada pelo problema.

A situação deve mudar a partir de 15 de junho, quando entra em vigor uma resolução da Anac que estipula o tempo máximo de quatro horas de atraso.

Ontem, dos 210 voos programados para Congonhas, segundo a Infraero, 12 foram cancelados e 37 sofreram atrasos. Anteontem, 32 foram cancelados e 149 atrasaram.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Avião da TAM retorna após decolagem

Jornal do Commercio SÃO PAULO – Um avião da TAM, que partiu de Nova Iorque em direção a São Paulo na noite de anteontem, teve que retornar ao aeroporto de origem devido a uma falha. Segundo a TAM, o voo JJ 8081, com 196 passageiros a bordo, teve que voltar para Nova Iorque devido a uma indicação, no painel, de mau funcionamento de um dos flaps (comandos localizados nas asas) da aeronave. De acordo com a TAM, o avião passou por manutenção corretiva e o voo foi retomado à 1h28 de ontem, com pouso normal em Guarulhos (SP) às 10h38 (horário de Brasília). O voo era previsto para chegar às 6h45. A companhia também informou que seu sistema de check-in nos aeroportos ficou fora do ar na manhã de ontem, provocando atrasos em 40% dos voos. O problema foi corrigido.

Empresa dona de helicóptero que transportava Boechat não podia fazer táxi aéreo e já havia sido multada por atividade irregular, diz Anac

Agência diz que aeronave só podia prestar serviços de reportagem aérea e qualquer outra atividade não poderia ser realizada. Multa foi de R$ 8 mil. Anac abriu investigação. Por  G1 SP A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou que o helicóptero que caiu na Rodovia Anhanguera no início da tarde desta segunda-feira (11), em que o jornalista Ricardo Boechat e o piloto Ronaldo Quattrucci morreram, não podia fazer táxi aéreo, mas sim prestar serviços de reportagem aérea. Ainda segundo a Anac, a empresa foi multada, em 2011, por atividade irregular. Helicóptero prefixo PT-HPG que se acidentou na Anhanguera — Foto: Matheus Herrera/Arquivo pessoal "A empresa RQ Serviços Aéreos Ltda foi autuada, em 2011, por veicular propaganda oferecendo o serviço de voos panorâmicos em aeronave e por meio de empresa não certificada para a atividade. Essa atividade só pode ser executada por empresas e aeronaves certificadas na modalidade táxi aéreo. A autuação foi definida em R$ 8 mil

A saga das mulheres para comandar um avião comercial

Licenças concedidas a mulheres teêm crescido nos últimos anos, mas ainda a passos lentos. Dificuldades para ingressar neste mercado vão do alto custo da formação ao machismo estrutural Beatriz Jucá | El País Quando Jaqueline Ortolan Arraval, 50 anos, fez a primeira aula experimental de voo, foi mais por curiosidade do que por qualquer pretensão de virar piloto de avião. Era início dos anos 1990 e pouco se via mulheres comandando grandes aeronaves comerciais no Brasil. "Eu achava que não era uma profissão pra mim", conta. Ela trabalhava no setor processual em terra de uma grande companhia aérea, e o contato constante com colegas que estudavam aviação lhe provocaram certo fascínio. Perguntava tanto sobre a experiência de voo que um dia um amigo lhe convidou para acompanhá-lo em uma das aulas. A curiosidade do início se tornou um sonho profissional, e Jaqueline passou a frequentar aeroclubes e trabalhar incessantemente para conseguir pagar as caras aulas de aviação e acumul