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Aeroporto do Recife terá scanner corporal

Terminais internacionais do Recife, São Paulo, Rio e Manaus serão os primeiros do País a receber aparelhos de raios X que fazem varredura no corpo do passageiro, anunciou ontem a Polícia Federal
 
Jornal do Commercio
 
RIO – A Polícia Federal informou ontem que instalará em quatro aeroportos internacionais do Brasil aparelhos de raios X capazes de fazer uma varredura no corpo de cada passageiro. Os body scanners serão instalados a partir de maio no Recife, Rio, São Paulo e Manaus (AM). De fabricação alemã, os aparelhos são usados para oferecer segurança contra ações terroristas.
 
O body scanner é capaz de detectar até dispositivos explosivos eventualmente escondidos em cavidades, nas partes íntimas ou amarrados ao corpo. "É um equipamento com uma energia muito baixa que pode passar além de camisas e calças", disse o subcoordenador do Laboratório de Ciências Radiológicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Antônio Peregrino.
 
A previsão é que a Polícia Federal, além da instalação, forneça treinamento para profissionais especializados. Os aeroportos internacionais Tom Jobim (Galeão), no Rio, Guarulhos, em São Paulo, Manaus e Recife serão os primeiros a receber o equipamento.

De acordo com a PF, ao refletir o corpo humano e eventuais armas escondidas, as ondas milimétricas do body scanner podem tornar transparentes camadas leves de roupas. Um receptor coleta os sinais refletidos e os direciona a um computador, responsável por processar os dados e gerar uma imagem tridimensional dos indivíduos escaneados.

Os especialistas afirmam ainda que esse equipamento pode fornecer imagens nítidas principalmente de objetos de metal, como armas. O aparelho, no entanto, não detecta alguns materiais químicos ou de plástico ingeridos por passageiros como drogas e explosivos pequenos.
 
O valor do body scanner não foi divulgado pela PF, mas no mercado é avaliado em mais de mais de R$ 1 milhão. Em relação aos possíveis efeitos nocivos à saúde, ainda não estabelecidos, o equipamento não gera polêmica. Porém, alguns profissionais não descartam a hipótese de dano ao corpo humano.

"Quando você fala sobre radiação ionizante, as pessoas leigas lembram logo de grandes acidentes e ficam preocupadas se vão ter câncer. Claro que se eu falar que não existe nenhuma possibilidade, eu estou mentindo. Existe uma possibilidade muito pequena em relação a um possível dano", afirmou o especialista da UERJ.

Entretanto, Peregrino destaca que os efeitos são os mesmos da exposição ao sol. "Se você for à praia durante uma semana pode desenvolver um câncer. Existe uma probabilidade, mas na literatura científica atual não há como fazer uma relação causa e efeito para baixas doses de radiação, que é o caso do body scanner", afirmou.

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