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Presidente da Gol critica aeroportos

Constantino Júnior diz que terminais estão no limite. Aécio cobra expansão

Marcelo Portela - O Globo

BELO HORIZONTE. O presidente da Gol, Constantino de Oliveira Júnior,criticou ontem a falta de investimento nos aeroportos do país, e afirmou que a empresa está investindo em tecnologia para tentar driblara saturação em alguns dos principais terminais brasileiros. Mas ele ressaltou que as medidas são paliativas e que investimentos no setor são essenciais para acompanhar o crescimento do Brasil.
 
Constantino Júnior disse que o problema atinge a maioria dos aeroportos do país e que as empresas aéreas são obrigadas a mudar suas operações.

- São Paulo tem dois aeroportos no limite. Estamos transferindo conexões para outros ramos, como o Galeão, Brasília e Confins. Com isso, temos mais destinos e maior volume de voos disse.

O empresário dá como exemplo de nova tecnologia o check-in pelo telefone celular, no qual o passageiro recebe mensagem SMS com um código de barras que contém as informações necessárias para seu embarque.

- É só aproximar o telefone de um dispositivo para emitir o bilhete. Isso reduz a aglomeração de pessoas (nos balcões) afirmou.

Mas há casos, como o do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em que só uma expansão pode resolver o problema.

- A estimativa é de que, entre 18 e 24meses, Confins atinja sua capacidade. Uma análise indica que é necessário um novo terminal ressaltou.

A opinião é a mesma do governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), que criticou a falta de ação da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero),alertando para a necessidade de construir um terminal de passageiros em Confins, além de ampliar o atual.

- Essa é uma preocupação gravíssima. Fizemos a transferência, anos atrás, dos voos da Pampulha para o Aeroporto Tancredo Neves, que atendia 380 mil passageiros por ano e já passamos 5,5 milhões. Assinamos um protocolo com a Infraero no fim ano passado, mas não tivemos ação concreta da empresa sequer para apresentar o projeto executivo reclamou Aécio, que hoje deve encontrar-se com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e o presidente da Infraero, Murilo Marques Barboza.

A Gol quer oferecer serviço de manutenção para empresas aéreas estrangeiras que operam no Brasil. Foi o que afirmou Constantino Júnior, durante a inauguração da expansão do Centro de Manutenção de Aeronaves, em Confins. Com investimento de R$65 milhões, a Gol dobrou a capacidade do complexo de 60 para 120aeronaves por ano.

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