Geórgea Choucair - Estado de Minas
O aeroporto da Pampulha é cobiçado pelas companhias aéreas com rotas interestaduais regulares, que manifestam interesse em operar no terminal, mas querem saber como será feita a distribuição dos voos. O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) reitera que, para suportar aeronaves com mais de 50 assentos, vai ser preciso investimento pesado na infraestrutura. "O espaço de estacionamento de aeronaves, check-in, embarque e desembarque de passageiros é muito pequeno na Pampulha", afirma Ronaldo Jenkins, diretor-técnico do Snea.
A novata Azul comemorou a decisão da Anac de ampliar a capacidade da Pampulha, mas faz ressalvas em relação à seleção dos voos. "É uma tragédia ter aeroportos como o de Santos Dumont (RJ), Congonhas (SP) e Pampulha fechados por razões políticas. Mas é preciso que sejam abertos com reais condições de competição. Não queremos que ocorra com a Pampulha o mesmo que foi registrado em Congonhas, onde 80% dos novos voos foram oferecidos às companhias que já estavam lá", diz Gianfranco Beting, diretor de marketing da Azul. A companhia, que tem quatro voos diários de Confins para Viracopos (Campinas) tem planos ambiciosos de crescimento em Minas.
O aeroporto da Pampulha está voltado basicamente para voos regionais. Grande parte deles está a cargo das companhias Trip e Air Minas. "Temos mais indefinições do que definições. Ainda não sabemos os reflexos das medidas, pois não foram fixadas as regras de distribuição de voos", diz Evaristo Mascarenhas de Paula, diretor de marketing da Trip. O presidente da Air Minas, Urabatan Helou, é a favor de preservar o aeroporto da Pampulha para companhias regionais. "As dimensões do terminal são pequenas. A entrada de mais companhias aéreas traria desconforto para os passageiros", diz.
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