Segundo Teerã, aeronaves de companhias iranianas não são autorizadas a reabastecer na Grã-Bretanha, Alemanha e Emirados Árabes
Reuters e Efe - O Estado de S.Paulo
Por causa das sanções unilaterais impostas pelos EUA na semana passada, aviões iranianos não puderam reabastecer na Alemanha, Grã-Bretanha e nos Emirados Árabes Unidos. A informação foi revelada ontem pelo governo de Teerã. Segundo o jornal britânico Daily Telegraph, o Kuwait também integra a lista de países que vetam combustível a aeronaves persas.
Berlim, Londres e Abu Dabi, entretanto, não confirmaram a restrição a aviões iranianos. Os Emirados Árabes Unidos chegaram a desmentir a informação, divulgada pelo chefe do Escritório de Aviação do Irã, Mehdi Aliyari. "Desde a semana passada, após a adoção de sanções unilaterais dos EUA, nossos aviões não podem reabastecer em aeroportos na Grã-Bretanha, Alemanha e Emirados Árabes Unidos", declarou Alivari à agência estatal iraniana de notícias Irna. As empresas atingidas seriam a Iran Air, maior companhia aérea do Irã, e a Mahan Air.
"A recusa em entregar querosene a aviões civis é uma ação desumana que contraria regras internacionais", protestou Kazem Jalali, porta-voz da Comissão de Relações Exteriores do Parlamento iraniano. A chancelaria iraniana prometeu acionar a Organização de Aviação Civil Internacional.
Há um mês, o Conselho de Segurança das Nações Unidas impôs uma quarta rodada de sanções contra o programa nuclear iraniano. Mas a União Europeia e, em seguida, os EUA decidiram ir além das determinações internacionais e adotar restrições unilaterais mais duras contra setores-chave - principalmente a indústria de energia. Um alto funcionário da Casa Branca comemorou a restrição a aviões iranianos. "O preço de negociar com o Irã é cada vez mais alto", disse à Reuters.
EMPRESAS EM FUGA
● Petrolíferas – Total, Repsol, Shell, Eni e outras empresas desistiram de investimentos
● Máquinas – Montadora Daimler e a Caterpillar adotaram medidas para evitar Teerã
● Tecnologia – Siemmens e Ernst & Young deixaram o país
TROCO
Em visita ao Azerbaijão, Ahmadinejad disse que as sanções "nunca serão capazes de afetar o povo iraniano".
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