Segundo o Exército libanês, o avião se despedaçou no ar antes de mergulhar no mar revolto. Até a noite de ontem, equipes ainda buscavam por sobreviventes e haviam resgatado 34 corpos do mar.
O voo 409, com destino a Adis Abeba, capital da Etiópia, desapareceu dos radares cerca de cinco minutos depois de decolar, às 2h37, horário local (22h37 em Brasília). Testemunhas que presenciaram a queda da aeronave afirmaram ter visto "um clarão que iluminou o mar inteiro".
Em entrevista, o presidente libanês Michel Suleiman descartou a possibilidade de terrorismo e atribuiu o acidente ao mau tempo. A hipótese principal é que a aeronave tenha sido atingida por um raio.
Estavam a bordo do avião 83 passageiros e sete tripulantes, entre eles 54 libanesas, 22 etíopes, duas britânicas, além de pessoas de nacionalidade canadense, russa, francesa, iraquiana, síria e turca.
Dos 24 corpos recuperados, dois são de crianças pequenas e pelo menos seis são de origem etíope. O corpo da mulher do embaixador da França em Beirute, Marla Pietton, também foi encontrado.
Segundo autoridades, devido ao impacto da queda, alguns dos corpos estão tão irreconhecíveis que serão necessários exames de DNA para identificá-los.
Equipes de busca mobilizadas pelo governo libanês encontraram diversos destroços do avião, como assentos de passageiros, extintores de incêndio, caixas de primeiros-socorros e pequenas partes da fuselagem.
A Boeing também está colaborando com o Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos EUA para ajudar as autoridades libanesas na investigação. Até o fim da noite ontem, a caixapreta ainda não havia sido encontrada.
Luto O governo libanês decretou um dia de luto nacional e o premier, Saad al-Hariri foi ao aeroporto de Beirute consolar familiares que aguardavam notícias de possíveis sobreviventes. Muitos estavam revoltados pelo fato de o avião ter sido autorizado a decolar sob mau tempo.
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